CÂMARA TRAVA O PROGRESSO DE MONTES CLAROS

CÂMARA MUNICIPAL TRAVA O PROGRESSO DE MONTES CLAROS

Chega, pessoal!! Chega mesmo, de tapar o sol com a peneira, de fazer ouvidos de mercador, de ser gentil e esperar, esperar e esperar que as coisas mudem unicamente pela consciência de cada  ser humano.

É preciso que a população de Montes Claros saiba exatamente o que acontece nos bastidores da câmara municipal  da maior cidade do Norte de Minas. Você quer o Mocão?  Você acha que Montes Claros merece um centro administrativo?Você quer que o trânsito melhore e o transporte coletivo usual tenha alternativas?Você quer ruas pavimentadas? Você quer coleta de lixo  e destinação adequada de resíduos? Você quer um grande hospital operando inteiramente pelo SUS?

Pois bem, não teremos, a curto prazo, e talvez nem a longo prazo, esses e outros benefícios. Porquê??? Ora, porque a maioria dos nossos vereadores não trabalha para este fim, não tem compromisso com a população, com o trabalho para o qual foram escolhidos e juraram honrar. Fizeram das tripas coração para se eleger, para conquistar um cargo de status e boa remuneração. Foram eleitos. E agora frequentam e promovem inúmeras reuniões dentro e fora da cidade (que não são poucas e nem são baratas), ludibriando o cidadão menos esclarecido. Aprovam tudo que se refere ao próprio bolso, mas quando se trata de atender ao interesse coletivo,  enrolam, enganam, trapaceiam, descumprem o regimento. Esquecem-se da regra básica:  todo poder é passageiro.

Claro que toda regra tem exceção. Quando me refiro à câmara, não coloco todos os vereadores no mesmo patamar,  até porque cada um tem as suas peculiaridades, origens, pecados, inocências e atitudes das mais diversas. Muitos deles são pessoas da minha estima e consideração. E muitos deles se distanciam visivelmente daquilo que considero gente. Insensibilidade, ausência de preocupação com o outro, ausência de responsabilidade e compromisso, pecadores revestidos com a capa da inocência, que ostentam a sua face mais risonha para a plateia e no coração carregam o fel, a crueldade, a desfaçatez. 

A maior cidade do Norte de Minas tem um prefeito que pensa, que conhece de gestão, que sabe planejar e administrar, mas para isso, infelizmente, depende da boa vontade do legislativo. E como muitos sabem e outros fingem não ver, o legislativo anda com muita má vontade para trabalher em favor desta cidade. As reuniões já viraram piada há muito tempo. Imagino que em lugar algum do mundo aconteça coisa parecida. O capitão não tem o domínio da tropa e por isso, usa de artifícios e artimanhas para chegar ao seu objetivo: não deixar acontecer.

Então população, fique sabendo que tudo aquilo que vocês querem de bom pra esta cidade, quando não acontece ou demora a acontecer, tem nome e endereço certo: câmara municipal. É por lá que passam obrigatoriamente os projetos. E quando lá estacionam, parte dos que compoem aquela casa se julgam no direito de travar, impedir, atrasar, derrotar, derrubar. Os fins não são nobres, acreditem. O objetivo é apenas impedir que o prefeito faça, execute e administre bem, já que em contrapartida não sucumbe às descabidas e imorais exigências dos tais vereadores.  Política. Suja e rasteira, fiquem sabendo. 

Como cidadãos, temos a obrigação se descortinar este mistério que acontece semanalmente na câmara. Só pra terem uma ideia, no mais recente episódio, acrescentaram ao projeto do executivo (interesse da cidade) 39 emendas. Mas a estratégia nem foi necessária, porque o projeto foi derrotado de início. A partir dele seriam efetivadas as parcerias público-pivadas e a agência reguladora de saneamento. Mais uma vez, a câmara não usou de bom senso e deixou de fazer algo para e pela população.

Hoje, 05 de junho, o prefeito desta cidade, Ruy Muniz, tomou uma decisão sábia e comunicou à imprensa que todos os projetos de lei do executivo foram retirados da pauta e em seguida dois deles foram reenviados à casa. Sendo assim, nas próximas reuniões os vereadores deverão colocá-los na pauta de votações, apreciá-los, decidir e só então o executivo retornará com os outros. Entre estes outros, o que viabilizaria a construção do Hospital do Trauma, em terreno doado pelo município. A maquete está pronta, o governo estadual já cumpriu o acordado e municipio idem. 

Falta apenas o que? A aprovação pela câmara municipal. Quando? Não sabemos. Se  o presidente da casa deixar que a reunião aconteça em tempo devido, sem interrupçoes de baderneiros financiados para garantir a desordem no local,  e se houver quorum, porque uma das estratégias dos vereadores quando se vêem sem alternativas para adiar o que não pode ser adiado, é sair pela tangente. Levantam-se das suas cadeiras, dão um pulinho na cantina para um cafezinho ou um cigarro, vão atender à algum cidadão, enfim, qualquer coisa serve como álibi. Seria melhor que olhassem para os seus eleitores e revelassem: "eu saí do local no momento da votação porque não queria votar, porque não tenho intenção de contribuir para uma cidade digna". 

Assistir a tudo isso e não se manifestar? Saber como as coisas acontecem e fechar os olhos? Não mesmo. A isso, dá-se  o nome de "omissão", para mim o pecado maior da humanidade e contra o qual  estabelecemos uma luta diária e incansável. De novo, volto à pequena e indispensável msg de Luther King: "o que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons!"

Não sejamos coniventes com os procedimentos vergonhosos de gente(?) que carrega status de autoridade e atitude de covardes, porque estes não merecem nem mesmo deixar seus nomes gravados na história. São impronunciáveis.



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