SEMINÁRIO: TRANSPOSIÇÃO e REVITALIZAÇÃO do VELHO CHICO

                              SEMINÁRIO TRANSPOSIÇÃO E 
 
REVITALIZAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO


No dia 8 de maio, a partir das oito da manhã, a cidade de Pirapora vai sediar um seminário que vai discutir a transposição e a revitalização do Rio São Francisco. O encontro nacional vai reunir autoridades políticas e ambientais de municípios banhados pelo Velho Chico e de todo o Brasil.


Assessoria Raquel Muniz
 
 
 

Quase no Sul de Minas, na região da Serra da Canastra, nasce o Rio São Francisco. Ele atravessa Minas Gerais e corta mais outros quatro estados brasileiros até chegar ao mar. Em 2.814 quilômetros, o Rio da Integração Nacional, desde a sua descoberta, em 4 de outubro de 1501, sofre a ação do homem. O esgoto jogado nas águas, o assoreamento e a devastação das matas ciliares são os três maiores problemas. Em alguns trechos, sobretudo em terras mineiras, ele praticamente desaparece durante o período de estiagem. No passado não era assim. Foi justamente para impedir a morte do Velho Chico que o governo federal, em 2004, criou o Programa de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco, executado pelos Ministério da Integração Nacional e Meio Ambiente. As ações, desde então, consistem em obras de saneamento básico, contenção de barrancos, de controle de processos erosivos, melhoria da navegabilidade e recuperação da vegetação às margens do rio e dos 168 afluentes. O Programa de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco é executado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales dos Rios São Francisco e Parnaíba. Em Minas Gerais serão gastos cerca de R$ 700 milhões em obras de saneamento básico em 60 cidades ribeirinhas. Quando todos os municípios estiverem com o sistema implantado, calcula-se que 75 mil metros cúbicos de esgoto deixaram de ser jogados “in natura”, diariamente, no Velho Chico. Em 31 delas, as Estações de Tratamento de Esgoto já estão prontas. A ETE da cidade de Pirapora foi a primeira ser concluída, em 2008. Em outros 29 municípios, os trabalhos estão em ritmo acelerado. É o caso de Matias Cardoso, onde a construção do esgotamento sanitário já começou e vai beneficiar quatro mil pessoas. A obra avaliada em R$ 11 milhões vai levar qualidade de vida aos moradores e impedir que o esgoto da cidade seja jogado no São Francisco. “Também vamos dar início a construção do aterro sanitário, também em parceria com a Codevasf”, informa o prefeito Edmárcio Leal (PSC). O Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos também é outra importante ação promovida pelo governo federal. Tão importante quanto a retirada do esgoto e o tratamento do lixo são as medidas para conter a erosão. O desmatamento e o desbarrancamento arrancam toneladas de terra que vão para dentro do leito dos rios. É o que acontece em muitos trechos do São Francisco, que acaba se transformando, em muitos pontos, em um grande areião. A construção de barraginhas é uma das medidas que ajudam a reduzir o problema, pois elas permitem a infiltração de água no solo abastecendo o lençol freático e possibilitando o fortalecimento dos cursos de água. Outras ações fundamentais de combate à erosão envolvem a proteção de nascentes, de matas ciliares, topos de morros, recuperação de áreas degradadas, construção de bacias de captação de enxurradas e adequação de estradas vicinais. O gerente regional de Revitalização da Codevasf, Sidenísio Oliveira, informou que há onze anos a Companhia desenvolve essas ações de combate à erosão nas sub-bacias do Velho Chico e que os recursos investidos chegam a R$ 100 milhões. E é justamente para tratar do futuro do Rio São Francisco e dos municípios por ele banhados que será realizado em Pirapora, no dia 8 de maio, o Seminário de Transposição e Revitalização do Rio São Francisco. “Eu sou a única deputada federal de Minas Gerais que faz parte da Comissão Especial do Rio São Francisco, criado na Câmara Federal. A intenção deste encontro é debater caminhos e soluções para as cidades que sofrem com o atual estado de degradação do rio. Os investimentos existem, mas precisam ser maiores. Por isso, é preciso que prefeitos e as comunidades ribeirinhas se unam por essa luta, que é de todos nós. Esse é o objetivo do Seminário”.



Ludmila Guimarães
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