CÂNCER de PRÓSTATA:TABU MASCULINO é ENTRAVE no COMBATE à DOENÇA

Tabu masculino ainda é entrave para combate ao câncer de próstata


Dr.Augusto Santos reafirma a importância de se prevenir contra o câncer de próstata após a campanha Novembro Azul

No embalo do Novembro Azul, mês mundial de combate ao câncer de próstata, autoridades de saúde divulgaram ampla campanha de conscientização sobre a importância do acompanhamento urológico e do diagnóstico precoce da doença. Apesar de grave, o câncer de próstata ainda é uma doença que enfrenta barreiras e preconceitos por causa dos seus exames de diagnóstico.

O Ministério da Saúde estima que quase 50% dos brasileiros nunca foram ao urologista e a projeção é de que 12 mil pessoas morram da doença em 2015 em função da descoberta do tumor em estágio avançado. "O câncer de próstata e o segundo tipo de neoplasia mais frequente no sexo masculino ficando atrás apenas dos cânceres de pele não melanoma", conta o radiologista Dr. Augusto Santos.

No Brasil, a cada ano, são diagnosticados cerca de 62 mil novos casos. "A investigação inicial começa com um urologista, que fará o toque retal. É um exame de rotina e não devia ter este tabu da sociedade. Entretanto, causa grande constrangimento na população masculina, que tem um certo receio de comparecer regularmente ao consultório urológico. O PSA é uma proteína produzida quase que exclusivamente pela próstata, e sua alteração, junto com o exame de toque, é um dos primeiros indicativos para identificar algo anormal na Próstata", explica Dr. Augusto.
“Outro grande aliado no diagnóstico do câncer de próstata é a Ressonância Magnética Multiparamétrica, orientando melhor as biópsias”, afirma o radiologista. O exame já é acessível em Montes Claros. "A Ressonância Magnética ajuda no diagnóstico e prognóstico, pois a tecnologia ajuda a examinar a próstata com mais definição e bastante acurácia, definindo precisamente o tamanho e local do tumor. Estes dados vão orientar o tratamento efetivo da doença".
Outro esclarecimento é que as biópsias atualmente podem ser realizadas com acompanhamento de um médico anestesista, sendo portanto um procedimento totalmente sem dor.
Apesar da divulgação e da conscientização é triste relatar a dificuldade que muitos têm em chegar a um serviço especializado em urologia. Diagnósticos de câncer de próstata em fase avançada, às vezes, são passíveis apenas de tratamentos paliativos. "Diante disso, o receio dos homens em procurar um urologista é caso de saúde pública, visto que a chance de cura é muito mais importante", completa o médico.


Texto/Foto: Mosaico Comunicação

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