PIMENTEL,recebido em M. CLAROS,fala sobre COPASA

Em visita à cidade, governador Fernando Pimentel fala sobre a situação da Copasa em Montes Claros

Texto: Bruno Albernaz
Foto: Hamilton Trindade e Wilson Medeiros






Em sua primeira visita oficial ao norte de Minas após tomar posse como governador do estado, Fernando Pimentel falou sobre a atual situação da Copasa em Montes Claros, já que o município rompeu o contrato com a companhia em setembro do ano passado, alegando descumprimento contratual por parte da concessionária. Em sua fala, proferida em um encontro de lideranças da região realizado no Parque de Exposições João Alencar Athayde, Pimentel apoiou a posição do município. "Está aí Montes Claros, quatro córregos (avenidas sanitárias) dentro da cidade que a Copasa prometeu que faria e não fez, e a Prefeitura agora está demandando, com justiça, o que foi prometido e não foi cumprido pela Companhia de Saneamento do Estado", destacou.

O governador chamou a atenção para a crise hídrica que o país enfrenta e ressaltou que o bom serviço de saneamento é primordial para enfrentá-la. “A situação operacional e administrativa da Copasa é terrivelmente ruim. Os rios de Montes Claros foram todos poluídos nestes anos e o município está demandando com justiça essa luta com a Companhia”, afirmou Pimentel.

Ainda em seu discurso, o governador garantiu que vai fazer o possível para que Montes Claros tenha acesso à água e saneamento de qualidade. "Eu, pessoalmente, vou me empenhar para acharmos uma solução negociada para resolver os problemas que a Copasa não resolveu nestes anos todos em Montes Claros, e permitir que a cidade tenha o que ela precisa na área de saneamento, na área de água, na área de esgoto", destacou.


Entenda os motivos de anulação do contrato - Após a conclusão do processo administrativo conduzido pela Procuradoria Geral do Município houve a constatação de irregularidades tanto em vícios contratuais quanto no descumprimento de contrato. Entre os vícios encontrados estava o II termo aditivo de 1998, que renovou, sem licitação, a concessão da empresa que havia sido emitida em 1974. Portanto, o fim da prestação de serviços deveria ter sido em 2004, quando um novo processo licitatório deveria ter sido realizado.

Com relação aos serviços, o processo constatou que a empresa não implantou 100% de tratamento de esgoto em toda a cidade e seus distritos. Além disso, a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) apresenta baixa eficiência, operando no limite máximo de sua capacidade operacional. Vale lembrar ainda que a danificação das ruas pela companhia tem prejudicado a malha asfáltica da cidade. 

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