segunda-feira, 25 de maio de 2020

UNIMONTES- 58 ANOS DE HISTÓRIA

Unimontes completa 58 anos de desenvolvimento do ensino superior

A Unimontes completou, neste domingo (24/5), 58 anos de desenvolvimento do ensino superior no Norte de Minas. A instituição resulta da transformação da Fundação Norte Mineira de Ensino Superior (FUNM) –, criada por meio da Lei Estadual 2.615, assinada em 24 de maio de 1962. Mesmo com a suspensão das atividades presenciais, em cumprimento às medidas preventivas contra a transmissão do Novo Coronavírus, a Universidade dá sequência às ações de ensino, pesquisa e extensão.


TEXTO CONVIDADO:MARA NARCISO

TEXTO CONVIDADO: MARA NARCISO

Rituais
Mara Narciso

O tamanho da bagagem para uma jornada pode ser indicativo de como a pessoa é afeita a rituais. Pode até incluir rituais mágicos, mas falo das normas do cotidiano, da higiene, cuidados com pele, cabelos, maquiagem, roupas e necessidades indispensáveis, mas que para outros podem ser excentricidades absurdas. Há quem fique mais de duas horas, entre acordar, se higienizar e se aprontar para o trabalho ou uma viagem, por exemplo, para se sentir apto a enfrentar o mundo. As mulheres costumam demorar em se arrumar, mesmo quando não passam complicadas maquiagens, mas certos homens também ofertam carinho para si mesmos. Alguns usam de verdadeiro rito para se aprontar. Outros se vangloriam de pegar uma camisa e uma escova de dente e estão prontos para a viagem, mas a maioria prefere bagagem maior.

A cerimônia da manhã costuma ser a mais longa, mas outras surgem no transcorrer do dia, como o almoço, jantar e hora de dormir. Cada um tem seu estilo, o que pode incomodar quem está ao lado, por muito tempo como num relacionamento ou alguns dias juntos num quarto de hotel: desafio imenso!  Como cada um tem uma maneira, costuma incomodar ao outro mais do que se imagina. Há quem seja fino e educado, algumas vezes de origem humilde, mas que “afinou o bico” como se diz aqui no norte de Minas, e ganhou ares de sofisticação ao se alimentar, seja na escolha do alimento, na mesa posta, nos talheres ou na maneira exata de comer. Talvez tenha relaxado um pouco em tempos de coronavírus, já que boa parte tem se alimentado só, mas continua preso ao ato solene, e garante que aquilo seja natural.

O preparo na hora de dormir costuma ser um culto ainda mais variado. Há quem só durma se tomar banho (ato litúrgico, para alguns), imediatamente antes. Outros exigem lençóis trocados todos os dias. Há quem reze, veja filmes, leia livros, mas a maioria fica horas na internet. Na pandemia o horário ficou ainda mais elástico. Há os que se deitam às 20 horas e outros às 2 horas da manhã. Acordar vai de quatro horas até depois do meio dia. Cada um tem sua justificativa, já que boa parte não tem agenda e nem cumpre a rigidez do relógio. A flexibilização do isolamento está sendo implantada em todo o país e alguns já seguem horário. Ter uma rotina organiza as horas e mantém o equilíbrio mental, algo frágil diante das ameaças.

Pessoas mais propensas a intensificar rituais, especialmente os que já seguiam protocolos rígidos, tinham mania exacerbada de banhos, de desinfetar, de trocar de roupas, e organizar tudo (filas de objetos, rótulos virados para frente, separação por cor ou tamanho, nada torto a vista), viram comportamentos se acentuar no isolamento social. A imposição do uso de álcool gel, água sanitária, lavação impositiva das mãos, maior troca de roupas e banhos, deixar sapato fora de casa, uso de máscaras e luvas, geram insegurança e agravamento de comportamentos patológicos. Muitos são assaltados por dúvida sem saber o que fazer, onde colocar um objeto supostamente contaminado por estar chegando da rua. Não sabe como começar a desinfecção da feira, como concatenar as etapas para não misturar “limpo” com “sujo” e pôr tudo a perder, nesse mundo invisível. Lavar as mãos suscita incerteza, pois abre a torneira com as mãos sujas, fecha, e após lavá-las durante 20 segundos, não sabe como abri-la e novamente fechá-la. De fato, tornar a casa algo próximo de um bloco cirúrgico é tarefa impossível.

