IGUALDADE RACIAL: mulheres iguais fazem a diferença

IGUALDADE RACIAL
Mulheres iguais fazem a diferença
Texto e Fotos: Márcia Vieira

Mulheres negras que não são diferentes, mas fazem a diferença na sociedade em que vivem, receberam homenagem por seus feitos e incessante luta em evento promovido pela coordenadoria de Igualdade Racial, da Secretaria de Desenvolvimento Social, na noite de quinta-feira, 25. O encontro aconteceu na Câmara Municipal, em comemoração ao Dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha.
Em Montes Claros, foram homenageadas 16 mulheres, incluindo representantes de diversas cidades de Minas Gerais. “Temos ainda muitos enfrentamentos a colocar em prática, mas podemos dizer que houve avanço. Temos esperança de que futuramente isso venha a melhorar, a partir do trabalho que estamos desenvolvendo”, afirma Veranice Santos, diretora da coordenadoria e organizadora do evento.
Ione Aparecida de Avelar é de Patos de Minas e veio especialmente para o evento: “para mim é uma honra estar aqui e ser homenageada. Todas nós já temos uma luta individual e este evento é mais uma oportunidade de mostrar o nosso trabalho”, revela a pedagoga que gerencia recursos humanos na Prefeitura de Patos de Minas e já ocupou interinamente a secretaria de educação daquela cidade.
Ione não abre mão de participar das lutas da classe negra. Ex-participante do MABRA- Movimento Afro-Brasileiro já extinto, que estudava e praticava a cultura negra, Ione destaca o quão importante é a iniciativa de se inserir em políticas voltadas à área: “O preconceito é, na maioria das vezes, velado, o que o torna mais cruel. Ele existe, machuca, mas eu nunca deixei de fazer nada pelo que alguém pensa de mim. Deste movimento ficou a segurança de lutar sempre por aquilo que quero”, diz.
Zenaide Moreira dos Santos Lima foi escolhida pelo município de Pedras de Maria da Cruz para participar do evento. Ela faz parte dos Desbravadores, grupo da Igreja Adventista do 7° dia que trabalha com jovens de 10 à 15 anos. Os desbravadores focam no lado espiritual, mental e social, auxiliando com oficinas e pesquisas que envolvem a natureza de modo geral. “Nosso objetivo é resgatar os jovens e dar a eles alguma ocupação, para afastá-los das drogas e outras coisas que não são boas. O principal é colocar Jesus na vida destes jovens”, diz Zenaide. Sobre a participação no evento ela afirma: fiquei feliz ao ser escolhida, principalmente porque o nosso trabalho é voluntário. Há mais de 20 anos estou nessa luta e Isso é um reconhecimento ”, finaliza.
Para Brexó, o evento confirma que as lutas não devem cessar: “em muitos pontos já conseguimos igualar. Chegará o dia em que o preconceito terá fim”.

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