Deficientes
físicos poderão desembarcar fora dos pontos em MOC
Texto que agora só depende de
sanção do prefeito permite o desembarque fora dos pontos
Márcia
Vieira
30/08/2017
- 08h26
Passageiros com deficiência
física poderão desembarcar dos ônibus fora dos pontos estabelecidos. A medida
que facilita a locomoção está prevista no Projeto de Lei 19/207, aprovado ontem
por unanimidade na Câmara Municipal.
De autoria do vereador Valcir Soares (PTB), o PL autoriza a flexibilização no
horário de 22h às 5h da manha e visa a atender cerca de 12% da população que
figura entre os 1,8 milhão de usuários mensais do transporte coletivo urbano em
Montes Claros.
“Alguns motoristas usam a
sensibilidade e já fazem isso naturalmente. Com o projeto, isso deixa de ser
facultativo e passa a ser regra. É um ganho”, diz o parlamentar.
Katherine Soares, presidente da Associação de Deficientes de Montes Claros
(Ademoc), destaca que o projeto vem em boa hora.
“Mais do que acessibilidade,
este projeto garante a segurança do deficiente trabalhador e do deficiente
estudante que faz uso diário do transporte coletivo. Com certeza, é muito
bem-vindo”, ressalta.
De acordo com Katherine, cerca de 800 deficientes são cadastrados para utilizar
o Transpecial, ônibus da prefeitura que circula entre 6h e 23h, priorizando
destinos para áreas de saúde e educação. Para utilizar o ônibus, no entanto, é
preciso agendar com 24 horas de antecedência, o que restringe o benefício. .
“O projeto que estava
previsto para entrar em pauta desde o retorno dos trabalhos no Legislativo
demorou a entrar em votação justamente porque procuramos o apoio dos órgãos de
trânsito”, acrescentou o vereador, dizendo que acredita na sanção da matéria
por parte do prefeito.
Jaqueline Camelo, gerente da Associação de Empresas de Transporte Coletivo
Urbano de Montes Claros (ATCMC), entende que da maneira como foi elaborado o PL
traz benefícios. “O serviço não fica comprometido, porque o horário é justamente
aquele de menor movimento e o motorista não terá que sair da rota, apenas
facilitar o desembarque”.
“A pessoa com deficiência
precisa de um tratamento diferenciado e tem que ser atendida em suas
necessidades”, destacou o presidente da MCTrans, José Wílson Guimarães.