CAFÉ do CERRADO: NORTE se PREPARA para COLHEITA

Norte de Minas se prepara para a colheita do Café do Cerrado

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A região Norte de Minas, Jequitinhonha e Mucuri possuem cento e cinco municípios produtores de café, perfazendo uma área de produção de 36.512 hectares, com produtividades variando entre sete a oitenta sc/ha. Cerca de 60% da área cultivada nestas regiões se referem a lavouras de elevado nível tecnológico, irrigadas e bem conduzidas, apresentando produtividade média bastante elevada.
Entretanto, para se alcançar tal grau de desenvolvimento tecnológico, a estrutura produtiva passa pela organização dos cafeicultores em torno do fortalecimento da cadeia do café em relação aos funcionários.  Na Fazenda São Thomé, em Pirapora, não é diferente. Para melhor desempenho da colheita, periodicamente é feita a capacitação com funcionários. A fazenda foi pioneira na produção de café no norte de Minas, há 14 anos e produz o café do cerrado, próprio para a exportação, na linha gourmet.
A última ocorreu no final de janeiro, 26 e 27, com colaboradores de fazendas da região, operadores de colheitadeira Jacto. Os instrutores Paulo Gercílio e Nelson Oliveira mostraram como tirar o máximo de proveito da máquina, que custa em torno de R$ 315 mil. “A colheita mecanizada tem um custo bem menor em relação à manual”, afirma Claudio Severino Lara, sócio-proprietário da Fazenda São Tomé.
“O processo de modernização da atividade do café no Cerrado Mineiro provocou impactos significativos na ampliação da área produtiva, na produtividade, na geração de novos postos de trabalho em atividades mais qualificadas e redução das menos qualificadas”, comenta.
A área total plantada com a cultura de café, em Minas Gerais, é de 1.204.208 hectares, predominando a espécie arábica, com 98,8% no estado. A área total estadual representa 54,2% da área cultivada com café no país. “Na região, são cerca de 5 mil hectares plantados. A expectativa da safra para 2015, que começa em meados de abril, será boa, mas sem grande crescimento, visto as dificuldades climáticas, mesmo com a irrigação”, salienta Ricardo Demicheli, gerente regional da Emater.
O déficit hídrico, provocado pela escassez e irregularidade das chuvas, e agravado pelas condições de elevadas temperaturas, causaram sérios danos às lavouras de café, mas com a irrigação o desenvolvimento da agricultura brasileira provocou grandes transformações no processo produtivo de diversas cadeias agropecuárias. Neste contexto, o Cerrado Mineiro merece destaque particular, pois se consolidou como uma das regiões cafeicultoras mais modernas do país, com a adoção de um conjunto de inovações tecnológicas, cujo resultado foi a obtenção de maior produtividade e qualidade do café.

Texto/Foto: Mosaico Comunicação


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