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sábado, 22 de dezembro de 2018
ENTREVISTA- PADRE ALVIMAR e JOÃO CANELA
ENTREVISTA PADRE ALVIMAR E JOÃO CANELA
Estivemos na posse do novo Reitor da Unimontes, Padre ANTÔNIO ALVIMAR de SOUZA, escolhido pelo Governador Pimentel para comandar a instituição nos próximos 4 anos. Pouco antes de assumir o cargo, Padre Alvimar e João Canela, que deixa o cargo depois de duas gestões consecutivas, conversaram conosco.
CALOTE NA EDUCAÇÃO - ENTENDA O CASO
CALOTE NA EDUCAÇÃO
Entenda o caso
Depois de mais de 20 dias
lutando para receber os salários, o drama dos professores da Rede Municipal de
Ensino parece caminhar para uma solução. O chamado "Calote na
Educação" foi protagonizado pelo prefeito Humberto Souto, que deixou
os professores sem os salários do mês de novembro e o décimo terceiro. O
assunto ganhou repercussão depois que Souto foi "incomodado" com a
cobrança.
A intenção do prefeito,
reiterada em diversas entrevistas, era a de pagar os professores somente após o
repasse do Governo Estadual, por meio do Fundeb. Entretanto, os professores,
que são funcionários do município e não do Estado, iniciaram manifestações e
caminhadas pelos órgãos públicos para mostrar a população a atitude abusiva do
chefe do Executivo.
A prefeitura está com os
cofres cheios e o dinheiro público, de acordo com o Tribunal de Contas, deveria
ser utilizado para pagar os professores. Desse modo, o argumento de esperar o
repasse do Fundeb caiu por terra. Com base na recomendação do TC, muitas
prefeituras utilizaram do expediente para pagar os funcionários, mas o prefeito
Souto se negava a quitar a dívida.
Professores passando
necessidade, sem alimentação, sem transporte e com contas atrasadas,
entraram em desespero e começaram a pedir ajuda para sobreviver. Havia a
intenção de iniciar uma campanha de arrecadação de alimentos e pedir apoio das
entidades de classe, algumas que até participaram da campanha do prefeito de
maneira discreta, mas sabida por toda a sociedade, como por exemplo, membros da
maçonaria. Nem assim o prefeito se moveu. Em duas ou três reuniões, recebeu
apenas alguns dos professores e reiterou a intenção de não fazer os pagamentos,
dizendo que "a responsabilidade não era dele".
A cada declaração do prefeito,
que usava rádios e TVs para reforçar sua posição, aumentava a revolta dos
professores e da população de Montes Claros que aderiu aos protestos em
apoio aos professores. Na última reunião da Câmara, 20 de dezembro, os profissionais
da educação e apoiadores compareceram ao local munidos de cartazes e gritando
pelo socorro dos vereadores.
No dia anterior, alguns
vereadores estiveram no gabinete com Humberto Souto e segundo informações de
pessoas que participaram da reunião, eles foram dissuadidos da ideia de
defender os professores ou pleitear o pagamento dos meses trabalhados. "Ele mandou vereadores
calarem a boca e parar de tomar partido dos professores", disse uma
educadora.
A divulgação dos fatos em
redes sociais e veículos de comunicação que não tem vínculo com o prefeito,
trouxe a tona uma das faces mais cruéis do Executivo. Em vão, a
assessoria de comunicação tentou limpar a imagem do prefeito. Já era
tarde. Estrago feito, a cada movimento da assessoria, o desgaste aumentava.
Funcionários da comunicação da
prefeitura, contratados com dinheiro público para agredir opositores da
administração, usaram as redes sociais em horário de trabalho para agredir
adversários e tirar o foco. Entretanto, os fatos devidamente registrados no
momento em que aconteciam, fizeram cair por terra as desculpas. Choro, rezas e
até um abraço simbólico ao prédio da prefeitura fizeram parte dos longos dias
de manifestação.
Estranhamente, deputados
eleitos aliados do prefeito, que durante a eleição tiraram fotos e fizeram
campanha dentro da prefeitura, permaneceram em silêncio, mesmo fazendo parte
dos grupos que a assessoria usava para propagar agressões. Muitos deles tiveram
os nomes citados pelos professores durante as manifestações. "Onde estão
vocês?", perguntavam os educadores em coro.
Não bastasse isso, a
assessoria divulgou na quinta-feira, 20, que todos os servidores do
município haviam recebido o décimo terceiro. Mais um tiro no pé, com a revolta
dos profissionais da educação, que se sentiram preteridos, já que estavam
passando fome, enquanto os secretários e cargos comissionados, que já tem altos
salários, foram "escolhidos" para receber.
Mais informações vindas da própria
prefeitura sustentavam que a esposa de um secretário, também da área da
educação, teve o seu salário depositado em dia, por um "erro do
sistema".
