domingo, 27 de dezembro de 2015

Da FOTOGRAFIA...

Da FOTOGRAFIA...


TEXTO CONVIDADO: MARA NARCISO


TEXTO CONVIDADO: MARA NARCISO

Ando exausta de tanta solidão!
Mara Narciso

            A generalização é tão burra quanto a unanimidade. Hoje consideradas carrancudas, até recentemente as pessoas eram fotografadas sérias. Agora, nesta época de festas de fim de ano, em que a felicidade demonstrada nas centenas de fotos de famílias em êxtase, com vinte ou mais pessoas esfuziantes de alegria, contestar sua autenticidade é ficar fora dos parâmetros e ser apedrejado. Quem posta tais fotos no Facebook acredita que o público crê na veracidade da cena.
            Felicidade por decreto. Isso tem tempo. No Dia do Fico, em 1822, disse Dom Pedro I: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Diga ao povo que fico”. Estava, pois, decretado que é preciso ser feliz, ainda que seja num sorriso tipo exportação.
Tradicionalmente, o Natal é a festa da família, ocasião em que se deve apaziguar os ânimos, virar a página, zerar os acontecimentos, praticar o perdão, largar as diferenças, abandonar a mesquinharia, deixar pra lá as desavenças, especialmente as financeiras. Brigas por causa de dinheiro? Na minha família, não. Irmãos que não podem se sentar à mesma mesa? Só se for na sua casa. Calúnia, injúria e difamação? Apenas na página policial do jornalismo marrom, nos programas escandalosos da TV, ou nos vídeos acéfalos da internet. Sobrinhos que não se toleram ou infidelidade conjugal no grupo? Nem em sonho!
            Irmãos que não brigam por causa de dinheiro, só numa hipótese: não há nada a ser dividido. Nem mesmo o funeral dos pais. A presença dos velhos mantém frágil equilíbrio e a turma se suporta numa falsa harmonia. Morreu um dos dois, já começa a guerra. Poderá haver um cunhado (ainda bem que cunhado não é parente), para não aceitar o acordo. Já dizia Paulinho da Viola: “dinheiro na mão é vendaval [...] cada um trata de si/ irmão desconhece irmão”.
            A intenção é boa. Todo mundo quer impregnar a si e aos outros, borrifando amor. E geralmente impregna, pois, pelo menos por um tempo, boas vibrações circulam. Um ou outro, fingindo contestar, diz coisas amargas, raivosas, contra a simbologia do Natal. Cede a um ou outro detalhe, mas o que quer mesmo é derrubar mitos. Não consegue.
Poucos lamentam se a alegria é fugaz e dura o tempo da foto ou do efeito alcoólico. E qual é a desta conversa estraga prazeres? Contestar a imagem radiante, quando se está empanturrado de felicidade, é coisa de recalcado. A obrigatoriedade de ser feliz é tão forte, que quem não consegue seguir o script está fora do contexto, um despeitado, que deveria visitar um psicanalista.
Diante de pessoas unidas, lindas e amadas, que se ocupam do bem estar umas das outras, não há espaço para tristeza, insatisfação, doença ou solidão “Todo mundo tá feliz/ Tá feliz/ Todo mundo quer dançar/Quer dançar/ Todo mundo pede bis/ todo mundo pede bis/ Quando para de tocar”, Xuxa cantava em “Tindolelê”. A família, aquele lugar onde é fácil ser feliz, deixa os infelizes deslocados, sentindo-se fora da propaganda de margarina. Poucos suportam gente lamurienta, mal-amada, não-realizada. Os tempos atuais determinam, e quem não atende ao efeito manada tem de se esconder.
            A família feliz e linda está à beira da mesa farta, é hora da oração, afinal Jesus nasceu. Poucos se lembram dos desassistidos, enfermos e deprimidos. Há muitos que estão sós em suas casas e nas ruas. Culpa deles, que não souberam fazer as escolhas certas. Quem tocar no assunto é um frustrado demagogo.
            As festas de fim de ano com suas diversas interpretações têm público cativo para cada tendência. A maioria quer festejar, comer, beber e presentear. Quem não se adequar a isso e mostrar insatisfação com os exageros precisa se enquadrar ou se calar. E que a carapuça não se assente em nenhuma cabeça feliz. Deixe estar. Por outro lado, não há vergonha em se sentir exausto de tanta solidão. Ainda que em meio a uma multidão sorridente.
26 de dezembro de 2015

NASCE a Fundação CREDINOR

Nasce a Fundação Credinor


 “Que a semente plantada seja fértil, gere excelentes resultados. A união de lideranças à frente da Fundação nos orgulha sobremaneira. É o espírito de ajuda mútua que vamos proliferar pelo Norte Minas” (Dario Colares –Diretor presidente da Fundação Credinor)
O ano 30 de fundação do Sicoob Credinor foi repleto de ações positivas, que implicaram em resultados acima da média. Mais que movimentar o mercado cooperativista, o Sicoob Credinor viabilizou o desenvolvimento de uma região onde está inserido.
Uma história de lutas, batalhas e muito sucesso, sempre visando o bem coletivo. Trabalho árduo, visionário. Um legado que se consolidará ao longo da caminhada realizada em conjunto com os cooperados e a comunidade. 
Encerrando as atividades de 2015 da Cooperativa de Crédito que tem o maior número de cooperados em Minas, foi realizada, nesta quarta-feira (23), a Assembleia Geral e Posse do Conselho Curador, Fiscal e Diretoria Executiva da Fundação Credinor – FECRED.
“Um marco na história do desenvolvimento regional através de políticas de incentivo as ações sócioeducacionais. A capilaridade da Credinor fez com que buscássemos mais avanços. A Fundação é o nosso braço de responsabilidade social e de educação permanente. É um olhar mais apurado sobre as necessidades nas comunidades onde atuamos. Transcende o Sicoob Credinor. Poderemos captar recursos e aplicar em projetos. É um embrião que, com toda certeza, fará história no Norte de Minas, Vale do Jequitinhonha e por não no Brasil?”, afirmou Dario Colares, presidente do Conselho de Administração do Sicoob Credinor e diretor presidente da Fundação Credinor.
Para dar mais transparência à gestão dos recursos e projetos, o Conselho terá participação efetiva.
“Além disso, a Fundação Credinor será fiscalizada pelo Ministério Público. A Fecred exercerá a governança corporativa e total transparência em sua gestão. Vamos cuidar de gente e para isso, faremos todos os processos com a maior lisura e credibilidade que nos é imposta. A Fundação será o agente transformador que tem como valor maior o ser humano, com a missão de levar conhecimento e capacitação às comunidades das regiões onde estamos presentes como instituição financeira socialmente responsável.
Dr Heli Penido, sócio-fundador do Sicoob Credinor, comemorou a criação da Fundação e acredita que o caminho correto é o que está sendo trilhado pela instituição norte-mineira.
“É o ponto de partida, bem sustentado. Há de se permanecer no caminho trilhado. Mais uma iniciativa de sucesso da nossa Credinor”, descreve.
Elmar Santana, eleito para o Conselho, destaca que a Fundação Credinor abre espaço para ajudar as pessoas e as comunidades em seu desenvolvimento social e profissional.  
De acordo com Avelino Murta, a Fecred vem no momento oportuno e é uma alternativa de desenvolvimento que vai melhorar a qualidade de vida das pessoas, alavancar estratégias sociais na região.
Tânia de Miranda também integra o Conselho da Fecred na diretoria de marketing. A especialista em marketing estratégico e comunicação corporativa, desenvolveu durante um ano o  projeto de “branding” para criação da identidade da Fundação, bem como estudo de viabilidade e o projeto de implantação. 
“O Norte de Minas avança com a chegada da Fundação Credinor. As pessoas que estiverem inseridas nos projetos vão ter acesso à informação e conhecimento para que assim possam fazer escolhas mais acertadas e alçar “vôos mais altos”. Quando pensamos na logomarca com dois ícones, é um estimulo para que não façamos nada sozinhos. A Fecred será uma parceira neste voo de sucesso”, afirma Tânia, que também e consultora de Marketing Estratégico do Sicoob Credinor .
Ela também garante que 2016 será um ano voltado para planejamento, captação de recursos, avaliação dos projetos que serão beneficiados e, principalmente a  capacitação dos gestores da Fundação e seus voluntários, que precisam antes de mais nada, se adaptarem às mudanças da Legislação do marco regulatório do terceiro setor, como também a Lei do Voluntariado.
“Responsabilidade Social não é assistencialismo e por isso, é fundamental capacitar para depois mobilizar”, pondera Tânia.
No primeiro semestre, será organizado workshop com especialistas na Lei 13.019/2014, que regulamenta toda e qualquer ação das fundações no Brasil.
“Assim, o associado vê a CREDINOR não mais como uma simples instituição financeira e sim como uma cooperativa que faz parte da comunidade, se preocupa com seus membros e ajuda a promover seu desenvolvimento”, pondera Alexandre Vianna, diretor administrativo do Sicoob Credinor e também conselheiro da Fundação.
A assembleia foi encerrada com a chegada de Cecília Colares, esposa de Dario, que presenteou simbolicamente a Fundação com uma muda de planta frutífera. Ela encerrou dizendo que “a caminhada boa é quando se faz acompanhado. Por isso, a importância de caminharmos sempre juntos em prol do bem comum”, conclui.
O Norte de Minas avança e se transforma!

Agendamento de entrevistas
Tânia de Miranda – 38 9 9977 4177

Foto: Garcia Vídeos