Concessão de táxis gera especulação em vários
municípios, mas em Montes Claros a situação é diferente
Texto: Attilio Faggi Jr.
Fotos: Wilson Medeiros
O coordenador
do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do
Patrimônio Público (Caopp) de Minas Gerais, o promotor de Justiça Leonardo
Duque Barbabela, deu ultimato a todos os prefeitos mineiros que estão se
recusando a realizar licitação pública para regularizar a concessão de serviço
de táxi nos municípios. A informação está na edição de 26 de janeiro do jornal Hoje em Dia.
Segundo a
matéria assinado pelo jornalista Ezequiel Fagundes, as concessões para
exploração do serviço de táxi são distribuídas de forma indiscriminada, atualmente,
pelas prefeituras. As prefeituras liberariam as permissões de táxi a
particulares indiscriminadamente, validando transferências por cessão, venda,
ou sucessão. Desta forma, as placas vermelhas viraram moeda de barganha
política. O Ministério Público quer que as concessões sejam através de processo
licitatório, o que assegura o princípio de igualdade de condições para todos os
interessados na concessão de placas de táxi.
Agora, o MP
pretende requisitar das prefeituras o número de permissões de táxi outorgadas
em vigor em cada município e a forma pela qual foi outorgada a permissão, entre
outras informações. Se ficar comprovada a não realização de licitação pública,
será designada audiência com a presença do prefeito, onde será exposta a
situação irregular e proposta a assinatura de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
O MP também irá exigir a fixação de prazo para licitação, revogação das
permissões irregulares e sua substituição pelas licitadas, além da vedação a
qualquer modalidade de transferência da permissão que não seja licitação. Caso
a Administração não concorde com a celebração do TAC, deve ser ajuizada ação
civil pública contra o chefe do Executivo.
Em Montes
Claros, pode-se dizer que a situação é bastante diferente. No primeiro semestre
de 2014, a Comissão Permanente de Julgamentos e Licitação realizou um processo
de licitação que disponibilizou 79 permissões, pelo período de 20 anos
improrrogáveis, amplamente divulgado em todas etapas de seu processo.
Entre os critérios de pontuação que constavam do edital do processo, que contou
com a participação de técnicos da Empresa Municipal de Planejamento, Gestão e
Educação em Trânsito e Transportes de Montes Claros (MCTrans) em sua
elaboração, estavam critérios objetivos como o tempo de experiência do
profissional como condutor de táxi, o ano do veículo a ser usado, a presença de
ar condicionado e a cilindrada mínima de 1.4 cm3.
Eude
Soares de Oliveira, 42 anos, tem experiência de cinco anos como condutor de
táxi e, no ano passado, foi um dos vencedores da licitação e recebeu sua
concessão. Entre as vantagens apontadas pelo taxista, que faz ponto na Praça
Dr. Carlos Versiani, estão a possibilidade de fazer seu horário e não ter que
dividir o que foi arrecadado com as corridas (como acontece quando se roda com
o veículo de outra pessoa). Vanderley Soares, 30, do ponto do Bretas, alegou as
mesmas vantagens do companheiro de profissão e assim como Oliveira ainda não
colocou um motorista auxiliar para dividir a carga horária no táxi, o que
pretende fazer assim que terminar de pagar as prestações do veículo 0 km que
adquiriu para concorrer na licitação.
Saiba melhor sobre essa profissão assistindo os videos abaixo no YouTube:
ResponderExcluirO dia do taxista;
Profissão de Taxista no Brasil;
Projeto da Ordem dos Taxistas do Brasil.