40° EXPOMONTES- PARCERIA VAI VIABILIZAR EXAMES

40 ª Expomontes
Parceria inédita Vai viabilizar Exames de hepatites


40 ª Expomontes
Parceria inédita vai viabilizar exames de hepatites

40ª Expomontes
Parceria inédita vai viabilizar exames de  hepatites
 A parceria entre a Sociedade Rural e a Associação Brasileira dos Portadores de Hepatite (ABPH) – unidade Montes Claros – e o Laboratório Rafhá vai possibilitar a realização de 3.200 testes rápidos de Hepatite nos 12 dias de Expomontes. Será montado um estande no Parque de Exposições João Alencar Athayde, que contará com representantes da ABPH, psicólogo e técnico em enfermagem. Os profissionais irão atender a população, fazer os exames e encaminhar para o Centro de Referência casos de infectados que forem identificados ao longo dos dias.
Segundo o diretor da Unidade Montes Claros, Luiz Carlos Alves Amaral, também portador da doença, outro objetivo de estar na Exposição é atingir um número máximo de pessoas com informações sobre a doença.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) 150 milhões de pessoas no mundo têm hepatite C. O perigo é que muitos carregam o vírus sem saber, já que ele pode agir por décadas sem manifestar sintomas, resultando na demora em buscar orientação médica. O diagnóstico tardio contribui para a forma crônica da doença, resultando em lesões no fígado (cirrose) e câncer hepático.
A vacina contra hepatite B está disponível na rede pública, em qualquer unidade básica de saúde, sendo aplicada em três doses, com intervalos de 30 dias entre a primeira e a segunda e 180para a terceira. É destinada a pessoas de 0 a 19 anos. Educação e divulgação das formas de transmissão e dos mecanismos de prevenção da hepatite B são fundamentais. A imunização é a forma mais efetiva de prevenir esse agravo.
No Brasil, são 3 milhões. 90% ainda não sabem que têm a doença. “O grande problema é a desinformação. Por isso, vamos distribuir folders, conversar com os visitantes e desmistificar que a hepatite é curada apenas com chá de picão. Isso não é verdade”, afirma Luiz Carlos.
De acordo com a Coordenadora Estadual de Doenças e Agravos Transmissíveis da SES-MG, Janaina Fonseca Almeida, a disseminação da doença está relacionada, principalmente às condições de saneamento básico, nível socioeconômico da população, grau de educação sanitária e condições de higiene da população.
“Normalmente transmitida por meio de alimentos mal lavados, a hepatite A também pode surgir com a ingestão acidental de água das chuvas contaminado pelas fezes de pessoas infectadas. Neste período, a incidência da patologia pode ser maior, uma vez que as enchentes podem levar água de esgoto aos rios, lagos, mares e piscinas, ampliando as chances de contaminação, além do contato direto dos cidadãos com águas de enchentes e enxurradas” esclareceu.
Osmani Barbosa Neto, presidente da Rural, enaltece o trabalho da Associação e descreve que trazer estandes para levar informação e exames gratuitos a população demonstra outro viés importante da Expomontes. “A inclusão social à saúde. Aqui tratamos de diversos assuntos. Queremos promover a saúde. O espaço e propicio. São mais de 360 mil pessoas. Estamos confiantes de que o estande será um verdadeiro sucesso”, finaliza.
Mariah Carvalho, responsável pela articulação do estande da Associação afirma que a Expomontes cumpre seu papel de fomentadora do desenvolvimento. “Isso porque levar saúde a população é viabilizar o desenvolvimento. Temos 70 estandes aqui no Parque. Certamente, todas as empresas terão sucessos nas suas empreitadas”, diz.
Transmissão
Hepatite A- Sua transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus.
Hepatite B- Como o vírus está presente no sangue, no esperma e no leite materno, a hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível. Entre as causas de transmissão estão:
• por relações sexuais sem camisinha com uma pessoa infectada,• da mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou amamentação,• ao compartilhar material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos), de higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou de confecção de tatuagem e colocação de piercings,• por transfusão de sangue contaminado.
Hepatite C- O vírus C, assim como o vírus causador da hepatite B, está presente no sangue. Entre as causas de transmissão estão:
• Transfusão de sangue;• Compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos, entre outros), higiene pessoal (lâminas de barbear e depilar, escovas de dente, alicates de unha ou outros objetos que furam ou cortam) ou para confecção de tatuagem e colocação de  piercings;• Da mãe infectada para o filho durante a gravidez;• Sexo sem camisinha com uma pessoa infectada (forma mais rara de infecção).
Hepatite D- A hepatite D, também chamada de Delta, é causada pelo vírus D (VHD). Mas esse vírus depende da presença do vírus do tipo B para infectar uma pessoa, portanto sua transmissão ocorre da mesma forma.
Hepatite E- Sua transmissão é fecal-oral, por contato entre indivíduos ou por meio de água ou alimentos contaminados pelo vírus.
Norte de Minas
De acordo com o diretor Luiz Carlos, uma pesquisa realizada entre dezembro de 2012 e de janeiro a junho de 2013 apontou que no período estudado foram registrados 283 casos de Hepatites Virais, sendo 240 casos em 2012 e 43 casos em 2013. Do total notificado, 162 casos (57,2%) foram classificados como “Ignorado” e um caso (0,35%) foi classificado como “Não se aplica”.
Dos casos aos quais foi atribuída classificação etiológica a Hepatite A foi a mais notificada (44,2%), seguida pela Hepatite B (33,3%), Hepatite C (19,1%), Hepatite B+D (0,8%) e Hepatite B+C (2,5%).
Em 2012, 24 dos 53 municípios jurisdicionados a SRS de Montes Claros notificaram Hepatites Virais, sendo Novorizonte o que apresentou maior número de casos (74) em decorrência de um surto de Hepatite A. No ano de 2013, até o momento, 13 municípios notificaram sendo Montes Claros o que concentra o maior número de casos (22).

A subnotificação aliada à classificação “Ignorado” constitui um grande problema, visto que não contribui para uma melhor implementação das medidas de controle das Hepatites Virais na região. É de suma importância o treinamento de profissionais de saúde para identificação e melhor classificação dos casos bem como realização de campanhas educativas orientando a população sobre a profilaxia das Hepatites Virais.

Andréa Fróes
Comunicação e Projetos 


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