domingo, 5 de abril de 2015

APOCALIPSE!!! (8)

APOCALIPSE!!!!! (8)



REGISTRANDO e AGRADECENDO

REGISTRANDO  e AGRADECENDO

Ao vereador Prof. ANDRÉ RICARDO pelo convite. Obrigada!

PÁSCOA !!!!

PÁSCOA!!!

Com meu filho lindo: YELLOW. Que saudade de você, meu filhinho!!!



TEXTO CONVIDADO II: ALBERTO SENA

TEXTO CONVIDADO II: ALBERTO SENA



“A CASA TOMADA”

ALBERTO SENA

Já faz alguns dias suspeitamos da presença em casa de um novo inquilino. Ele chegou sem bater na porta nem teve o respeito ou os bons modos recomendáveis aos humanos em qualquer relação. Simplesmente entrou. Em nenhum momento se anunciou com fazem todas as gentes de bem. Mesmo porque não pusemos à locação nenhum dos cômodos da casa.
Suspeitamos ser ele um intruso. Entrou de mansinho. Nem podemos dizer quando isso aconteceu. Tanto pode ter sido há três dias ou uma semana atrás. Ele entrou sorrateiramente, dúvida não há, porque mesmo em casa estamos atentos a tudo que acontece de dia e à noite.
O pior é sabemos ter em casa um novo inquilino e ignorarmos completamente o lugar apossado por ele, como fazem determinadas pessoas que se vão apossando de tudo como se não tivesse dono ou fazendo de conta que não sabem quem é o dono.
Na noite passada acordamos em meio à madrugada com um barulho esquisito vindo de cima para baixo. Saltamos da cama achando que algo havia caído do forro sintético. Não. Nada havia caído. Se de fato caiu alguma coisa – e alguma coisa sem dúvida caiu – foi do telhado sobre o forro.
Foi a partir desse incidente que chegamos a uma conclusão: pode ser que o novo inquilino tenha se ocupado não de um dos três quartos da casa. Menos ainda o banheiro, a sala ou a cozinha. Podia ser lá na área de serviço, mas não, ele se apossou de toda a parte de cima da casa e deve estar folgadão sobre o forro sintético.
Pode ser que ele seja vários indivíduos. Senão dois ou até três. Pode ser uma família. De dia ficam em silêncio. Não se escuta nada vindo do andar de cima, quer dizer, entre o telhado e o forro.
Mas naquela noite em que ouvimos algo cair, logo de manhã cedinho, antes de pôr água açucarada para os beija-flores e frutas para os demais passarinhos, ao abrir a porta da área de serviço, havia marcas de sangue do lado direito de quem desce as escadas, na parede e em alguns degraus.
As marcas estavam debaixo da janela do nosso quarto e não ouvimos nada. Concluímos que algum pássaro noturno devia ter apanhado uma presa e esfregara-a na parede. Ficou nisso.
Nesta noite passada, nada de anormal aconteceu. Ficamos pensando com os nossos botões “será que o inquilino saiu para visitar alguém? Sexta-feira da Paixão de Cristo, à noite, não é bem a ocasião pra sair fazendo visitas”.
Mas logo de manhã cedinho, hoje, sábado, a impressão era a de que o inquilino, senão podemos chamá-lo de intruso acabava de chegar da rua. Por onde andava esse indigitado? Entrou e se acomodou logo, como quem chega cansado e nem ânimo tem de tirar a roupa pra dormir. Desmonta logo sobre a cama. Foi o que o indivíduo deve ter feito.
Como dissemos, nós não nos conhecemos. Ele ainda não se dignou em dar as caras. Até o momento em que este texto é escrito, o mal-educado não deu sinal nenhum de vida. Estamos como espectadores.
Ontem, o barulho foi no quarto. Depois ouvimos barulho no forro do corredor. A impressão era a de que o indivíduo possui unhas grandes. Do tipo de “João Felpudo”, personagem de uma história de Lúcia Casasanta, no livro “As Mais Belas Histórias”. Ouvimos o arranhar das unhas dele. E foi só.
O inquilino novo nos fez lembrar um conto do extraordinário escritor Julio Cortázar, nascido em Bruxelas, filho de pais argentinos, conto intitulado “A Casa Tomada”, no qual ele narra a invasão duma casa por algo não identificado, que se vai apossando dela de tal maneira que os donos, dois irmãos foram obrigados a abandoná-la.
Mas este não é o nosso caso, o inquilino não tem nada de fantástico. Ele é real, só que não sabemos quem ou o que é exatamente. Existe. Dá sinais de que existe. Mas não o vemos. E embora não seja visto não significa que temos de ficar indiferentes a ele – ou a eles, pois não sabemos exatamente quantos são.
Levamos a notícia da invasão de nossa casa a alguns amigos e eles foram taxativos ao dizerem: “É saruê”. Pode ser. E nos apresentaram duas opções para dar cabo dele: chumbinho ou gatoeira.
Das duas opções a alternativa mais aceita é a gatoeira. O bicho fica aprisionado e depois a gente o solta lá embaixo, na “terceira margem” do Ribeirão, a montante da cachoeira, só para lembrar o nosso João Guimarães Rosa.

