TEXTO CONVIDADO: RAQUEL MUNIZ

TEXTO CONVIDADO: RAQUEL MUNIZ

Maio Amarelo: um alerta a favor da vida
Publicação de terça-feira, 24 de maio de 2017 (O NORTE)
Cresce o número de veículos nas estradas e, na mesma proporção, a insegurança e o número de acidentes. 

Não existe mais saída: precisamos entender que o maior segredo para a redução da mortalidade está em nossas mãos: é nossa responsabilidade dirigir sem a ingestão de álcool, obedecer a velocidade da via, usar o capacete, o cinto de segurança e a cadeirinha. 

Infelizmente, apenas 28 países (que abrigam 7% da população mundial) possuem leis abrangentes nesses cinco fatores.

O Maio Amarelo é uma forma de atrair a atenção para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. 

O objetivo é colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade para engajar-se nessa empreitada e reduzir esse problema nas vias e rodovias. 

A figura do laço segue a mesma ideia de conscientização já idealizada e bem-sucedida em outras campanhas de saúde, mas não é uma campanha, e sim um movimento, uma ação.

Resolvi apoiar essa ação porque quero estimular os nossos leitores a promover atividades voltadas à conscientização, ao amplo debate das responsabilidades e à avaliação de riscos sobre o comportamento de cada cidadão dentro de seus deslocamentos diários no trânsito. 

Parece que muitos perdem completamente a noção de que estão guiando um veículo e se esquecem que também são pedestres. 

Estudo da Organização Mundial da Saúde - OMS sobre mortes por acidentes de trânsito, realizado em 178 países, definiu o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. 

Somente em 2009, foram cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito no mundo. 

Outras 50 milhões de pessoas tiveram sequelas em decorrência de desastres viários.

O documento da OMS mostra que são três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas - a nona maior causa de mortes no mundo. São o primeiro fator responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos. 

Esses acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do Produto Interno Bruto de cada país.

O Brasil está em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, atrás de Índia, China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. 

Essas dez nações são responsáveis por 62% das mortes por acidente no trânsito.

Como representante do povo brasileiro não me cansarei de cobrar do Poder Executivo das três esferas mais investimentos em planejamento e segurança das vias públicas, já que trafegar por elas, hoje, é uma triste aventura. 

Diferentemente do passado, quando as ferrovias eram o principal modal de transporte, vivemos as últimas décadas dependentes das rodovias, seja para transporte de cargas ou passageiros. 

Maio Amarelo: um alerta em defesa da vida!

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