KPC
em Montes Claros
População
não corre risco de ser contaminada pela bactéria
Texto:
André Senna
Fotos:
Wilson Medeiros
Foram registradas duas mortes de pessoas acometidas pela bactéria Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC), em Montes Claros. É fundamental que a população saiba que a chamada “super bactéria”, na verdade não sobrevive fora do ambiente hospitalar e só infecta pacientes em fase terminal, vítimas de doenças como câncer, AIDS, dentre outras, que enfraquecem o sistema imunológico. No Hospital Aroldo Tourinho (HAT), onde aconteceram as mortes de um idoso e de uma mulher adulta, na primeira quinzena deste mês, existem mais sete portadores da bactéria isolados, com monitoramento e atenção especial. As famílias não autorizaram a divulgação dos nomes dos falecidos.
A
bactéria, embora mais resistente que o normal, não tem efeito em
pessoas em seus domicílios ou ambientes de trabalho. Não pode ser
transmitida pelo ar, apenas por contato físico com o doente agudo,
geralmente internado em Centros de Terapia Intensiva (CTI) dos
hospitais.
O
HAT detectou rapidamente a presença da bactéria, o que comprova a
eficiência (e segurança) na unidade hospitalar. As pessoas
afetadas pela bactéria geralmente estão tão debilitadas e em fase
terminal que as mortes podem ter sido ocorridas devido à própria
enfermidade. A KPC é uma bactéria que foi modificada geneticamente
no ambiente hospitalar e é resistente aos antibióticos habituais.
Os primeiros casos foram detectados em pacientes internados em
Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), nos Estados Unidos.
Cuidados
básicos de higiene como lavar as mãos, não levar alimentos não
autorizados em visitas hospitalares, não sentar nas camas ou macas
dos hospitais, são o suficientes para evitar a contaminação pela
bactéria. “A população de Montes Claros e região pode ficar
tranquila. A bactéria só infecta pacientes internados em hospitais
em fase adiantada de doença. Não existe qualquer risco de
sobrevivência da bactéria fora do hospital”, afirmou a Secretária
de Saúde de Montes Claros. Ana Paula Oliveira Nascimento.
O
médico Cláudio Henrique Rebello, consultor da secretaria, ressalta
a eficácia do Hospital Aroldo Tourinho em identificar e notificar a
existência da bactéria. “A bactéria KPC precisa encontrar um
ambiente propício para se desenvolver e isso ocorre apenas em
pacientes com saúde muito debilitada, internados em CTI ou UTI, com
baixa imunidade. Fora do hospital e em pessoas saudáveis, a
bactéria não resiste e morre naturalmente. Esta bactéria é
restrita aos ambiente de terapia intensiva. Visitantes que entrarem
em contato físico com pacientes infectados, podem até se tornarem
portadores da bactéria na pele mas, com os cuidados básicos de
higiene, a KPC não progride na infecção e é eliminada”,
reforçou.
Texto claro, objetivo e correto.
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