domingo, 12 de agosto de 2018

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Lançamento RAQUEL MUNIZ
 A Deputada RAQUEL MUNIZ, do PSD, reuniu amigos e apoiadores no Automóvel Clube de Montes Claros. A Deputada, campeã de emendas na região e reconhecida pelo trabalho árduo e contínuo pelo Norte de Minas, vai em busca da reeleição. Participaram do evento, o candidato a vice-governador MARCOS MONTES, o candidato ao Senado Rodrigo Pacheco, o deputado e presidente do PSD,Diego Andrade, entre outros:

 

 VÍTOR COSTA, colega do jornal O NORTE, colou grau em jornalismo pela Funorte. Veja fotos do evento:

acesse e confira:

E CLARO, HOJE É DIA DE CLARA

E HOJE É DIA DE...

Lembrar uma das melhores da música brasileira. A inesquecível CLARA NUNES, nascida em Paraopeba/Caetanópolis, Minas Gerais, em 12 de agosto de 1942. 
Clara teve sua abreviada por um choque anafilático, ao fazer uma cirurgia em 1983. Em Caetanópolis, parte da sua obra (figurino e objetos pessoais) está no MEMORIAL CLARA NUNES. Aos fãs da cantora, que é uma das  nossas favoritas, recomendo a visita. Não muito longe do museu está a casa onde Clara nasceu. Hoje, abandonada. Mas vale a visitação.

 Neste link, o registro da nossa visita ao Museu Clara Nunes 




 

HOJE AINDA É DIA DE...KNOPFLER

HOJE AINDA É DIA DE...

Festejar o cantor, compositor e guitarrista britânico MARK KNOPFLER, nascido em 12/08/1949. Knopfler ficou bastante conhecido como líder da banda DIRE STRAITS, uma das grandes bandas dos anos 80. Para homenageá-lo, o blog destaca um dos maiores sucessos da banda.


HOJE TAMBÉM É DIA DE...AMEDEO

HOJE TAMBÉM É DIA DE...

Festejar o cantor e compositor italiano AMEDEO MINGHI, nascido em 12/08/1947. O blog lembra uma das músicas mais lindas do  cantor, que fez parte da trilha da segunda versão da Novela Anjo Mau, em 1997.


HOJE É DIA.....

HOJE É DIA....Dos PAIS

O que eu tenho dele além do branco do olho? Diz a minha mãe, apesar dos seus lapsos de memória, que é a teimosia e a bondade no coração. Na teimosia acho que ganho dele. Na bondade , ele vence. Todo mundo gostava dele. Nem todo mundo gosta de mim, mas como eu tbm não gosto de todo mundo, está tudo certo!
Viveu bem, até os 91. Aí veio um carro e pá....tirou a vida dele num final de tarde de dezembro de 2005.
Se estivesse aqui hoje, aos 104 anos, ia pedir pra abaixar a música, como sempre fazia. Ele pirava quando eu ligava o som!
E FOI ASSIM...
Meu pai assistia TV num volume X. Qd terminava o que ele assistia e ia começar o que eu queria ver, ele pedia pra abaixar pq a TV estava alta, sem ao menos eu tocar no botão. Contradições, né?
E foi aí que comecei a lutar pelos meus direitos, justiça e igualdade, sem aceitar cabresto.
Obrigada, pai!!!
Feliz dia dos pais, seu Sebastian!

DEP. RAQUEL LANÇA CANDIDATURA E QUER MAIS MULHERES NA POLÍTICA


Mulheres na briga por mais espaço

Deputada Raquel Muniz lança candidatura em Montes Claros e defende maior participação feminina





Márcia Vieira

Montes Claros

09/08/2018 - 05h31
P/ ONORTE

Faltando dois meses para o eleitor ir às urnas, em 7 de outubro, o cenário da disputa pelo governo de Minas e por vagas nos legislativos estadual e federal ainda carece de consolidação. Passadas as convenções, os partidos têm até o próximo dia 15 para registrar as candidaturas, o que ainda pode representar mudanças e, quem sabe, revelar aumento da participação feminina na briga pelo voto. 
Apesar de as mulheres serem mais da metade do eleitorado brasileiro, a representatividade na política ainda é pequena. No processo eleitoral de 2014, somente 11% dos políticos eleitos eram do sexo feminino.
Na corrida pelo Palácio da Liberdade, dos seis nomes no páreo, apenas uma mulher: Dirlene Marques (PSOL). 

