SAFRA DE MEL EM ALTA NO NORTE DE MINAS


 Safra de mel em alta no Norte de Minas

ATEG
ESCRITO POR ANA MEDEIROS, DE MONTES CLAROS

Quase dois anos depois do início do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), oferecido pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES a apicultores do Norte de Minas, a previsão é de aumento de, pelo menos, 30% na colheita de mel em 2021. Essa é a expectativa apontada pelo técnico em Agropecuária  Acelmo Freire Almeida, que atende 30 produtores em Brasília de Minas, Campo Azul, Ubaí, Icaraí de Minas e São Francisco. Todos também participaram do Programa Negócio Certo Rural e dos cursos de Boas Práticas de Fabricação e Produção de Própolis.

A produção anual começou em junho de 2020 e segue até julho deste ano. No período anterior, de 2019 a 2020, a colheita chegou a 10 mil quilos de mel. Com a produtividade em alta, o técnico de campo também está orientando os produtores a comercializaram junto à Cooperativa dos Apicultores e Agricultores Familiares do Norte de Minas (Coopemapi), com sede em Bocaiúva.

Cada apicultor atendido tem direito a uma visita do técnico por mês. “Avaliamos as condições dos enxames e recomendamos manejos para recuperar ou evoluir os enxames”, explicou Acelmo. Os apicultores também são orientados sobre trocas de cera, de rainha, multiplicação e divisão de enxame.

Segundo o técnico, o clima e a florada são determinantes para a apicultura. Os produtores trabalham com as abelhas africanizadas e o mel é produzido a partir de várias floradas. Entre elas, destaca-se a aroeira, que resulta no principal produto, mas, também de betônica, chapadinha, vaqueta, cipó uva, sucupira, jatobá, flor de pequi e outros.

Os irmãos Marcelo e Manoel Rodrigues são apicultores em São Francisco e também criam abelhas em Brasília de Minas. Eles estão encerrando a colheita do mel de chapadinha e já vão começar a preparar o enxame das próximas floradas. “Tivemos uma boa colheita. Está sendo bom demais e acho que, se a betônica der uma florada boa como nos outros anos, teremos um semestre de boa colheita”, comemorou Marcelo.

Cooperativismo

Uma das próximas etapas é inserir os apicultores na Coopemapi, que também é assistida pelo programa há mais de um ano. Segundo o presidente da entidade, Luciano Fernandes de Souza, o ATeG possibilita

 melhor organização, planejamento e execução, tanto na produção, quanto na gestão e processamento da extração do mel. “O programa dá uma segurança muito grande para o produtor, inclusive ajuda com o inventário do patrimônio, para saber se está dando lucro ou prejuízo. Para a cooperativa, é importante para dar credibilidade, para ter compromisso com a qualidade e o aumento de produtividade para fazer contratos futuros”, explicou.

Em 2020, em plena pandemia, ocorreram as primeiras exportações do mel do Norte de Minas para Europa, Estados Unidos e China. “Temos liberação para exportar o produto fracionado e, até o momento, exportamos 15 toneladas. A expectativa, com a liberação e ampliação do entreposto, é passar para 500 toneladas”, comentou o presidente.

 

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