Quem já tem indícios de TOC – Transtorno Obsessivo Compulsivo, vê agravarem-se seus sintomas ritualísticos e sua angústia, que antes era reduzida quando cumpria o protocolo. As repetições levadas a cabo pela pessoa acometida, não fazem o menor sentido para quem vê, mas o aliviam. E quem tem propensão ao problema, pode passar a manifestá-lo de forma doentia, situação que o desgasta e consome. Quando tudo passar, como faremos para nos descondicionar dos rituais de desinfecção?

FEDERAMINAS LANÇA CAMPANHA -ABRACE A FORÇA DE MINAS


Federaminas lança campanha "Abrace a força de Minas"

ACI pretende engajar a população e motivar empresários a superarem o momento de crise


A Associação Comercial Industrial e de Serviços de Montes Claros, através da Federaminas, deu início à campanha "Abrace a força de Minas", com o objetivo de mostrar para os empreendedores norte-mineiros a força que eles têm para enfrentar mais este momento de crise. "Estamos reunindo as principais lideranças do empreendedorismo no Estado para uma ação única que, além de levar uma mensagem de positivismo para os empresários é também uma forma da Federaminas apoiar institucionalmente toda a classe empresarial mineira", ressalta o presidente da entidade, Valmir Rodrigues da Silva.
A campanha se baseia em duas palavras: "força" e "abraço". Por meio delas se percorre um pouco do que é a trajetória empreendedora mineira e se destacam também as características culturais do nosso povo. Em Montes Claros, a Associação Comercial Industrial e de Serviços de Montes Claros abraçou a campanha. Para o presidente, Leonardo Vasconcelos, "o empresário norte-mineiro é criativo e determinado. A campanha pretende levar uma mensagem de otimismo e tentar aproximar o cliente dos agentes locais, estimulando a economia na cidade”.
“A Federaminas protagoniza mais uma importante ação para a retomada progressiva, com responsabilidade, das atividades empresariais. O fato é que a classe empresarial em todos os desafios da comunidade mostra a sua união, a sua crença na capacidade das empresas e pessoas em superar os obstáculos, mesmo aqueles de enorme impacto”, afirma Geraldo Drumond, membro da Diretoria Executiva da Federaminas na gestão 2020/2022 e ex-presidente da ACI de Montes Claros.
Para ele, a Federaminas tem sido incansável em manter as suas associadas informadas, trabalhando a autoestima de todos os atores, além de trazer exemplos e depoimentos importantes de quem está sabendo conviver com este momento. “Foram feitas importantes  pesquisas para ações práticas de minimização das dificuldades em todo o Estado de Minas Gerais. Esta campanha nos deixa mais convictos de que vamos, juntos, atravessar esta grave crise e sair fortalecidos em seu combate e superação. Vamos todos abraçar as nossas Minas Gerais”, frisa.
Abraçar a força empreendedora
Minas Gerais tem 2 milhões de pequenos negócios (destes, 700 mil microempresas e 42 mil pequenas empresas), segundo o Sebrae. Unidas às médias e grandes, elas são a base da atividade econômica e, de forma geral, já sentem os impactos da pandemia com queda de lucro e demissões, por exemplo.
"Como se trata de uma variedade enorme de segmentos empresariais, trabalharemos com um conceito que pode representar todos com o mesmo valor, por isso a palavra "força"! A classe empresarial representa a força produtiva de Minas, a força criativa de Minas. O nosso abraço é uma forma de revigorar essa força. A proposta é que o abraço, do qual o mineiro tanto sente falta neste período de isolamento, seja de muitas formas, entregue a este grupo que precisa neste momento desta sensação de proteção e de afeto", ressalta Valmir.

Em outra ponta, a campanha quer externar um sentimento de pertença da população com os negócios locais, criando uma rede de cuidado comunitário. A proposta é que a comunidade faça vídeos em locais que frequenta explicando porque aquele negócio é tão importante para ela e expressando o carinho que tem por ele e pelas pessoas que o envolvem. O material será divulgado nas redes sociais da ACI de Montes Claros e da Federaminas. A intenção é que essa corrente viraliz
e nas redes sociais. Quem desejar participar da ação, pode entrar em contato com a ACI, pelo telefone (38) 2101 3300 ou pelo whatsapp (38) 99737-0151.


