domingo, 4 de março de 2018

ESPORTISTAS QUEREM PRAÇA DE VOLTA



Esportistas querem praça ‘de volta’

Montes-clarenses reivindicam retorno de projetos na Praça de Esportes e mais investimento no setor

Márcia Vieira
Montes Claros
02/03/2018 - 06h0

Desportistas de Montes Claros se uniram ontem para cobrar a revitalização da Praça de Esportes, principal equipamento de política esportiva da cidade e que se encontra praticamente abandonado. Em recente decreto, a prefeitura determinou que irá transformar parte do espaço em estacionamento para gerar receita – mesmo a prefeitura tendo fechado 2017 com R$ 68 milhões em caixa, conforme O NORTE mostrou na edição de ontem. Profissionais da área temem pelo futuro do esporte na cidade. 
Para o professor de educação física Rogério Chaves, conhecido como Roy, a praça sempre foi o local de treino de atletas da cidade, inclusive da periferia. Ele defendeu o retorno de programas e a formação de equipes, como já aconteceu no passado. “Este ainda é o modelo ideal, sem dúvida. É importante pensar o esporte de uma maneira macro. Quero deixar bem claro aos vereadores e a todos que não existe despesa ou gasto. O que existe é investimento”, ressaltou o desportista, que representou a associação de pais e usuários da Praça de Esportes durante a audiência.

Desde 2017, os programas que aconteciam no espaço foram desativados e a praça foi fechada ao público. Cássio Dantas, outro professor da área, entende que o município não pode se abster da sua responsabilidade. “O município não tem dinheiro? Mas o gestor público não pode abrir mão. Ele tem que ter uma cota e montar um modelo de gestão para investir na estrutura. A sugestão é transformar os projetos em políticas públicas para que qualquer gestor que entre tenha que mantê-las e seja responsabilizado se não cumpri-las”, destacou.

TALENTOS
A atleta de futsal Dayane Spínola se destacou no esporte local como atleta da Praça de Esportes. Sem espaço para continuar na atividade na cidade, foi contratada para jogar em Governador Valadares. “Nasci em Montes Claros, fui criada aqui e era aqui que eu gostaria de estar jogando”, disse a atleta, que lamenta a ausência de um olhar mais generoso para o esporte.

O vereador Daniel Dias, propositor da discussão, explicou por que é contrário à iniciativa da prefeitura de usar o espaço como estacionamento. “A praça deva ser revitalizada e devolvida a ação precípua dela, que é a da prática esportiva, aliando educação, lazer e alto rendimento”, finalizou. 
Presente na reunião, o secretário Municipal de Esportes, Igor Dias, afirmou por diversas ocasiões que o município não teria dinheiro para arcar com a revitalização. “É muito difícil implementar determinadas atividades neste momento, com a situação como está”, admitiu.
Na prestação de contas, o secretário de Finanças, Cori Ribeiro, disse que qualquer investimento para este ano seria feito após a realização de projetos. 

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A CIA PROMOÇÕES e empresário JOÃO WELLINGTON receberam imprensa e convidados no lançamento do FESTIVAL SOLIDÁRIO. O evento vai reunir grandes nomes da música brasileira e a renda será revertida a instituições filantrópicas de Montes Claros e região. Veja fotos:     

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CÂMARA:MONTES CLAROS GANHA MAIS UM CANAL de COMUNICAÇÃO

CÂMARA 

Montes Claros ganha mais um canal de comunicação

A TV Câmara de Montes Claros, ainda em fase de testes, entra ao ar nos próximos dias como sinônimo de transparência e progresso nas atividades do Legislativo Municipal. O montes-clarense que sintonizar no canal 27 irá conferir a programação da TV Câmara de Montes Claros. Inicialmente, serão exibidas apenas as sessões ordinárias, às terças e quintas, bem como as atividades parlamentares que incluem as Audiências Públicas, Comissões Legislativas, atividades da Escola do Legislativo, Sessões Solenes e Sessões Extraordinárias.
O valor total do investimento é de R$750 mil, incluindo a aquisição de equipamentos de estúdio e transmissão, que será realizada em qualidade digital HD.

Cláudio Prates, presidente da Casa Legislativa, destaca que estes quatro novos canais abertos e disponibilizados de forma gratuita à comunidade, com qualidade digital, tem como principal objetivo "dar maior transparência aos trabalhos do Poder Legislativo, bem como aproximar os cidadãos da atuação parlamentar. Montes Claros terá a TV Câmara Municipal, TV Câmara Federal, TV Senado e TV Assembleia", afirma.

