LÁBIO LEPORINO : TRATAMENTO GRATUITO em MONTES CLAROS


Lábio leporino pode ser tratado gratuitamente em Montes Claros

Crianças com fissura labial devem ser tratadas no tempo e na forma adequados para uma boa qualidade de vida
O cirurgião plástico, Carlos Alberto Rocha Souza, destaca sobre a anomalia do lábio leporino
O problema é mais comum do que se imagina, de 1000 nascimentos, pelo menos uma criança nasce portadora das fissuras lábio-palatinas. Uma anomalia congênita caracterizada pela descontinuidade dos tecidos dos lábios e/ou do palato, mais conhecida como “lábio leporino”. Porém, mesmo o tratamento sendo relativamente simples, e apesar da Santa Casa de Montes Claros e os outros hospitais contarem com excelente estrutura e uma equipe de cirurgiões plásticos da mais alta qualidade para operar estes casos, ainda não são credenciados como alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde para resolução desses casos. Esta ausência dificulta a cirurgia pelo SUS, afetando crianças de famílias de baixa renda.
O cirurgião plástico, Carlos Alberto Rocha Souza, realiza este tipo de cirurgia desde a sua formação como cirurgião plástico, em São Paulo. Na década de 80, através do Hospital dos Defeitos da Face, onde foi a sua formação, foi convidado para ir ao Estado de Rondônia, onde operou dezenas de crianças gratuitamente em poucos dias. “Era uma região bem carente, então voltei várias vezes e ainda abri um consultório na cidade, onde residi com minha esposa Núria e meu filho Pedro, ainda pequeno, por um ano”, lembra. 
Aquela experiência marcou muito o médico, que desde então decidiu ajudar a todos que precisavam de tratar a fissura lábio-palatina, como missão de vida. Foram muitas crianças nestes 35 anos de carreira do médico, no corpo clínico da Santa Casa. As cirurgias eram realizadas com alguma dificuldade, dado que o hospital não é credenciado especificamente para a anomalia. 
Famílias vêm do sul da Bahia para tratamento gratuito da fissura lábio-palatina
Na última quinta-feira, dia 22 de setembro, duas crianças, de 8 e 9 anos, vieram do município de Palmo de Monte Alto, na zona rural de Guanambi, no sul da Bahia. Ambas intermediadas por uma paciente de Dr. Carlos Alberto. Antônia Pereira da Silva é mãe do pequeno Glayson Brito, de 9 anos. Com fissura lábio-palatina, sua mãe até se emociona ao dizer que a criança sempre teve dificuldade para se alimentar e falar. “Agora temos fé em Deus que ficará bem. Já fomos até Salvador tentar a cirurgia, mas a Secretaria de Saúde de lá nunca tinha vaga ou recurso”, conta Antônia. 
Luziara Souza trouxe a filha, Juliana, de 8 anos, e conta que a partir do primeiro contato com o Hospital da Plástica, a consulta foi agendada rapidamente. “Ficamos muito felizes com esta oportunidade para nossos filhos. Minha menina era caçoada na escola, chamada de lábio partido e às vezes nem queria ir estudar”, lembra.
Esperar tanto tempo para realizar o tratamento não é o comum, mas a falta de conhecimento da população e o acesso aos centros especializados, além do custo, são gargalos para a saúde plena de muitas pessoas. A anomalia, quando não tratada, pode interferir no bom desenvolvimento da fala e diminuir a autoestima da criança.
Dr. Carlos Alberto, que é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, regente da Residência de Cirurgia Plástica da Santa Casa, credenciada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, esclarece que “esta deformidade não é uma doença e não é acompanhada de retardo mental. Afeta apenas a conformação dos lábios e do palato (céu da boca). As causas desta malformação são multifatoriais, ou seja, combinam uma predisposição genética a fatores ambientais tais como: estresse, infecções, fatores nutricionais, medicamentos, entre outros fatores, durante o início da gravidez”.
Montes Claros ainda não tem o credenciamento pelo SUS para atender estes casos, apesar de ser polo de saúde de 1,6 milhões de pessoas. “O Hospital da Plástica quer realizar o sonho de famílias que desejam ter o tratamento de seus filhos”, pontua. O procedimento será gratuito para famílias com baixa renda familiar comprovada. Mais informações pelo telefone: (38) 3222 1308 e 3221-7438. “A criança fissurada deve ter um diagnóstico exato e estabelecer um prognóstico, assim como as etapas do processo de reabilitação para garantir sua qualidade de vida”, completa o cirurgião plástico.


Nágila Almeida
Assessora de Comunicação
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