CLÁUDIO KENNEDY: NA FENICS, recuperando vidas

SUPERAÇÃO:

Cláudio Kennedy: na FENICS, recuperando vidas

 Texto e Fotos: Márcia Vieira

“Há vida após as drogas”. Diz Cláudio Kennedy Gonçalves, o jovem montes-clarense que atualmente dedica-se a recuperar pessoas que como ele, decidiram, por mera curiosidade, dar o primeiro trago ou enrolar o primeiro baseado: “é ai que mora o perigo”, revela.

Morando em Coroa Vermelha, bairro de Cabrália (BA) há algum tempo, o jovem, recém casado com a setelagoana Rozana, está de volta à Montes Claros, e ao lado da esposa, aproveita todos os espaços e tempo para conscientizar outras pessoas. Durante a FENICS, Cláudio mostra um pouco do seu trabalho no stand da Rede Voluntariado e não se esquiva de falar sobre a própria experiência. Oriundo de família bem situada econômica e socialmente, ele diz que “apesar de ter tudo, havia um imenso vazio onde caberia Deus, mas eu tentava preencher com todas as outras coisas”. Há oito anos luta contra o vício e há dois, está totalmente limpo ou “firme”, como prefere dizer.


Embora seja constituída por evangélicos, a família Maanaim, recebe gente de todas as religiões, cor, nação ou sexo. Para evitar transtornos e manter a seriedade, de acordo com o próprio Cláudio, há uma divisão criteriosa e compreensível: homens adultos ficam numa casa, mulheres em outra e os adolescentes ocupam ainda um outro espaço. Nos retiros ou na igreja, toda a comunidade se encontra. A família Maanaim possui 11 unidades na Bahia, distribuídas entre Cabrália, onde fica a matriz e mais quatro casas, Teixeira de Freitas e Itabuna.

Nos centros de recuperação, o trabalho é permanente e a luta não cessa. À medida que são recuperados, os ex-dependentes, de álcool ou drogas, são convidados  a dar seu testemunho e trabalhar em favor de outros que chegam. Mas a relação não é forçada ou de imposição. Ao contrário, parte do próprio dependente a atitude de querer mudar. A partir daí, com a anuência da família, o paciente fica na casa em sistema de internação por cerca de seis meses, tempo que normalmente dura o tratamento. Depois de reintegrado à sociedade, a maioria, como faz Cláudio, tem a oportunidade de praticar o que aprendeu e multiplicar os ensinamentos levando sua mensagem.

“As portas estão abertas para o ser humano. Se ele quer usar drogas, o problema é dele, mas se ele quer parar de usar drogas, o problema é nosso. Quando a gente se deixa ser preenchido por Deus, a droga não tem mais espaço na nossa vida”, finaliza o ex-dependente Cláudio Kennedy.

SERVIÇO:
Centro de Recuperação Maanaim: (73) 9963-2449

Comentários