MÁRCIA YELLOW NO PRESÉPIO MÃOS DE DEUS
Alberto Sena
Como disse noutro lugar desta página do Facebook, a jornalista de Montes Claros, Márcia Vieira Yellow, que assina o blog de mesmo nome, parece ser movida a pilha alcalina. Ela descobriu Grão Mogol séculos depois dos bandeirantes e garimpeiros que aqui se aportaram à cata de diamantes e deixaram por vários lugares as suas marcas.
Se alguém viu na Rua Cristiano Relo, nesses dois dias, uma mulher estilosa, desfilando de chapéu de abas largas, vestida de short, cabelos cumpridos, cor de fogo, o nome dela é Márcia Vieira Yellow, futura moradora desta terra. Pois como disse dia desses, quem adentra as águas do Rio Itacambiruçu, volta a Grão Mogol. E ela adentrou.
Foto: Alberto Sena |
Ela veio a Grão Mogol despertada pelo interesse de conhecer o Presépio Natural Mãos de Deus, construído pelo empresário Lúcio Bemquerer. Em verdade, digo, a vinda dela já devia ter acontecido há mais de dez meses, mas a vida profissional cheia de afazeres, pois integra a Comunicação da Prefeitura Municipal de Montes Claros, só agora encontrou folga pra cumprir com a visita prometida.
Márcia fotografou todo o presépio. Não tenho notícia de alguém, algum fotógrafo, que tenha feito tantas imagens do presépio, já visitado por quase 60 mil pessoas e que recebeu bênção especial do Papa Francisco, cujo original se encontra na entrada.
Com seu jeito característico, expansiva, alegre, jeito de quem diz agir mais com o coração do que com a razão, Yellow retratou palmo a palmo o presépio e fez questão de acender uma vela na Sala de Preces, onde se encontra uma imagem de Nossa Senhora das Graças. Ela ficou lá dentro por uns bons 15 minutos conversando com Deus com a intercessão de Nossa Senhora.
De tão deslumbrada ficou Yellow que voltou ao presépio à noite, mas sem antes fazer cumprir uma via nem tão sacra entrando em quase todas as lojas da Rua Direita em busca de um biquíni. Depois de muito procurar não encontrou nada que a interessasse e foi mergulhar nas águas do Rio Itacambiruçu com o maiô que trazia. Como fazem todas as pessoas predestinadas a voltarem aqui pra curtir essa cidade e região da maneira como deve ser apreciada.
Yellow visitou a Matriz de Santo Antônio. Fotografou tudo por dentro e por fora. Admirou a exuberância da simplicidade dentro da igreja. Ela se recordou das escadas de Loreto, no Novo México (EUA), onde segundo conta a história teria sido construída por um carpinteiro desconhecido, em tempo recorde, utilizando madeira inexistente na região. A escada encaracolada sustenta-se em si mesma, sem nenhum apoio. O mais estranho é que o desconhecido carpinteiro foi embora sem receber pagamento pelo belíssimo trabalho.
A jornalista foi à Casa da Cultura, cujas paredes de pedras foram levantadas com o esforço financeiro do Barão de Grão Mogol, o coronel Gualtér Martins Pereira. Ela ficou muito bem impressionada com a cidade principalmente no quesito sossego e qualidade de vida. Embora tenha anotado algumas limitações como falta de meios de transporte que possa oferecer outros horários de ônibus para Montes Claros.
Yellow almoçou bacalhoada, salada de legumes e arroz e para provar que não deixa escapar nada, fotografou tudo. Profissional, anda sempre armada de cinco câmeras fotográficas. Está atenta a tudo. É gente de alta sensibilidade dotada de um espírito forte capaz de transformar o mundo, se isso dependesse só dela mesma.
Mais tarde, ela revelaria a particularidade de contumaz consumidora de café. Sem açúcar, como fazem os apreciadores da bebida. Tomou três garrafas térmicas de café em sucessivas xícaras com biscoitos, tareco, espremidinho e mais não tinha. No final desta tarde, embarcou num táxi rumo a Montes Claros.
Se as cinco câmeras fotográficas de Yellow falassem, certamente elas estariam cantando loas a Grão Mogol dentro do carro. As câmeras não falam, mas elas têm a capacidade de gravar tudo em fotos. E com essa facilidade de expor fotos na internet, é de se supor que a jornalista tenha munições para algumas edições do seu blog, uma referência em Montes Claros, em virtude da sua credibilidade e do que publica no dia a dia.
Porque mergulhou nas águas do Rio Itacambiruçu, Yellow voltará, brevemente. E com ela virá a mãe, senhora de 84 anos de idade. “Mãe vai adorar Grão Mogol”, assegurou.
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