sábado, 24 de junho de 2017

MANIFESTAÇÃO: SERVIDORES PEDEM ISONOMIA

Servidores de Montes Claros pedem igualdade no funcionalismo municipal

Grupo realizou protesto pedindo mesmos benefícios que outros colegas recebem


Márcia Vieira
Montes Claros
23/06/2017 - 22h54 - Atualizado 22h54

Cerca de 25 funcionários efetivos que representam os setores folha de pagamento, recursos humanos, gerência de pessoal, medicina do trabalho e tecnologia de informação, da Secretaria Municipal de Planejamento, foram à porta do gabinete do secretário Cláudio de Jesus reivindicar melhorias salariais. O setor administrativo da secretaria abriga cerca de 50 funcionários, entre efetivos, contratados e comissionados.
Apenas os efetivos participaram da manifestação. Eles alegam que não são tratados com isonomia, já que outras secretarias bonificam seus funcionários. Ao assumir a prefeitura em 1° de janeiro de 2017, o prefeito decretou calamidade financeira e cortou gratificações. Porém, manteve a verba de “produtividade” para a Secretaria de Finanças, Serviços Urbanos e outras, segundo os servidores. “O que pedimos é que tratem os iguais de maneira igual, mas isso não vem ocorrendo”, diz Adeílton Fernandes, servidor público há 30 anos. “Até a administração anterior, nós recebíamos a bonificação. Essa administração não paga nenhum outro tipo de benefício”, complementou.

 
NORMA
O artigo 75 da Lei 3175, do Estatuto dos Servidores Públicos Municipais, prevê pagamento de até 50% aos servidores da área administrativa, como gratificação ou produtividade, individual ou coletiva.

De acordo com o servidor, ao final da reunião, o secretário teria dito “não” à proposta, antes mesmo de conversar com o prefeito. “O que respondemos a ele é que não podemos garantir o mesmo empenho no serviço, já que ele não nos garante o reconhecimento”, pontuou Fernandes.

Não há dinheiro


Depois de ser abordado por manifestantes no gabinete, o secretário de Planejamento Cláudio de Jesus, recebeu “O NORTE” e fez algumas declarações sobre o assunto. Para ele, em alguns setores não é possível medir a produtividade, daí a impossibilidade de retornar com os benefícios para os servidores.
Além disso, ele citou como impedimento a situação de calamidade financeira, decretada pelo prefeito Humberto Souto ao assumir em 1° de janeiro de 2017.
De início, Cláudio chegou a dizer: “nem professor estamos contratando”. Porém, ao ser questionado sobre a economia gerada nos cofres públicos, com a demissão de 500 vigias no início de 2017, declarou: “Ou contratávamos professores, ou vigias. O prefeito optou por contratar professor”.

O secretário admitiu que o gasto com a folha de pagamento está elevado. “Hoje o município está com gasto alto com pessoal, estamos chegando ao índice máximo que a lei permite”, disse.
Cláudio citou as secretarias de Saúde, Educação, Serviços Urbanos e Desenvolvimento Social como as que mais contratam. A folha de pagamento está atualmente em torno dos R$ 25 milhões, conforme o secretário.

OPÇÃO QUE ENCARECE


Opção que encarece


Márcia Vieira
Repórter
P/ O NORTE


Desde o ano de 2015, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) transferiu para os municípios a responsabilidade de gerenciar a iluminação pública. O setor é prioritário dentro do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Área Mineira da Sudene (Cimams), que atua como facilitador dos municípios em diversas áreas, a partir da adesão pela administração.

O Cimams atua na central de compras, licitação e outras demandas onde haja dificuldade. Além da taxa mensal, o município paga por serviço contratado.
“Atendemos a 74 prefeituras, mas o administrador tem a liberdade de escolha. Em Montes Claros, a gestão optou por desenvolver o serviço de iluminação por meio da Esurb”, destaca Luiz Lobo, secretário executivo do Cimams.

Pelo consórcio, a prestação de serviço na cidade sairia mais em conta do que em alguns municípios com logística mais complexa, e o cidadão teria à sua disposição um telefone 0800 para solicitação de serviços. “Somos ágeis e temos equipe para atender as zonas urbana e rural no prazo de 24 a 48h”, disse. Lobo acrescentou que o Cimams investe também na expansão e melhoria de serviços. (MV)

FALTA ILUMINAÇÃO TAMBÉM NO CENTRO

Lojistas e moradores reclamam da falta de iluminação no centro de Montes Claros
Montes-clarenses se queixam de ruas escuras e falta de manutenção da rede pela prefeitura

Márcia Vieira
Montes Claros
 21/06/2017 - 19h23 - Atualizado 20h34

Milhares de cidadãos montes-clarenses convivem diariamente com a insegurança e com o medo por causa de trechos do centro da cidade que estão completamente às escuras. A escuridão também reduz o movimento em alguns locais, causando prejuízos para lojista.
No coração da cidade, a rua Presidente Vargas, antiga Rua XV, e hoje dominada pelo comércio, mas proprietários e funcionários dizem que o movimento caiu junto com a queima das lâmpadas dos postes. “Todos nós estamos correndo risco. Quem trabalha e quem frequenta o espaço. Já pedimos na prefeitura a troca de lâmpadas, só que, até o momento, nada foi feito” aponta Fernanda Berto, que trabalha em um dos trechos mais prejudicados.
No mesmo quarteirão, J. R. trabalha em um estabelecimento até às 22h. “São 3 ou 4 postes com lâmpadas queimadas. Está impossível transitar por aqui e as pessoas ficam com medo de chegar à loja”, diz.

O vereador Valcir Soares declarou que “foram identificados 53 pontos de escuridão na zona urbana e muitos outros na zona rural de Montes Claros, e, apesar dos requerimentos enviados ao Executivo, não houve retorno”. O vereador Ildeu Maia, foi mais longe. “Nos poucos locais onde houve a troca, a qualidade do serviço é ruim. Em menos de 60 dias, as lâmpadas estarão queimadas”, sugeriu o vereador, da tribuna.

O NORTE tentou contato nos telefones anunciados pela prefeitura para solicitação de serviços, mas as ligações não foram atendidas. Já na assessoria de comunicação, ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto.