LIBRAS EM BANCOS E SHOPPINGS

16/05/2017
Libras em bancos e shoppings

Vereador propõe intérprete para facilitar comunicação e integrar surdos-mudos à sociedade
 
Márcia Vieira
Repórter
P/ O NORTE
Está pronto para ser votado pela Câmara Municipal de Montes Claros, o Projeto de Lei n°25/2017, do vereador Valcir da Ademoc que estabelece intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) nas agências bancárias e shoppings centers de Montes Claros.
A linguagem já é reconhecida pelo Governo Federal como língua oficial da pessoa surda e é o segundo idioma brasileiro.
- A ausência do intérprete expõe ao constrangimento as pessoas com deficiência. Nem sempre elas conseguem se expressar verbalmente - aponta Valcir.
A dificuldade de comunicação também é um dos problemas apontados por Juliana Reis, gerente das salas de cinema de um shopping da cidade.
Ela conta que já existe uma cota de funcionários preenchida pelos Portadores de Necessidades Especiais (PNE), inclusive deficiente auditivo, mas destaca que o profissional que não tenha essa condição e domine a língua é necessária a admissão para intermediar o atendimento.
- A pessoa com dificuldade às vezes fica exaltada quando não consegue ser atendida - diz.
- Recentemente tivemos uma ocorrência desagradável que poderia ter sido evitada. Essa figura do intérprete é fundamental - acrescenta Juliana.

NÚMERO ALTO
Valdeir Borges, responsável pelo banco de dados da Associação dos Deficientes de Montes Claros (Ademoc), revela que o número de deficientes auditivos na cidade é alto.
- Num universo de seis mil associados na Ademoc, temos 500 que são deficientes auditivos, isso sem contar os que existem na cidade e não são cadastrados - informa.
- A aprovação deste projeto vai ajudar a um grande número de pessoas - admite Valdeir Borges.
Caso vire lei, o estabelecimento que descumprir a norma terá que pagar multa de R$ 1 mil na primeira ocorrência, na segunda, R$ 2 mil e numa terceira ocorrência a multa passa para R$ 3 mil com risco de suspensão do alvará de funcionamento do estabelecimento.

- Esperamos com isso viabilizar a integração dos deficientes à sociedade e garantir o atendimento de forma igualitária - finaliza Valcir da Ademoc.


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