PREFEITO FALA sobre acusações da Receita Federal

Prefeito de Montes Claros fala sobre acusações da Receita Federal

Texto: Marcelo Valmor
Fotos: Fábio Marçal



Durante coletiva realizada na tarde desta segunda-feira, 14, o prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz, falou com a imprensa sobre as investigações da Receita Federal que o colocam como importador oculto de bens hospitalares avaliados em aproximadamente 10 milhões de reais.
Para rebater as acusações ainda sem o devido processo legal ordenado e baseadas, segundo o prefeito, em mentiras, foi convocada pelo próprio prefeito e por representantes do seu grupo empresarial uma entrevista coletiva no local que está sendo acusado de ser o beneficiário do material apreendido no porto da cidade paulista de Santos pela Receita Federal, o Hospital das Clínicas Mário Ribeiro da Silveira.
 Segundo a médica e deputada federal Raquel Muniz, esposa do prefeito, em nenhum momento houve importadores ocultos, posto que a Soebras, empresa de caráter filantrópico, possui uma presidente – Ivanilde Soares Queiróz Almeida, um diretor geral do Hospital das Clínicas Mário Ribeiro – Jhonatan Rodrigues, além do responsável pela administração do grupo que tem sua sede localizada na capital federal - Matheus Borges Muniz. Por outro lado, afirmou que a Receita Federal cumpriu visitas a locais e pessoas sem o devido mandado judicial, amparados na política do terror e às 6 horas da manhã dessa segunda feira, 14.
Para o prefeito, essa importação do material da empresa alemã Dräger, com sessenta anos de atuação no Brasil e que comanda 80% da indústria hospitalar na Europa e EUA, foi feita pela Soebras, posto que a Amas não disporia de teto para trazer do exterior mercadorias além do seu limite de 150 mil dólares. Mas diante da decisão da Receita Federal em reter o material no porto de Santos, sob a acusação de favorecimento ao prefeito e sua esposa, a compra não foi efetivada e o material acabou não sendo pago.
No próximo dia 18 Ruy Muniz se reúne com a presidência da Dräger para a América Latina, em São Paulo, quando tentarão uma solução para o caso. "O material não chegou a ser nacionalizado, por isso não poderia ser alvo de retenção por parte da Receita Federal", disse. Além disso, os crimes pelos quais a Receita Federal tenta imputar a ambos como evasão de divisas não encontraria respaldo, haja vista que não foi feita nenhuma transferência de valores para a empresa alemã: "Quem faria isso é o Banco do Brasil que, de posse dos valores da Soebras, faria a conversão para a moeda europeia – o Euro - e depois faria o pagamento à empresa Dräger. Como o pagamento não foi feito, não existiriam tais crimes".
Sobre a acusação de favorecimento à deputada federal Raquel Muniz e ao prefeito Ruy Muniz por parte da Receita Federal e do Ministério Público na compra de equipamentos da Alemanha, a deputada novamente colocou seu sigilo bancário e do seu marido para serem quebrados quando as autoridades quiserem. “Não temos o que esconder. Se estamos afastados da instituição Soebras é porque somos, agora, agentes políticos, portanto, eticamente obrigados a nos distanciarmos dos nossos negócios,” afirmou.
"A Soebras, instituição que administra as empresas, está com vida financeira saudável, movimentando a favor de estudantes e pacientes em todo o país mais de 500 milhões de reais ano, e que não precisaria sonegar 2 milhões de reais em impostos, comprometendo toda uma vida dedicada à cidade e à região", esclareceu Raquel Muniz.
Foram apresentados na coletiva as pessoas que comandam as entidades que, segundo a Receita Federal, seriam os "laranjas" a serviço do casal Muniz, além de farta documentação comprobatória da lisura da transação internacional realizada entre a Soebras e a empresa alemã Dräger.  A acusação de que tanto a deputada Raquel Muniz quanto o prefeito Ruy Muniz estariam usando de prestígio político para pressionar agentes públicos também é rebatida, já que qualquer cidadão e a qualquer tempo pode requerer audiência com qualquer servidor público.
Quanto a uma possível destinação dos bens retidos, a Receita Federal também se equivocaria, posto que a aparelhagem moderna para o hospital das Clínicas Mário Ribeiro da Silveira foi feita sob medida, pelo tamanho da sala e outras medidas levadas em consideração quando os técnicos alemães estiveram em Montes Claros para formalizarem a venda à Soebras. “O problema da Receita Federal de Montes Claros é que eles não estão acostumados com importação e exportação, daí essa confusão sobre o material apreendido", concluiu Ruy Muniz.



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