MOC VÕLEI VENCE FUNVIC/TAUBATÉ

Moc Vôlei despacha campeão paulista no tiebreak
Uma partida no estilo que o Montes Claros Vôlei adotou para esta temporada: com muita emoção e indefinição até o final. O adversário foi o atual campeão paulista, Funvic/Taubaté, do ponteiro da Seleção, Lucarelli. Com parciais de 23/25, 25/23, 20/25, 25/20 e 15/12, o Moc acabou a e as prévias de ataques cardíacos da torcida com 3 sets a 2 e boa vitória na largada competição nacional.

O Montes Claros começou a partida com o levantador Índio, o oposto André Nascimento, os centrais Rafael e Salsa, os ponteiros Renan Purificação e Bob e o líbero Kachel. Como equipe vitoriosa, o técnico Marcelinho Ramos escolheu Thiago Salsa para receber o troféu VivaVôlei de melhor jogador. “O Salsa já vem jogando bem há várias partidas. É um atleta que também se identifica com a cidade, luta para fazer com que o voleibol aconteça todo o dia. A gente vê no olho, nas suas atitudes, a vontade de fazer com o que o vôlei de Montes Claros aconteça. Então, nada mais justo do que coroar coroá-lo, também pelo título que ele teve na Seleção Militar. Isso tudo traz louros para o que acontece aqui em Montes Claros”, disse o treinador.

A estreia ainda marcou duas mudanças na equipe do Pequi Atômico. O central Milan Celic não foi relacionado, por problemas com a documentação de transferência para o Brasil, mas não preocupa e deve estar apto para a próxima partida da equipe em casa, dia 21 de novembro, contra o São José dos Campos. A outra mudança foi a estreia do Kadu, recém chegado de empréstimo pelo Sada/Cruzeiro. Sobre o ponta, Marcelinho disse que “nos ajudou. Deixou o time mais agressivo. É um jogador que tem uma consciência tática e um poder físico muito grande. Veio para somar também e brigar por posição.”

O jogo

A equipe do Funvic/Taubaté não demonstrou nervosismo diante dos mais de três mil e quinhentos torcedores do Pequi Atômico no Caldeirão. O campeão paulista se dispôs a tomar a rédeas da partida para começar a Superliga com vitória fora de casa, mas encontrou um Montes Claros Vôlei mais bem preparado taticamente, depois de uma eliminação precoce no Campeonato Mineiro.

O Funvic tem seu ponto forte na agressividade do ataque. O ponta Lucarelli e o oposto Leozão exploravam o bloqueio na força. E foi o próprio Leozão quem deu fim aos dois primeiros sets. O primeiro a favor da sua equipe, o segundo contra, com uma bola de saque forlado que parou na rede. Foi ainda no segundo set que o ponteiro Kadu fez sua estreia na Superliga 2015/16 e acrescentou maior poderio tático e ofensivo à equipe do Montes Claros.

No tercerio set, o Moc teve maior dificuldade em cadenciar o jogo e deixou o time paulista se distanciar no placar, que chegou a sete pontos de diferença. Logo os norte mineiros diminuíram a diferença, mas já estava complicado para buscar a vantagem.

O treinador Marcelinho Ramos aproveitou o intervalo da terceira para a quarta etapa para acertar o jogo do Pequi Atômico. Usando todas as peças à disposição, o técnico conseguiu fazer o que queria - e precisava -, que era levar a partida para o set desempate.

Com apenas 15 pontos para poder decidir a partida, o Montes Claros não podia deixar o time visitante disparar à frente no placar, e assim o fez. Disputado até entrar na casa das dezenas, estava impossível saber quem começaria a Superliga com vitória. Mas o Moc abriu três pontos na reta final e o Funvic viu suas chances diminuírem, diante de um ginásio quente.

Uma vitória na estreia, contra um dos favoritos ao título, dá um gás a mais nesta largada da competição, e o Marcelinho valorizou este início. “A gente acredita muito no nosso trabalho e no nosso conjunto, mas sabemos que eles tem individualidades muito talentosas”, disse. “Os dois ponteiros são a base da Seleção Brasileira. O levantador, que hoje não jogou, mas que também faz parte. Mas o resultado veio para coroar o nosso trabalho, a dedicação dos atletas aqui no dia a dia. Isso é o mais importante”, continuou.

O treinador enfatizou ainda que, apesar de o trabalho no Montes Claros vir sendo feito no pensamento de longo prazo, o foco nos jogados é no próximo adversário. “Nosso primeiro pensamento é jogo a jogo, a gente não planeja lá na frente. Conseguir uma classificação razoável nos play-offs para pegar um adversário mais fraco depois, daí vamos pensando passo a passo. Mas nosso objetivo é sempre o próximo jogo”, completou.

O oposto André Nascimento foi um dos destaques da partida. Começando a partida no primeiro time, como vem ocorrendo desde o início da temporada, o veterano do voleibol nacional acredita que a boa vitória sobre um forte adversário logo na primeira partida da competição dará mais ânimo ainda à equipe. “Não poderia ter sido melhor, uma estreia com vitória em casa. Nos dá confiança para dar continuidade no trabalho. A Superliga é o principal campeonato do Brasil e também da nossa temporada”, disse.

Mesmo sem contato com o treinador após a partida, o campeão olímpico repetiu o professor. “Temos agora que pensar jogo a jogo porque, apesar da vitória agora, já uma pedreira na próxima semana.”

A pedreira da qual o André se refere é o Sesi-SP, próximo adversário do Pequi Atômico na capital paulista na próxima quinta (12/11), às 20h, no Ginásio Vila Leopoldina. No sábado o Moc ainda pega o Vôlei Brasil Kirin, em Campinas, antes de voltar para casa, onde enfrenta o São José do Campos, no Caldeirão, dia 21, sábado, às 18h.

Texto: Cid Bruno
Fotos: Cid Bruno e Rafinha Oliveira/Funvic/Taubaté (conforme especificado no arquivo)

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