CAPÍTULO ESPECIAL:
CÂMARA MUNICIPAL
DE MONTES CLAROS
A COLETIVA:
Em
coletiva concedida na tarde de quarta-feira, 18, o Presidente daquela casa,
vereador Antônio Silveira foi infeliz em vários aspectos. O primeiro é
que convocou a imprensa fazendo questão de excluir alguns, especialmente os que não pertencem ao seu "clube".
E
devo dizer, NÃO FUI CONVIDADA, talvez pelo episódio recente do sofá, retirado
do hall da câmara sem explicação e questionado por este blog. Depois de tanta
gente querer saber onde teria ido parar o mobiliário da casa do povo,
apareceram por ali algumas cadeiras. Não o mesmo assento, mas ao menos os
visitantes (o povo), já tem onde se sentar.
O
amigo jornalista Fredi Mendes também não foi convidado, pelo que soube. Imagino
que pelo fato de ser altamente polêmico e ter a sua fan page do facebook como uma
das páginas mais visitadas. E ali, diga-se de passagem, ninguém fica impune. Doa
a quem doer, ele deixa explícita a sua opinião e avaliação política, social e
até pessoal de todos os fatos.
E
como bem escreveu Fredi, fiz perguntas irritantes durante o evento em que fui
de "entrona". Fiz questão de comparecer. Ao lado de Silveira, os
sempre elegantes vereadores Cláudio Prates, pessoa por quem tenho particular
admiração, e vereador Raimundo do INSS. Mas a palavra estava com o presidente e
foi ele o questionado. Até mesmo porque as atitudes intrigantes sempre partem
dele.
De
acordo com o vereador, o prédio da Câmara pertence ao município, o que gera
confusão entre os poderes, aos olhos do povo. No novo espaço, a ser construído ao lado do forum e de frente a Prefeitura, cujo projeto foi
mostrado e bem explicado, a Câmara terá mais independência. Quis saber do
vereador até onde a autonomia da Câmara para mudar regras quanto ao acesso, já
que a porta que faz a comunicação entre os dois poderes ficou interditada por um
tempo e segundo informes, por determinação da esposa do presidente.
Em outra questão fiz referência às reuniões. Na semana passada um colega foi impedido de
adentrar o espaço sob a alegação de que "não havia lugares
disponíveis". Entretanto, imediatamente pessoa de outro veículo foi colocada
para dentro, também por decisão da esposa do presidente. Ou seja, se não havia
espaço para um, por qual razão haveria para outro? Questões políticas ou
politiqueiras? Perguntar não ofende.
Um
terceiro ponto: perguntei ao vereador sobre tratamentos diferenciados
direcionados à plateia. Todos tem conhecimento de que há um grupo que frequenta
aquela casa com o claro intuito de promover badernas. Dizem até que é
financiado por membros da oposição, a qual pertence, entre outros, o presidente
da câmara. Até aí, tudo bem. Não é da minha, da sua ou da nossa conta o que
cada um faz com o que ganha. Mas o mínimo que se pode esperar é que a aplicação
do regimento seja igual para todos os que podem e devem ali comparecer, seja de
situação ou de oposição. Mas não é isso que se vê.
Quando
aconteceu comigo de ser atacada com palavras de baixo calão simplesmente pelo
fato de não compactuar com as opiniões deste tal grupo, sem sequer ter me dirigido
a algum deles uma única vez, fiz o que manda a lei. Gravei em vídeo e distribui
cópias para setores que resguardam os direitos dos cidadãos. Na ocasião, me
dirigi ao presidente e perguntei porque ele não agia diante dos absurdos. Ele
deu de ombros.
Ontem
durante a coletiva, relembrei o fato e quis saber sobre a indiferença da casa
(neste caso, do presidente) e o uso de “dois pesos e duas medidas” em situações
do tipo. É sabido que em acontecimento recente uma cidadã foi retirada do
plenário sob acusação de promover desordem. A cidadã em questão não reza na
cartilha do presidente. Seria por isso?
Em
todas as respostas o presidente gaguejou, falou e não respondeu. Deu como
motivo a falta de espaço, a impossibilidade de controlar sozinho o
comportamento da plateia, enfim, mostrou-se evasivo em algumas questões e
aparentemente bem irritado.
De
todo modo, queremos agradecer pela receptividade. Mesmo sem ter sido convidada, fui bem tratada.
Agradecemos ainda pelo cartão de natal distribuído pela esposa do presidente (o envelope era
amarelo, bem bonitinho), pelos salgadinhos deliciosos da center pão (afinal, era uma reunião festiva) e pela tentativa
de dar respostas, ainda que meias-respostas. O encontro foi intitulado como “de
prestação de contas e agradecimento”.
Ah,
no dia de ontem a porta que dá para as escadas e sai na cozinha do plenário foi
“liberada” para toda a imprensa. Nos outros dias, ela tem sido fechada e na
porta um funcionário barra a entrada daqueles que não trabalham na TV Câmara, segundo dizem, também a mando da esposa do presidente.
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