FOLIA- Por HAMÍLTON TRINDADE

TEXTO CONVIDADO: HAMÍLTON TRINDADE

Folia

A folia traduz sentimentos de ufanismo, de prazer, de contentamento, de alegria, de dança. Estamos em vésperas ou na própria folia do Carnaval de 2015. Colombinas e pierrôs se espalham pelo Brasil inteiro, em ritmos e sons, os mais variados. De Norte a Sul e de Leste a Oeste, com as predominâncias das folias festas monumentais dos desfiles das Escolas de Samba do Rio e de São Paulo regados ao samba e dos blocos caricatos, dos Trios Elétricos da Bahia/Salvador e dos séquitos apaixonados, dos Bonecos de Olinda e Recife ao som do frevo, dos Blocos que reanimam as ruas de Belo Horizonte, de canto a canto, e de outras tantas manifestações da folia, das cidades maiores ou menores e ou já tradicionais, históricas, turísticas ou não, mas que dormem e acordam, com os batuques, desfiles e fantasias de uma folia que reaquece a vida e o Brasil. São dias de folia para a descontração e a euforia ou para o descanso e a introspecção, para os que fazem e praticam, também, a folia da fé. Cada um a seu modo e jeito. Mas tudo aflora e reaquece a vida. Na comemoração exteriorizada pelas fantasias, alegorias, sons e e ritmos ou com a comemoração interiorizada dos ritmos da oração e da reflexão. O Brasil para, por uns dias, à exceção para os serviços de urgência e de necessidades fundamentais. Seria de muita importância se, neste período, todos, que viverão folias diversas e ou diferentes, tomassem a verve e o apanágio da retidão e da honradez como temas de vida. Independente de ritmos e de alegorias ou de serem pierrôs ou colombinas, de passagem e por tempo determinado. No Carnaval e na folia, todos se vestem de festa. Na folia da fé, se vestem os que se recolhem, da festa da reflexão e da oração. Tornam-se todos, cada um a seu modo, atores. Artistas. Da folia. O Brasil está a precisar destes atores e artistas todos. Das autoridades que viram povo folia e das outras que viram povo introspecção. Faz-se mister e urgente, que, terminada a folia do Carnaval, todos se vistam de brasileiros, de patriotas, e decidam, todos e cada um, escrever a nova história da Pátria Brasil. Sem as vestes e as fantasias de salvadores da Pátria. No ritmo, ao som, e com as alegorias e fantasias, de cidadãos e de cidadãs que transpirem honestidade, retidão, honradez e respeito ao povo e à Pátria Brasil. Assim, a folia será de todos e para todos. Com dignidade, esperança, fé, trabalho, desenvolvimento e justiça.


Hamilton Trindade - educador e professor

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