MAIS DESGASTE
"O calote da
educação", como ficou conhecido o dramático episódio, passou a ser do conhecimento
de todos e o prefeito, que já estava desgastado diante da inércia da
administração, foi catapultado ao posto de "pior prefeito da história
de Montes Claros", mesmo antes de encerrar a sua administração.
Cansados de esperar por uma
solução, na última quinta-feira, 20, os professores saíram da Câmara em direção
ao gabinete do prefeito. A ocupação não tinha dia e hora para terminar. Os
profissionais decidiram que ficariam ali até o dia em que o prefeito
depositasse o dinheiro devido.
Por volta das 13h, sem poder
circular no gabinete, o prefeito decidiu receber uma pequena comissão de
professores, com a presença de alguns vereadores, para dar uma solução. Em
seguida veio a informação de que o prefeito teria feito uma proposta aos
trabalhadores para que eles assinassem um documento abrindo mão do décimo
terceiro e deu o prazo até as 17h para eles decidirem. A notícia vazou, chegou
as redes e o prefeito Humberto mais uma vez, teve que rever a sua posição.
Por volta das 19h, depois de
exaustiva discussão e até ameaças veladas, de acordo com informações dos
professores, chegou uma liminar determinando ao prefeito que ele deveria quitar
o débito com os professores, sob pena de ter as contas bloqueadas, caso não
cumprisse a ordem judicial.O prefeito então teve que
"aceitar" e se comprometeu a fazer o pagamento até o natal
(24/12).
Ao final da negociação, em mais uma tentativa vã de limpar a
imagem do prefeito, a assessoria volta as redes para dizer que o prefeito fez
um acordo para "beneficiar" os professores. Junto ao pequeno texto,
divulgaram imagens de professores sorridentes ao lado do prefeito, para ludibriar
a população e passar uma imagem equivocada sobre a indignação dos profissionais. Em
nenhum momento falam da verdadeira motivação da negociação. Pagar os
professores não foi uma escolha do prefeito. Foi uma determinação da
justiça.
E caso o dinheiro não entre na
conta dos professores até a data marcada, nova ocupação já está marcada. Desta
vez, com mais adesões. Ainda que o prefeito esteja em terras estrangeiras, em
mais um período de férias, em viagem que já está marcada. De lá, lendo um
livro, dançando tango ou comendo alfajor, terá notícias e será notícia em rede
internacional, prometem os professores!
Padre ALVIMAR É O NOVO REITOR DA UNIMONTES
Redemocratizar os
espaços é a tônica do novo reitor
Padre Antônio Alvimar de Souza e a professora Ilva Ruas Abreu tomam posse na direção da Unimontes
Márcia
Vieira
O Norte -
Montes Claros
22/12/2018
- 07h03
O NORTE
O governador Fernando Pimentel anunciou o nome do novo reitor e vice
da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) ontem. Foram
escolhidos para comandar a instituição o padre e professor Antônio
Alvimar de Souza e a professora Ilva Ruas Abreu.
Com a publicação no Minas Gerais, chega ao fim um impasse que durou
quase um mês, depois que o reitor João dos Reis Canela encerrou seu
mandato e a Unimontes, com aproximadamente 12 mil alunos, pela primeira
vez em seus 56 anos, ficou sem reitor por cerca de duas semanas.
Para a maioria dos universitários, a escolha na lista tríplice
deveria ter outros critérios: o principal deles seria manter no cargo o
nome mais votado, o que acabou acontecendo desta vez, já que o padre
Alvimar e a vice Ilva Ruas foram os escolhidos pela comunidade
acadêmica.
O reitor ficou com 40,33% dos votos e a vice-reitora, com 39,9% da
preferência dos eleitores. O padre era então vice-reitor do médico João
dos Reis Canela, que deixa o cargo depois de duas gestões consecutivas.
Ele elege como maior feito a consolidação da universidade e a efetivação
dos professores.
“Depois de um processo bem disputado, mas com muito respeito ao ente
universitário, tenho a consciência plena de que estou entregando a
universidade para um homem e uma mulher extraordinários, em plena
condição de continuar em caminho a consolidação. O corpo docente da
nossa universidade hoje se aproxima dos 80% de efetivação, sendo que há
pouco tempo éramos exatamente 75% de professores estáveis”, disse João
Canela.
Poucos minutos antes de tomar posse, o novo reitor conversou com O NORTE sobre os planos e o processo de escolha do seu nome.
Quais são as suas prioridades para a gestão?
Acho que este é um momento importante para a universidade. Inicialmente, é necessário todo um processo de reorganização, de rediscussão da universidade. Primeiro, democratizar os espaços, discutir a melhor inserção do ensino superior no Norte de Minas e no Brasil. Hoje, temos um grande desafio que é a internacionalização da universidade. São desafios que temos que trabalhar junto com a comunidade universitária, sobretudo para melhorar a qualidade do ensino superior na nossa região.
O que o senhor traz da sua experiência como vice-reitor?
