Montes Claros
Márcia Vieira
Repórter
Na manhã desta
quinta-feira 2, a Câmara Municipal foi palco para realização de Audiência
Pública que debateu a reabertura do Restaurante Popular em Montes
Claros.Convidado para o debate, o prefeito Humberto Souto não compareceu – a
exemplo de outras audiências para as quais o executivo também foi convidado e
se esquivou de participar.
O espaço foi
fechado no final do ano de 2016, por suspeita de vazamento de gás, a partir de
vistoria feita pelo Corpo de Bombeiros. O restaurante servia diariamente
mil e quinhentas refeições, subsidiadas pelo governo federal com contrapartida
do município. Para o consumidor final, a refeição saía ao preço de um real (R$
1,00).
- Funcionários
do comércio nas proximidades do Mercado Municipal, estudantes, moradores de rua
e pessoas vindas da zona rural foram prejudicadas com o fechamento, Queremos
prazo para reabertura - disse o vereador Valdecy Contador, autor da proposição
que deu início à audiência.
ALMOÇO SELETIVO
ALMOÇO SELETIVO
O Diretor de
Programas Sociais da Prefeitura de Montes Claros, Vero Franklin Sardinha
ressaltou que, no caso de reabertura, serão estudadas medidas para se fazer um
credenciamento das pessoas que poderão usufruir da alimentação a baixo custo.
O objetivo da
nova administração é limitar as refeições a pessoas em situação de
vulnerabilidade social e selecionar os frequentadores a partir da comprovação
de baixa renda.
Já o secretário
de Desenvolvimento Social, Aurindo Ribeiro
deixou claro que não há uma previsão para a reabertura do espaço e que o custo
da manutenção do local é muito alto.
- Estamos numa
situação ruim no país. A crise atingiu todo mundo e não tem tempo para acabar.
Temos uma situação difícil com os programas que não funcionam e que dependem de
muitos ajustes com os convênios que não temos.
O fato desagradou a alguns dos presentes, como Ramon Calixto, que usou o microfone para cobrar.
O fato desagradou a alguns dos presentes, como Ramon Calixto, que usou o microfone para cobrar.
- O poder
público tem que ter responsabilidade e planejamento. Façam um projeto que
garanta um fundo de depreciação dos equipamentos e do imóvel, o que não podemos
é deixar a população à margem dos seus direitos.
CONTRATAÇÃO INJUSTIFICÁVEL
CONTRATAÇÃO INJUSTIFICÁVEL
Contrariando a
declaração do secretário, que alegou dificuldades financeiras, o Diário Oficial
do Município trouxe na edição de 25 de fevereiro de 2017, sábado de carnaval, a
contratação de funcionária para o local que está fechado, ou seja, onde não
existe nenhuma atividade. Procurada pela reportagem, a Assessoria de
Comunicação do Município se limitou a dizer que “a referida nutricionista
presta serviço à Secretaria de Desenvolvimento Social como um todo, coordenando
o setor de nutrição nos CRAS, Unidades de atendimento e abrigos.”
Entretanto, a
publicação é clara quanto à função. A nutricionista figura como “Coordenadora
do Restaurante Popular”.
REDES SOCIAIS
As redes sociais
entraram em polvorosa com a divulgação do documento dando conta da inusitada
contratação de uma funcionária para não fazer nada.
- Para que a contratação, se o local está fechado desde o mês de novembro? É nosso dinheiro que está indo pelo ralo mais uma vez - disse uma internauta.
Já B.N., que esteve pela manhã na Câmara Municipal, desabafou.
- Isso é muito grave. É impossível ficar quieto diante desta situação. O Ministério Público precisa agir com urgência.
- Para que a contratação, se o local está fechado desde o mês de novembro? É nosso dinheiro que está indo pelo ralo mais uma vez - disse uma internauta.
Já B.N., que esteve pela manhã na Câmara Municipal, desabafou.
- Isso é muito grave. É impossível ficar quieto diante desta situação. O Ministério Público precisa agir com urgência.
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