O cenário ainda é incerto. O ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda tenta ficar na disputa pelo PSB. A cúpula da legenda, porém, não reconhece a chapa regional e mantém decisão sobre aliança com o PT do atual governador e pré-candidato à reeleição Fernando Pimentel. Palavra final caberá à Justiça Eleitoral, que terá até 17 de agosto para avaliar os processos. Apesar da insegurança jurídica, Lacerda tem apoio de seis partidos, um deles o MDB.
Nesta semana, o cardápio de opções para o eleitor na sucessão estadual teve baixa, com a desistência de Rodrigo Pacheco (DEM). Pressionado pela direção nacional, Pacheco agora vai concorrer a uma vaga no Senado na chapa que apoia o tucano Antonio Anastasia (PSDB). Concorrem ainda João Batista Mares Guia (Rede) e Romeu Zema (Novo).
LANÇAMENTO
Única representante do Norte de Minas e mais votada como deputada federal pelo Estado no pleito passado, a deputada federal Raquel Muniz engrossa o time das mulheres que buscam maior participação na política brasileira.
Ontem, o PSD lançou oficialmente a candidatura dela à reeleição, em evento no Automóvel Clube de Montes Claros, com a presença de outros parlamentares e apoiadores.
“Na saúde trabalhei muito e essa é uma das minhas grandes bandeiras, mas tenho várias, como a da educação, da agricultura, da cultura”, ressaltou. Raquel Muniz integra a Frente Parlamentar de Agricultura e é presidente da Comissão de Cultura.
“Tenho que trabalhar para todos e consegui dar as respostas que vocês precisavam com essa representação no Congresso. Vocês dizem que a mulher é forte e podem acrescentar: a mulher é forte e trabalha”. 
Presente ao evento, o deputado federal Marcos Montes, vice de Anastasia, destacou a atuação de Raquel no parlamento. “A proposta é continuar fortalecendo a Câmara Federal. Raquel é imprescindível na Câmara”, afirmou.
Nesta quinta (09), Montes Claros receberá a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), candidata por Minas ao Senado. Ela participará do lançamento da candidatura de Paulo Guedes à Câmara Federal.

INÉRCIA DA PREFEITURA REVOLTA VEREADOR

Inércia da prefeitura 
revolta vereador
 
Parlamentar cola na porta do Executivo requerimentos feitos ao município e que sequer foram respondidos



Márcia Vieira

Montes Claros

10/08/2018 - 06h25
P/ O NORTE



A falta de atitude da Prefeitura de Montes Claros para resolver os problemas da cidade causa indignação não apenas na população. Ela irrita também os vereadores. Um deles, cansado de esperar por ações do município, teve uma ação inusitada nesta semana.
O vereador Ailton Soares dos Reis (PHS), o Ailton do Village, reuniu cópias de requerimentos que enviou ao prefeito Humberto Souto – e para os quais não obteve resposta – e os colou na porta da prefeitura. O objetivo era chamar a atenção do Executivo para as necessidades da região que o parlamentar representa.
“Foram várias as tentativas. Ele recebe os documentos e utiliza sempre o mesmo argumento de que está analisando as situações. Já são quase dois anos de administração e nenhuma ação. A gente tem que se reinventar e encontrar uma maneira de chamar a atenção do prefeito. Cansei de esperar”.
O Grande Village compreende 12 bairros e tem uma população aproximada de 22 mil pessoas. De acordo com o vereador, os problemas são múltiplos. Mas se tivesse boa vontade, o prefeito poderia resolver pelo menos o básico. Em um dos requerimentos enviados, Ailton pede drenagem em uma avenida que, em época de chuvas, causa diversos transtornos para a população. 
“A dificuldade é geral. Saúde e educação são pontos importantes, mas temos um local de risco que é a avenida Cem. Quando chove, as duas pistas ficam alagadas e à beira de um enorme buraco. A pé não dá para transitar e quem passa de carro danifica o veículo. É grande o número de crianças na região e, a qualquer hora, pode acontecer uma tragédia”, afirma o vereador.
Ailton informou que, em fevereiro, o secretário Vinícius Versiani visitou o local. De lá para cá, no entanto, nenhuma providência foi tomada. O vereador lamentou não poder dar respostas à população.
“Fico envergonhado. Não fui eleito pra isso. Estou pedindo coisas para a comunidade, mas apesar da boa vontade dos secretários, tudo depende da canetada do prefeito”.
O secretário de Serviços Urbanos, Vinícius Versiani, disse que o local foi avaliado e, como se trata de drenagem maior, a demanda foi repassada para a Secretaria de Planejamento Urbano. O titular da pasta, Guilherme Guimarães, informou que o projeto está sendo elaborado.
“Toda obra que envolve drenagem, mesmo de curta extensão, envolve um valor considerável”, disse o secretário, sem precisar prazos e orçamentos para a execução da obra.
COMENTÁRIOS
Moradores usaram as redes sociais para desabafar. Marcelo Nunes, que vive na região, atribui a situação à falta de compromisso do prefeito Humberto Souto. “Ele tem aposentadoria alta e não precisa do salário de prefeito, por isso a preguiça”.