Nágila Almeida
Assessora de Comunicação ACI

SEBRAE- PANDEMIA PROVOCA DEMISSÃO EM PEQUENOS NEGÓCIOS

Com a pandemia, 11% dos pequenos negócios mineiros tiveram que demitir

Pesquisa do Sebrae mostra que a flexibilização temporária das regras trabalhistas dá fôlego aos pequenos negócios para atravessarem a crise


Em Minas Gerais, 11% dos pequenos negócios tiveram que demitir, em abril, por causa da crise provocada pelo coronavírus (Covid-19). É o que aponta uma pesquisa feita pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, entre os dias 30 de abril a 5 maio. O estudo mostra ainda quais medidas adotadas pelo governo estão ajudando as pequenas empresas a enfrentarem o período de pandemia.

De acordo com a pesquisa, as empresas mineiras que dispensaram pessoal no período, demitiram em média 2,4 de funcionários com carteira assinada. Apesar do resultado negativo, o estado ficou abaixo da média nacional de 2,8 demitidos por empresa. 

Em abril, 86% das empresas pesquisadas em Minas Gerais alegaram queda no faturamento, o que pode ter influenciado diretamente na decisão dos negócios que optaram pela demissão. “Este é um momento de cautela. É importante que os empresários entendam que a crise vai passar, e que irão precisar dos seus funcionários para a retomada de suas atividades. É hora de avaliar suas decisões, já que poderão impactar em mais custos com a contratar e treinamento de novos funcionários”, alerta o Superintendente do Sebrae Minas, Afonso Maria Rocha.

A pesquisa também mostrou que das empresas mineiras pesquisadas, 29% tiveram que suspender os contratos de trabalho, 21% deram férias coletivas, 18% reduziram a jornada e os salários e 8% reduziram o salário com complementação do seguro-desemprego. “Um dos maiores desafios enfrentados pelos pequenos negócios tem sido a manutenção dos postos de trabalho. A flexibilização temporária das regras trabalhistas, autorizada pela Medida Provisória 936, tem se apresentado como umas das principais medidas econômicas de combate aos efeitos da Covid-19 na economia”, explica Rocha.

Ainda sobre os benefícios concedidos pelo governo para amenizar os efeitos da pandemia, mais da metade dos entrevistados no estado disseram que a redução dos impostos e taxas, empréstimos sem juros e o auxílio temporário foram as medidas que mais ajudaram seus negócios neste momento de crise. “Os pequenos negócios representam cerca de 99% das empresas do país e são as mais vulneráveis aos impactos da crise. Por isso é importante fortalecer esses negócios para que possam atravessar este momento, preservando ao máximo as vagas de trabalho”, afirma o Superintendente do Sebrae Minas.


Pesquisa O Impacto da Pandemia de Coronavírus nos Pequenos Negócios – 3ª edição – Minas Gerais

Nos últimos 30 dias você teve que demitir funcionários de carteira assinada (CLT) por causa da crise do coronavírus?
Não tenho funcionários 51,4%
Não: 38,0%
Sim?  10,6%

Quantos funcionários de carteira assinada (CLT) você teve que demitir?
2,4

Sobre a medida anunciada pelo governo permitindo a redução de horas de trabalho e de salários dos funcionários, você sabe como fazer?
Sim: 63,0%
Não: 37,0%

Ainda em relação aos seus funcionários. Você tomou algumas das medidas abaixo?
Suspensão de contrato de trabalho: 29,0%
Férias coletivas: 20,8%
Redução da jornada de trabalho com redução de salários: 17,6%
Redução do salário com complemento do seguro-desemprego: 7,8%
Nenhuma das medidas citadas: 44,1%

Quais as medidas governamentais que mais ajudaram o seu negócio durante a pandemia?
Redução de impostos e taxas: 50%
Renegociação de prazos de pagamento de impostos e taxas: 28%
Redução das tarifas de água e luz: 38%
Renegociação dos prazos de pagamento de água e luz: 16%
Ajuda para pagar salários: 16,5%
Aumento das linhas de crédito: 44%
Redução dos juros de empréstimos: 30%
Empréstimos sem juros: 62%
Ajuda para pagar aluguel: 26%
Auxilio temporário: 51%
Moratória de dívidas:  33%

Cida Santana
Assessoria Sebrae Minas