MANIFESTAÇÃO CONTRA REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Foto: Márcia Vieira











16/02/2017
Manifestação contra reforma da Previdência

Manifestantes tomaram as ruas da cidade para dizerem “não” à reforma da Previdência

Márcia Vieira
Repórter
P/ O NORTE (onorte.net)
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Na manhã desta quarta-feira 15, o centro de Montes Claros foi tomado por manifestantes de outros municípios que se posicionaram contra a PEC 287, que trata da reforma da previdência social, prevista para entrar em votação no Congresso Nacional nos próximos dias.

Isabel Pereira, trabalhadora rural na comunidade de Arrozal, no município de São Francisco, veio especialmente para a manifestação. Questionada sobre o motivo que a levou a aderir ao movimento, respondeu que foi “convidada”.

- Fui convidada pelo sindicato pra estar aqui hoje e dizer “não” à reforma da Previdência. Viemos em dois ônibus. Acho que se não mexerem na nossa aposentadoria, eu aposento daqui a cinco anos. Mas, se mexerem eu vou ter que esperar mais dez anos – disse. 

FETAEMG
De acordo com Sandra Rosa Medeiros, diretora regional da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), e uma das organizadoras da manifestação, estiveram presentes representantes de 76 municípios e o transporte foi custeado pelo sindicato de cada cidade. 

- O que fizemos aqui hoje foi uma mobilização para garantir que nossos agricultores aposentem mais cedo. A gente sabe que o homem do campo é diferente do homem da cidade, porque o homem do campo começa a trabalhar com sete anos de idade e trabalha duro. Levanta às quatro da manhã pra trabalhar e é muito sofrido - afirmou.

A Fetaemg congrega mais de 500 sindicatos filiados. O movimento tem a parceria da Liga Campesina, Sind-Ute e outras centrais sindicais, além da participação de partidários do PT e PSOL.

Ao propor a reforma, o governo pretende evitar risco para as aposentadorias, pensões e benefícios futuros. As despesas do INSS, segundo a União, estão em torno de 8% do PIB e, caso não passe a reforma, a projeção para 2060 aponta que o percentual deve chegar a 18%, o que inviabilizaria a Previdência. (Márcia Vieira)

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