TEXTO CONVIDADO I: MARA NARCISO

 TEXTO CONVIDADO I: MARA NARCISO


Pensamento: prisão e liberdade

Mara Narciso


            Penso, logo me aprisiono. Não raro, a pessoa crê em seus devaneios, tece idéias, fecha o cerco em torno das suas ilações, e quando percebe, está numa zona perigosa, entre o real e o imaginário. Muitas perdem o tino, a razão e a sanidade, na busca de fantasmas, medos e pesadelos, vida afora. Não raro, o que era suposição, cresce e enlouquece, vira uma quase verdade, e em muitos casos, a única realidade percebida. O pensamento gera sensações boas ou ruins, e vale relembrar que “sentimos o que pensamos e pensamos o que queremos” (“Seus Pontos Fracos”, Dr. Wayne W. Dyer).
            Doenças psiquiátricas, ao contrário, não são escolhas e podem se manifestar com delírios que são falsas convicções; alucinações que são uma situação em que a pessoa vê um objeto que não existe, e outras sensações irreais diversas, que fazem parte de doenças mentais, fruto de pensamentos distorcidos. A Síndrome do Pânico é uma manifestação física incontrolável de uma ameaça não verdadeira. As fobias são medos exagerados e não condizentes com o risco real. A mente pode atingir um ponto de perturbação tal, que sofre, não distinguindo o falso do verdadeiro.
Fugindo da psiquiatria, e voltando ao dia a dia, os medos podem cegar, amordaçar, amarrar os punhos, sendo que, em algumas vezes é a própria pessoa quem fecha suas algemas. O poder do pensamento é impositivo, podendo ser positivo ou negativo, quando, dependendo do status, constrói ou destrói. E nem sempre, ainda que se tente, é possível transformar o medo em coragem, a fraqueza em força.
Por óbvio, deve-se usar a mente de forma positiva, usando-se técnicas para se obter esse resultado. Os demônios até podem ser os outros, mas os pensamentos ruins estão na parte de dentro. Ainda que neguemos, um elogio de alguém, uma análise afirmativa de algo que somos, fizemos ou parecemos, ajudam a construir nova maneira de pensar.
Quem foi aprisionado por outro, seja por delito ou contingências como casamento, menoridade, profissão ruim ou perseguição pode, caso consiga, usar o pensamento para sair dali, viajar, voar, ser livre. No caso dos escravos, o corpo seguia amarrado, mas o pensamento sempre foi e sempre será livre. Então, que tal gerar pensamentos positivos, de paz, de amor, de corpo são, para enfrentar a vida e suas agressões com mais coragem e propriedade?
Quando é preciso passar por um procedimento desagradável, sejam exame, cirurgia, tratamentos ou ficar num CTI, por exemplo, sugere-se sair dali em pensamento. É inevitável? Avante, mas não estarei aqui. Meu pensar me leva para onde eu quiser. Sou livre para ser livre.
A menininha de 12 anos estava há meses no hospital, acometida por uma doença misteriosa, a Síndrome de Guillain Barré, que paralisava todo seu corpo, até mesmo sua respiração. Certo dia, consciente, após uma recaída, novamente no CTI, traqueostomizada e no respirador há vários dias, magrinha, atrofiada, corpinho rígido e gelado, mesmo sob os cobertores, mostrava-se desesperada. Chegando perto daquela criança desamparada, sofrida, passando a mão em seu cabelo, apertando firme, tentando aquecer seu coração através da sua mão pequena, uma amiga, que a visitava todos os dias, falou assim: Escute, preste atenção ao que vou lhe falar. Pense, pense que está longe desse sofrimento. Vamos sair para um dia ensolarado. Lá fora está quente, o sol brilha, o céu está azul. Veja as nuvens, lá adiante tem um rio de águas frescas, com muito verde ao seu redor. Vamos, corra comigo, vamos colher flores do campo e depois nos sentar naquela pedra e molhar os pés na água. Que delícia! Beba um pouco dessa água. Você pode, a gente pode fazer isso. Seu pensamento é livre, ele pode levar você para onde você quiser. Pare um pouquinho de sofrer. Venha! E então, depois de ouvir diretamente em seu ouvido uma cantiguinha, após alguns minutos de conversa, a menina conseguiu relaxar, descrispar corpo e rosto, parou de chorar e tentou sorrir. Era bom ver aquela transformação.
Para dominar o pensamento é preciso treinar. Quanto à menininha da história, hoje é uma mulher e mãe. Recuperou-se, casou, e pode passear onde quiser, em pensamento e de verdade. Pode até ser que pensar de forma positiva não mude seu destino, mas altera sua maneira de enfrentá-lo. E então, vai deixar seu pensamento trazer liberdade ou prisão? Propiciar prazer, confiança e fé, ou medo e desespero? A escolha é sua. A escolha é nossa. Venham comigo!
4 de abril de 2015

            

FALECIMENTO: SILVÉRIA LOPES LEITE SAID

FALECIMENTO: SILVÉRIA LOPES LEITE SAID

Faleceu hoje, em Montes Claros, SILVÉRIA LOPES LEITE SAID (esposa do jornalista BENEDITO SAID). O Velório acontece na FUNERÁRIA AVELAR (Av Dr. João Luiz de Almeida, 354- Vila Guilhermina). O horário do sepultamento ainda não foi marcado.Ao colega SAID, filhos e demais familiares, o nosso pesar.