PRA NÃO dizer que NÃO FALEI da COPA....
Por Márcia Vieira Yellow
Ela, a copa, começou. Que dia vai terminar, não sei. Não sou essa coisa dura nem radical de "não torcer para o Brasil", mas também não posso ser considerada uma entusiasta do evento. Eu não queria que fosse aqui, desde quando o Brasil foi sorteado. Fiquei triste naquele exato momento, pois imaginei um monte de coisas mais necessárias e imediatas do que a preocupação em maquiar o país para receber "os visitantes". Eu não queria, mas já que eles estão aqui, sejam bem-vindos e sejamos lutadores. Vamos tentar vencer.
De qualquer maneira, bem ou mal recebidos, alguns são mal-educados mesmo, entram na casa dos outros e saem falando mal. E se tem uma coisa pra mim tão triste quanto ver alguém atirar um papel ao chão, ao invés de guardar na bolsa pra quando encontrar uma lixeira, é ver uma pessoa entrar na casa da outra e depois falar mal. É a regra número um na minha opinião: "nunca fale mal de alguém que lhe abriu as portas". Por isso, quase não vou à casa de ninguém. Não porque deseje falar mal, mas só vou à casas onde me sinto muito à vontade. Eu gosto de analisar pessoas e ter minhas próprias definições sobre cada uma delas. Me sinto mais livre para escolher onde realmente frequentar e respeito como santuário todas as casas que frequento.
E no primeiro jogo da copa fiz questão de aceitar um delicado convite para estar na residência de um casal que eu adoro: Cida e Said Schiller Campos, que sempre me ofertam muito carinho e gentileza. Era aniversário da Cida, que vestiu-se de amarelo e dominou o ambiente com sua alegria. Ali escolhi o meu ídolo da copa: Marcelo, o primeiro a fazer gol. Contra sim, mas e daí? Como disse minha sobrinha: "foi cortesia da casa".
Achei lindo o Marcelo abrir o placar com esta cortesia. Ele apenas seguiu o espírito de um Brasil que torce contra o próprio país. Por isso, não merece ser hostilizado.
No momento da "cortesia" eu ocupava uma mesa com pessoas que eu adoro e com quem cheguei à festa: Martinha Malveira, Gisele Andrade e sua filha Duda, que ao olhar pra mim disparou: "ela está chorando!" . Sim, eu estava chorando, Duda. Os olhos marejados pelo Marcelo. Tudo que queria naquele momento era colocá-lo no colo, depois de passar um pente e amarrar aquela cabeleira desordenada. Meu Deus, nunca torci tanto, como naquele instante. Torci para o Brasil fazer gols e não perder, porque pensava na tragédia que seria para o Marcelo. Como o Brasil iria massacrá-lo por algo que qualquer um poderia fazer, especialmente sob pressão. Pressão de todos os lados, de todas as pessoas. De uma torcida que torce, de uma torcida que não torce, da equipe, dos dirigentes e do povo que nunca assiste futebol, mas não deixa passar uma oportunidade de dar pitaco, especialmente se for para criticar negativamente. Como se fosse fácil estar ali, sob os olhos atentos do mundo! Nunca é fácil estar no centro de algum lugar/situação, ser notado, observado, julgado, percebido. Muitos dizem: "se fosse eu faria assim ou assado". Não fariam não. É simples tomar decisões quando não se está no lugar do outro.
Quando as câmeras mostraram o jogador ele estava com carinha de assustado. Fiquei preocupada em como a equipe o trataria no vestiário, se ele iria voltar no 2° tempo, etc. Num certo momento, quando levou uma cutucada e chorou, pensei: "este choro é pelo gol marcado e estava aí, reprimido". Ainda bem, o Brasil ganhou, o que tirou o Marcelo do olho do furacão, mas ainda assim não fez cessar as piadinhas da internet.
Então ele é o meu ídolo da copa. Aquele a quem vou amar até o final. Com ou sem o cabelo (de preferência sem). Por esse momento triste e que será inesquecível pra todos nós, mas especialmente pra ele, que vai levar pela sua vida o fardo de ter feito o primeiro gol contra na copa do mundo. Adoro histórias tristes. Meus ídolos eram todos tristes: Van Gogh, Beethoven, Oscar Wilde, Raul Seixas, etc.
Mudando de foco, mas ainda sobre futebol, quero fazer uma crítica à Record. Negativa sim senhor. Porém, justa. Recentemente elegeram o jogador mais bonito do mundial. Agora, elegeram o mais feio. Deselegante isso! Mais ainda porque não vi nenhum jogador brasileiro. O Neymar nem compôs a lista. Tinha jogadores de diversos times, e nenhum deles com menos desventura física do que o ídolo brasileiro. Bem pessoal, ele foi maravilhoso e salvou o Brasil, é queridinho e tal, mas convenhamos, beleza física ele não tem, nem dentro nem fora dos padrões. Só porque é ídolo não pode entrar na lista? Que atitude desairosa com os estrangeiros! O jogador que levou o título de mais feio, escolhido pelo Amaral, nem é tão feio assim. O Amaral até emendou: "se eu estivesse jogando, seria eu". Sim, o Amaral também entra na categoria "nem dentro e nem fora dos padrões", mas o Neymar não precisa fazer esforço pra participar desta disputa. Foi injusto não colocá-lo e cruel não incluir brasileiros. Revejam o jogo contra a Croácia e olhem bem aquele momento em que ele aparece olhando rapidinho para um lado e para o outro. Parece um daqueles miquinhos do Parque Municipal. E aquele olhar só fica bem nos miquinhos.
Nada me faria beijar o Neymar. Nem por vingancinha, se eu fosse inimiga número um da "Magazine" (coisas da Gisele e da Martinha). E eu não gasto beijo por vingancinha ou outra razão tola. Só por vontade mesmo de beijar. Se não existissem tantos homens e apenas o Neymar...eu passaria o resto da vida sem beijar!!!
E vocês acham que vou falar de copa sem falar de moda? Hum,Hum! Tenho minhas reservas com a Cláudia Leite. Canta música ruim (típica da Bahia, onde poucos se salvam), é totalmente "reformada" por meio de cirurgias plásticas, é cafona, não é nem um pouco simpática, mas.... Mas acontece que entre mortos e feridos, desta vez ela se salvou, se comparada à J. Lo, sua companheira de palco. O figurino e o calçado eram de mau gosto, mas ao menos ela teve a sensatez de cobrir uma das partes, enquanto a J.Lo foi como sempre, ela mesma. Descobriu tudo de uma vez e conseguiu colocar todos os equívocos numa única peça de roupa (isso nos faz lembrar alguém, né? Com a diferença que a J. Lo tem um corpo de proporções maiores, mas bem feito).
Tudo à sua hora, não? Preservadas as liberdades individuais ( e isso é necessário, pois a maneira de vestir é a tradução do comportamento), fica uma dica que não tem erro, caso queiram aproveitar: não se vai à igreja de biquini e nem à praia de burca. E se você gosta de muiiiita coisa, ou seja, de excessos, que tal tentar usar uma coisa de cada vez (mesmo que nada se salve)? Não precisa juntar tudo no mesmo look. É preciso ser mais do que corajoso pra sair por aí vestido/ornado de patati ou patatá, caso você não seja um deles(as).
É só opinião. Cada um que faça o que bem quer....E arque com as consequências!
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