"A TV é um importante passo para o objetivo de fazer da Câmara uma instituição cada vez transparente, bem como possibilitar a população acompanhar efetivamente os parlamentares, tanto da esfera estadual quanto federal", pontua o Parlamentar.

A TV Câmara, desativada há quatro anos, voltará a funcionar com o sistema Multiprogramação no Canal 27, porém, o telespectador acessará quatro canais abertos, além de acesso ao celular e tablet. O canal 27.1 será disponibilizado para a Câmara Federal, 27.2 Assembleia Legislativa, 27.3 Câmara Municipal e 27.4 Senado Federal.

Luiz Ribeiro, jornalista do Estado de Minas, destaca que sendo o legislador municipal um homem público eleito, deve este prestar contas à população. Esta por sua vez, deve ter acesso, de forma facilitada, a meios de acompanhar o trabalho dos seus representantes. “Nesse contexto, o funcionamento da TV Câmara e essencial para garantir a transparência do legislativo e permitir que a população possa acompanhar de perto as reuniões, votações, etc”, afirma.

“Por outro lado, destaco também que, o canal de TV, também sendo mais um veículo de comunicação em Montes Claros, contribui para o desenvolvimento do mercado e seus profissionais de comunicação, que vivem hoje um momento de extrema instabilidade nos tempos das redes sociais”, ressalta.

De acordo com Léia Oliveira, Assessora-Chefe de Comunicação Social da Unimontes, "as TVs Legislativas cumprem seu papel ao transmitirem, sem cortes, as atividades de senadores, deputados federais e estaduais e vereadores. Considero o retorno da TV Câmara do legislativo de Montes Claros um grande avanço na prestação de serviço, pois é elemento fundamental na formação da cidadania, na construção de uma sociedade mais democrática e, é claro, na transparência das práticas políticas".

"A comunicação deve ser exercida no âmbito da função social que não
é devidamente vista nos grandes meios. Há de se ressaltar que é necessário o devido planejamento para uma programação de qualidade, além de exibir debates e temas de interesse público e dar importância à gestão da TV legislativa – um tema ainda pouco discutido nas políticas de comunicação do Brasil", afirma.

Em breve, a TV Câmara disponibilizará conteúdo próprio, que será produzido pela equipe de comunicação da nova emissora da maior cidade do Norte de Minas.

 Assessoria de Comunicação
Câmara Municipal de Montes Claros - MG

TEXTO CONVIDADO:CARLOS LINDENBERG

TEXTO CONVIDADO: 

