Obra na 251 começa com recapeamento
De acordo com o Dnit, prioridade é recuperar trechos esburacados; intervenção começa por Montes Claros
Márcia Vieira
Repórter
P/ O NORTE
O
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) confirmou ontem a
liberação de R$ 38 milhões para recuperação de trecho da BR-251 entre Montes Claros e Grão Mogol, conhecido na região como “Rodovia da Morte” devido ao elevado número de acidentes, conforme O Norte antecipou na edição de ontem.
liberação de R$ 38 milhões para recuperação de trecho da BR-251 entre Montes Claros e Grão Mogol, conhecido na região como “Rodovia da Morte” devido ao elevado número de acidentes, conforme O Norte antecipou na edição de ontem.
Durante encontro
com prefeitos e parlamentares da região, entre eles a deputada federal Raquel
Muniz, o diretor regional do Dnit, Wainer Nether, disse que neste primeiro
momento a verba será aplicada numa “solução funcional”, o recapeamento da via.
- Essa solução
tem um prazo de validade, não é por muito tempo. Mas a rodovia não pode ficar
como está. O que a gente precisa de fato é a adequação de capacidade da
rodovia, que passa por trechos duplicados, multivias, trincheiras, viadutos e
trevos da cidade até chegar na BR- 116, mas a obra custa R$ 1 bilhão –
observou, referindo-se à duplicação.
A deputada
federal Raquel Muniz (PSD) criou, em 2015, a Frente Parlamentar pela duplicação
da BR-251 e o movimento ganhou adesão de deputados e senadores. A liberação da
verba para recuperação do trecho é resultado deste trabalho. A deputada
destacou que a recuperação é apenas um paliativo e que a duplicação é a meta a
ser alcançada. Para vencer o desafio da falta de recursos, maior impeditivo,
Raquel Muniz apresentou emenda ao Plano Plurianual (PPA), programa de orçamento
do Governo Federal. A conta fica aberta por quatro anos e permite o aporte de
recursos pelo governo e parlamentares que se sensibilizarem com a causa.
- Sem o PPA, o
governo não consegue alocar recursos para a obra. Não podemos ficar sem esta
obra e a privatização é uma alternativa. Estamos insistindo nessa via - diz a
deputada.
Com a
privatização, seria instituída a cobrança de pedágio na BR-251. A arrecadação é
usada na manutenção da rodovia.
Duplicação
custa R$ 1 bilhão
Segundo o
diretor regional do Dnit, a duplicação da BR-251 é uma obra que deve durar
quatro anos e cerca de R$ 250 milhões ao ano – somando R$ 1 bilhão investidos
no período. Wainer Nether reconheceu que o volume de acidentes na rodovia é
muito grande.
- Com as
intervenções dos últimos dois anos, conseguimos reduzir o número de acidentes,
que passou de 557 por ano para 370, mas ainda assim é um numero muito alto –
informa Nether.
De Montes Claros
até o trevo de Grão Mogol, são 88 quilômetros.
- O que vamos
fazer é dar uma sobrevida para a rodovia até que a gente consiga discutir esse
recurso para a duplicação. O recapeamento já foi licitado. A empresa vencedora
é a Vilasa. A obra vai começar por Montes Claros nos próximos dias. Estamos em
fase de assinatura de contrato para viabilizar a obra, que deve durar em torno
de um ano e meio.
ALÍVIO
O prefeito de Francisco Sá, Mário Osvaldo Casassanta, comemora a recuperação do trecho.
O prefeito de Francisco Sá, Mário Osvaldo Casassanta, comemora a recuperação do trecho.
- Vai ser um
alívio. Além de perigosa, a rodovia está em péssimo estado. A deputada Raquel
Muniz esteve comigo na rodovia e pediu este recapeamento. Ela está lutando
demais pela 251. A hora que a duplicação chegar, realmente a história dos
municípios cortados pela BR-251 vai mudar. Para melhor, é claro - declarou.