ABATEDOURO MÓVEL E BENEFÍCIOS À SAUDE DA POPULAÇÃO

Abatedouro móvel pode proporcionar carne saudável à população

Texto e fotos: Pedro Neto

Os abates clandestinos avícolas, suínos e bovinos podem estar com os dias contatos em Montes Claros, medida que vai beneficiar a população, regularizando a situação sanitária, proporcionando carne saudável e sem riscos de contaminações. O assunto foi tema de reunião, na tarde de segunda-feira (25), entre representantes da Secretaria Municipal de Agricultura e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). A proposta é viabilizar um consórcio entre municípios para aquisição de um abatedouro móvel e construção de bases fixas nas cidades participantes, para viabilização do projeto, que já funciona de forma eficiente no Brasil, tendo como pioneiro o estado de Santa Catarina. A medida consiste na adaptação de carretas para abates itinerantes, ao custo total de R$ 1,2 milhão, com significativa economia para produtores e consequente garantia de mais saúde e qualidade de vida aos consumidores.
O assunto continuará em pauta, durante os próximos dias, para acelerar o processo e formalizar de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Para tanto, a Prefeitura, através da Secretaria, via Serviço de Inspeção Municipal (SIM) e Vigilância Sanitária, vai convidar representantes do Ministério Público, IMA, Polícia  do Meio Ambiente e produtores para  um consenso. Também faz parte da estratégia municipal conscientizar a população sobre a necessidade de acabar com os abates clandestinos e, para tanto, a Prefeitura  considera  de suma importância o envolvimento comunitário.
A segurança alimentar é prioridade em Montes Claros, tendo em vista que a cidade é polo regional, com cerca de 400 mil habitantes, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Deste total, cerca de 20 mil pessoas residem na zona rural, dos quais 90 por cento são agricultores familiares e que também seriam beneficiados, uma vez que o projeto incentiva a produção, dando condições de comercialização junto aos Programas Nacional de Alimentação Escolar (Penae) e de Aquisição de Alimentos (PAA), que são responsáveis pelo abastecimento de instituições e entidades diversas.
O coordenador regional do IMA, Marco Túlio  Pelaquim destaca  que o tema é polêmico, mas exige medidas enérgicas, emergenciais e pontuais, com estrutura adequada para sua viabilização. Lembrou que o órgão está à disposição e empenhado nesta questão, tendo em vista que atualmente os consumidores correm riscos de contaminação, pois os produtos à disposição no mercado não correspondem às expectativas legais. "Somos parceiros desta proposta e estamos à disposição para viabilizar o projeto", afirmou.
O secretário de Agropecuária e Abastecimento, Antônio Henrique Sapori, destacou que projeto neste sentido já foi elaborado pela Prefeitura e que o primeiro passo será estruturar o Serviço de Inspeção Municipal (SIM) para, em seguida, formar as parcerias que certamente serão de sucesso. O secretário está empenhado no sentido de atender aos anseios da comunidade consumidora e dos produtores, na tentativa de consenso  e na expectativa de oferecer condições ideais para os abates e, consequentemente, carne de qualidade  e saudável à população.



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