A experiência é extremamente importante porque nos faz conhecer a universidade. Uma coisa é a sala de aula e outra coisa é a rotina que a universidade tem no seu cotidiano. Estar na vice-reitoria foi um grande momento de aprendizagem para a minha pessoa na universidade.
Como o senhor avalia a demora no processo de escolha do reitor pelo governador?
O processo foi demorado, mas obedeceu a uma certa tranquilidade. A gente compreende isso em função de todas as crises vividas pelo Estado, mas acho que a universidade foi madura o suficiente para enfrentar este momento com tranquilidade e muito respeito.
A professora Ilva vem do curso de economia. O senhor da área de filosofia. Como vai ser essa junção?
Estamos trazendo uma experiência das ciências humanas. Pela primeira vez, acho que temos um reitor específico desta área. Tivemos reitores muito respeitados de outras áreas do conhecimento e agora trazemos uma experiência diferente, uma visão de universidade que tem olhar diferenciado para a realidade.
Quais são as suas prioridades para a gestão?
Acho que este é um momento importante para a universidade. Inicialmente, é necessário todo um processo de reorganização, de rediscussão da universidade. Primeiro, democratizar os espaços, discutir a melhor inserção do ensino superior no Norte de Minas e no Brasil. Hoje, temos um grande desafio que é a internacionalização da universidade. São desafios que temos que trabalhar junto com a comunidade universitária, sobretudo para melhorar a qualidade do ensino superior na nossa região.
O que o senhor traz da sua experiência como vice-reitor?
A experiência é extremamente importante porque nos faz conhecer a universidade. Uma coisa é a sala de aula e outra coisa é a rotina que a universidade tem no seu cotidiano. Estar na vice-reitoria foi um grande momento de aprendizagem para a minha pessoa na universidade.
Como o senhor avalia a demora no processo de escolha do reitor pelo governador?
O processo foi demorado, mas obedeceu a uma certa tranquilidade. A gente compreende isso em função de todas as crises vividas pelo Estado, mas acho que a universidade foi madura o suficiente para enfrentar este momento com tranquilidade e muito respeito.
A professora Ilva vem do curso de economia. O senhor da área de filosofia. Como vai ser essa junção?
Estamos trazendo uma experiência das ciências humanas. Pela primeira vez, acho que temos um reitor específico desta área. Tivemos reitores muito respeitados de outras áreas do conhecimento e agora trazemos uma experiência diferente, uma visão de universidade que tem olhar diferenciado para a realidade.
COLÉGIO TIRADENTES FORMA ALUNOS
COLÉGIO
TIRADENTES DA PMMG FORMA 144 ALUNOS DOS TERCEIROS ANOS EM
MONTES CLAROS
Nesta
quinta-feira (20), o Colégio Tiradentes da Polícia Militar de Minas Gerais
(CTPM), unidade Montes Claros, forma 144 (cento e quarenta e quatro) alunos dos
terceiros anos. A solenidade, presidida pelo Comandante da Décima Primeira
Região da Polícia Militar (11ª RPM), Coronel Evandro Geraldo Ferreira Borges,
será realizada, às 19 horas, no pátio externo defronte ao Pavilhão de Comando
do Décimo Batalhão de Polícia Militar (10º BPM), localizado à Avenida Deputado
Plínio Ribeiro, número 2.810, Bairro Cintra, nesta cidade.
Sobre o CTPM:
O Colégio Tiradentes da Polícia Militar foi
instalado nesta cidade em 24 de janeiro de 1964, graças ao esforço e luta do
Cel Georgino Jorge de Souza que, além de fundador, foi o primeiro Diretor de
tão prestigiado e concorrido educandário.
Já
são 54 anos de renomada história contribuindo para o desenvolvimento da nossa
região, não só capacitando jovens para concursos e vestibulares, como formando
cidadãos conscientes de sua responsabilidade no contexto sócio/político da
nossa sociedade.
O
Colégio Tiradentes de Montes Claros já formou mais de 13.000 (treze mil)
alunos, que seguiram os mais diversos ramos profissionais, destacando-se como
médicos, dentistas, advogados, engenheiros, professores, oficiais e praças da
polícia militar, jornalistas, dentre outros. Faz-se necessário ressaltar que
tais egressos são orgulhosos de terem recebido os pilares essenciais para suas
vidas nas salas de aulas do Colégio Tiradentes de Montes Claros.
Atualmente
o educandário tem como Diretor Administrativo o Coronel Evandro Geraldo
Ferreira Borges; como Comandante, o Major Antônio Corrêa de Aguiar Neto; e,
como Diretor Pedagógico, o Professor Elino Gomes e possui um efetivo de mais de
950 (novecentos e cinquenta) alunos, com obtenção de excelentes resultados nas
principais provas sistêmicas externas.
Montes Claros, 20 de dezembro de 2018.
Assessoria de Comunicação Organizacional
da 11ª RPM
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