Fonte: site focusfoto.com.br
O pintor paisagista inglês, John
Constable, considerava a luz a essência da paisagem, embora se queixasse
dos sacrifícios que tinha de fazer por ela. A qualidade da luz do dia é
que dá a vida – ou a tira – a qualquer paisagem e, provavelmente
contribui para a sua atmosfera mais do que qualquer outro fator. A
temperatura varia com a altura do dia, a estação e o clima, de modo que
as possibilidades, se conseguir tirar todas as vantagens dela, são quase
ilimitadas.
O ideal é ter tempo suficiente para
poder decidir e escolher a altura para fotografar uma determinada vista,
ainda que isso não seja, de todo modo, sempre possível. No entanto, se
for, as duas variáveis com que tem de lidar são a altura do dia e o
clima. A situação mais simples é quando o clima é previsível, em
particular quando isso significa um dia sem nuvens. Nesse caso, pode
definir uma hora exata para fotografar.
Porém, a previsibilidade tem os seus
problemas, pois existem poucas possibilidades de surpresa. Uma paisagem
bem conhecida, como o Monument Valley, na fronteira entre o Arizona e o
Utah, tem sido incessantemente fotografado ao nascer e pôr do sol,
apenas por ser previsível. Condições adversas de luz, por outro lado,
tal como uma abertura rara nas nuvens num tempo tempestuoso, tem o valor
especial de lhe apresentar uma combinação única. Fotografá-los
significa estar preparado para trabalhar depressa e isto tem todas as
vantagens com uma máquina fotográfica digital de mão. Quaisquer dúvidas
acerca da exposição e enquadramento podem ser eliminadas verificando a
fotografia de imediato no monitor LCD.
O que cria uma boa iluminação para uma
paisagem é, em parte, objetivo – a forma como revela a textura das
rochas ou campos, ou as cores e reflexos – e, em parte, subjetivo.
Avaliar a luz, o que numa paisagem plana ou com depressões suaves
significa um sol baixo, é objetivamente útil e também apreciado.
Pouco depois do nascer do sol e antes do
pôr do sol sobre a água límpida, existe uma considerável escolha de
iluminação toda ao mesmo tempo, dependendo se fotografa com o sol por
detrás de si, ao seu lado ou de frente para a máquina. A única
desvantagem real é que esta é a altura exata em que a maioria dos
fotógrafos gosta de fotografar, pelo que poderá ser pouco original. Na
outra ponta de escala do clima, a chuva e a neve podem ser menos
confortáveis, mas apresentam oportunidades de diferentes tipos. A luz
suave num dia de chuva pode ajudar a saturar as cores – perfeito para
jardins e folhagem.
O clima acrescenta outro elemento à
imagem para além do seu controlo sobre a luz: o céu. Com várias camadas
de nuvens de diferentes tipos, pode ser um tema ele próprio. Nem todas
as paisagens incluem a linha de horizonte, mas quando isso acontece, o
céu torna-se parte da composição. Um céu interessante pode ser uma razão
suficiente para adicioná-lo.
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