O MENINO e a ARMA

UNIMONTES


                   O MENINO E A ARMA




LIVRO

Egresso da Unimontes associa cotidiano do subúrbio montes-clarense à ficção em “O Menino e a Arma”

Histórias de pessoas comuns que se cruzam é o pano de fundo para a narrativa do livro “Cotidiano – o menino e a arma”, de Edílson Marques da Silva, egresso do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Realidade e ficção se entrelaçam e dão voz ao romance, que começou a ser escrito em meados de 2008.

As experiências e vivências com parentes, amigos e personagens, criados especialmente para a narrativa que se passa na Vila Alice, bairro que integra a região do Grande Santos Reis, zona Norte de Montes Claros, dão vida às histórias que são retratadas – e com certa com pitada de humor.

O autor fala do bairro com propriedade. Morador da Vila Alice desde 1981, Edílson Marques usa dessa experiência própria para criticar a forma como a linguagem é usada, principalmente em relação à fala dos personagens no uso de palavras chulas e palavrões num contraponto da mídia, como programas de humor, novelas e filmes. “O menino é um personagem fictício que adquire uma arma e acredita ter forças para poder mudar as coisas”, sugere Marques.

VISÃO QUE FAZ ENXERGAR

“O livro revela, entre outras coisas, que escritor de verdade é o que gosta de ler e começa a escrever desde a infância”, garante o autor. Esboços e vociferações autorais estão catalogados e arquivados desde a década de 1980. “São mais de 200 poesias escritas”, revela Marques, portador de uma doença de nascença que o deixou com apenas 10% da visão. “Mas superação é um ponto forte”, brinca o autor.

Ele participou de várias edições do Salão Nacional de Poesia (Psiu Poético) e lançou sua primeira obra, uma série de sete romances, em novembro de 2013. Com influências de escritores regionais, nacionais e internacionais, como Waldir de Pinho Veloso, Dário Cotrim, Petrônio Brás e George RR Martin, Jorge Amado, Jô Soares e Afonso Romano Sant’Anna, o escritor tem planos para outros escritos que estão “engatilhados”.

Nessa veia de criticar a linguagem e a forma como a mesma é abordada, Edílson Marques acredita piamente na frase do escritor George RR Martin, autor de “Crônicas de Gelo e Fogo, “A Guerra dos Tronos”, que diz que “Quem lê, vive mil vidas, quem não lê vive apenas uma”. Trata-se na verdade de um convite para ler o livro, que está disponível para a venda no hall do Prédio 2 do campus-sede da Unimontes e na Biblioteca Universitária Central Professor Antônio Jorge.

SERVIÇO
COTIDIANO – O MENINO E A ARMA
Autor: Edílson Marques da Silva
Editora: Millennium
Preço: R$ 20 (132 págs.)

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