CARLOS LINDENBERG




*Carlos Lindenberg 
 



Não foi por acaso ou por outra razão qualquer que o governador de Minas, Fernando Pimentel, deixou de atender ao convite do presidente Michel Temer para uma reunião quinta-feira, dia primeiro de março, em Brasília, para tratar de assuntos relacionados com a Segurança Pública, assunto tão em voga face à intervenção no Rio de Janeiro e à posse do ministro da nova Pasta, Raul Jungmann. Dois dias antes, a Secretaria do Tesouro Nacional, quebrou um acordo com o governo de Minas e sorrateiramente bloqueou nada menos de R$ 6 bilhões de repasses federais para o Estado. Ora, para quem está em dificuldades financeiras e que montou uma vasta operação de vendas de prédios públicos e de refinanciamento de dívidas tributárias em busca de maior arrecadação, como aliás sabe o governo federal, bloquear R$ 6 bilhões de repasses é como jogar a água do cantil fora para quem está no meio do deserto. Pois foi o que o presidente Temer fez, ao que se fala por inspiração de seus aliados tucanos no Estado, ate que a ministra Rosa Weber acatou o pedido de liminar do governo mineiro e na terça-feira ordenou o desbloqueio dos repasses e mandou que o Tesouro devolvesse a Minas a primeira parcela, de R$ 222 milhões, que já estava nos cofres da União
Ao contestar o bloqueio na justiça, o governo mineiro reagiu também no campo político, cabendo ao secretário Odair Cunha, do Governo, uma espécie de porta-voz de Pimentel, dar uma resposta ao ato considerado hostil do governo federal, afirmando que Minas não aceitou o plano de ajuste fiscal da União, no caso da renegociação da dívida, para não submeter os mineiros à humilhação do tacão federal nem permitir a intervenção de qualquer natureza no Estado. O presidente não gostou de ler nos jornais a resposta do secretário e resolveu tomar satisfações por telefone com o governador Fernando Pimentel. Foi pior: o governador, ainda que polidamente, respaldou a ação do seu secretário – que não falou por falar, claro – e disse ao presidente que enquanto o seu governo continuar tratando Minas com o descaso com que o vem fazendo ao Estado não caberá outra reação senão aquela verbalizada por Odair Cunha. Ou seja, ao buscar lã, Temer saiu tosquiado.
E para consolidar sua posição de desconforto com o tratamento que seu governo vem recebendo do governo Temer, Fernando Pimentel se recusou a participar da reunião do presidente com os demais governadores e o novo ministro da Segurança Púbica, quinta-feira, mandando em seu lugar o secretario de Segurança, Sérgio Menezes, que, ao que parece, não gostou muito do que ouviu: dinheiro do BNDES para reequipamento das policias, mas com juros e no prazo de cinco anos. Como os índices de criminalidade no Estado vem caindo há dois anos, com uma ação descentralizada das Polícias Civil e Militar que cobre todo o Estado, é provável que o governo mineiro não aceitará a oferta de crédito com as taxas de juros praticadas pelo BNDES. De qualquer forma, Minas se associará ao esforço dos Estados do Espírito Santo e São Paulo, especialmente, já que faz fronteira com o Rio de Janeiro, agora sob intervenção do Exército na área de Segurança Pública, de maneira que  na próxima reunião de Jungmann com os secretários de Segurança de todo o País, o Estado novamente estará presente, já agora na busca de resultados práticos para evitar a entrada pela fronteira mineira de bandidos que por ventura estejam fugindo da ação policial do Exército no Rio de Janeiro. Mas não só isso. Minas vai participar do esforço conjunto que visa interromper a escalada de violência que assola o País, em que o Rio se transformou em símbolo dessa situação, ainda que ocupe o décimo lugar no ranking da violência nacional, trocando informações e experiência com os demais Estados, boa parte deles vivendo agora um novo tipo de ação criminosa, qual seja o assalto com detonação dos caixas eletrônicos de bancos espalhados pelo interior do País.
Na verdade, o que Minas vive hoje, do ponto de vista político e financeiro, é uma espécie de cerco que lhe vem sendo imposto pelo governo federal desde que Michel Temer assumiu o poder. Tudo começou com a recusa de Minas em participar do acordo para a renegociação da dívida do Estado com a União, em que o governo federal impunha como condição para a adesão de Minas, a dispensa de servidores, a proibição de novos concursos e o cancelamento dos por ventura em perspectiva de realização, a elevação do percentual da contribuição do funcionalismo estadual ao seu sistema previdenciário e a venda de ativos, principalmente da Cemig. O governo, que recebeu o Estado em 2014 com um déficit orçamentário de R$10 bilhões, recusou a oferta para não sacrificar ainda mais seu pessoal e propôs o encontro de contas entre o que a União deve a Minas e o que Minas deve à União – o que daria ao Estado um troco nada desprezível de R$ 150 bilhões, sendo que 40 por cento desse dinheiro seriam destinados aos municípios, por força da Lei Kandir, de acordo com decisão do Supremo Tribunal Federal. Mesmo assim, o governo Temer recusou a proposta do encontro de contas. Ato seguinte, sem que houvesse escolhido um único mineiro para seu Ministério, e sem ter pisado o pé em Minas desde que assumiu após o golpe que derrubou a presidente eleita Dilma Rousseff, Temer impediu que a Cemig continuasse operando quatros das suas principais usinas hidrelétricas e as vendeu ao capital estrangeiro, complicando a vida da empresa mineira que terá agora de comprar energia, mais cara evidentemente, dos novos donos de suas antigas barragens. Minas, contudo, resiste e se mantém fiel ao disposto pelo condestável presidente do Estado em tempos idos, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada, em resposta a uma consulta de Getúlio Vargas sobre a situação de Minas no alvorecer da Revolução de 30: - Minas está onde sempre esteve. E assim continuará, sem arredar o pé, garante o governador Fernando Pimentel.

 *Carlos Lindenberg é diretor do 247 em Minas (https://www.brasil247.com/pt/blog/carloslindenberg)