TEXTO CONVIDADO: MARA NARCISO

TEXTO CONVIDADO: MARA NARCISO

Fogo-apagou na minha infância/

Mara Narciso

 
Experiências infantis, ainda que banais, na teia da vida, do tempo e da memória me parecem doces. Lembro-me com ternura, e se não me esqueço, merecem ser contadas. O mundo pastoril, tão novo para mim e para meus agudos sentidos marcou a folha em branco como ferro em brasa, formando uma profunda cicatriz. Então, a saudade vem forte, pisa fundo no peito, num misto de contentamento e melancolia.



O canto da rolinha fogo-apagou (Columbina squammata) atira-me na Fazenda Aliança de Tio Indalício Narciso, nascido em 24 de março de 1897. O irmão do meu avô Petronilho, tão amigo, com pele alva e olhos da cor de uma pedra de anil, tinha uma doçura e suavidade inacreditáveis. Soube que a metade das suas aventuras daria um livro. Não teve filhos e cuidava dos sobrinhos como se fossem seus. Quanta mansidão! O que lhe sobrava em serenidade faltava em dinheiro. Era de uma humildade gritante. Os outros lhe davam roupas que eram usadas até a situação de ser remendadas. Era muito magro, quase que apenas ossos, com rosto chupado, cabeça pequena e redonda, algo calva, olho direito de vidro, falava pouco e baixo, e ficava, depois da velhice plena, sentado na varanda da sua casa, olhando a Rua Carlos Pereira, na altura do número 45. Na cidade ou na roça suas residências eram uma casa para todos, pois acolhia, sem distinção, quem lá chegasse.

 

Tio Indalício apreciava ler jornais, ouvir rádio, roer pelo menos uma dúzia de pequi em cada almoço, e não gostava do frio, devido às suas poucas carnes. No inverno, subia no fogão de lenha e ficava de cócoras para “quentar fogo”. Costumava reunir a família em volta de uma imensa gamela de feijão na vagem para descascar e conversar. Até a maturidade ia à Aliança a cavalo. Abusava do diminutivo para amenizar a vida. Quando a chuva durava um mês sem estio, e alagava tudo, ele dizia que tinha caído “uma chuvinha” e quando o mangueiral produzia manga que “fazia lama”, informava que tinha “umas manguinhas”. Compartilhava a mesma devoção dos catopês e reverenciava Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e o Divino Espírito Santo. Agosto era tempo de festa, e ele incentivava os dançantes. Era padrinho do Mestre João Faria, que foi criado em sua fazendinha Aliança. Aos prantos, os catopês dançaram em volta do seu caixão no dia 15 de agosto de 1980.

 

Ele mesmo me contou como pagou pela propriedade, que nós falávamos ‘Liança’. Foi comprada do seu Tio Américo Pio Dias, que era casado com sua tia Didinha Carocha. Tio Indalício não tinha dinheiro e pagou a propriedade com sua rarefeita produção de arroz, milho, farinha de mandioca e feijão quilo a quilo, moeda a moeda na comercialização feita por ele mesmo na feira de Montes Claros. Era tão pobre quanto seus agregados.
 
A Aliança fica situada próxima à saída de Juramento, a seis Km do centro. A cabeceira do Aeroporto Mário Ribeiro da Silveira dá em cima da fazendinha. Na frente dela tem um morro meio pelado, de cascalho e cristais, com árvores do cerrado tipicamente baixas e tortas. A casa tinha uma frente plana com janelas e uma porta, com um alpendre lateral de piso vermelhão, e no restante, piso de tijolos. Não havia sanitário, água encanada nem luz elétrica. Usavam-se cisterna, pote, banho de bacia, urinol, candeia e lampião. Com poucos móveis, alguns bancos, estrados e mesas rústicas, a casa era varrida com vassoura de ramo. Em frente ao alpendre havia um terreiro onde se secavam grãos. No canto da cerca tinha um viveiro com sofrês e outro com sonhins bravos e um deles mordeu o rosto de Benedita, criada por Picucha, a mulher do meu tio. A casa tinha um longo corredor com uns cinco ou seis aposentos. O quarto de Tio Indalício era escuro, misterioso, com guloseimas, remédios, jornais, revistas e um cheiro próprio de coisa guardada, que me encantava.

 

Ao fundo ficava a cisterna e um amplo pomar com magníficos pés de manga espada, rosita, carlota, comum, “coquim”, além de umbus, laranjas azedas, limões galegos, goiabas, jenipapos, pés de café. Adiante ficava a lagoa, um rego com piabinhas e sanguessugas, e um rio temporário. Havia ao lado da casa um curral e a expectativa de ver tirar leite nas vacas, não me deixava dormir. Era capaz de beber um litro de “leite do curral”. Para além havia o galinheiro, alguns porcos e cocás, todos criados soltos.

 

Quando chovia, a força daquele verde e a algazarra dos passarinhos entupiam meu espírito de felicidade. E hoje, quando a rolinha fogo-apagou cantou em meu bairro, trouxe os cheiros penetrantes e os sons da minha infância, para me desequilibrarem a saudade.