Secretaria
de Saúde e Conselho Municipal discutem reestruturação no Alpheu de Quadros
Texto:
Eduardo Brasil
Fotos:
Wilson Medeiros
Em reunião nesta quarta-feira (7) com o
CMS (Conselho Municipal de Saúde), representantes de associações de bairros e
de hospitais filantrópicos, a secretária de Saúde, Ana Paula Nascimento,
explicou os motivos que levaram o município a reestruturar o atendimento no
Hospital Alpheu de Quadros, que nesta semana passou a atender como Unidade
Básica de Saúde, no período de sete às 22 horas, acabando com o Pronto
Atendimento de 24 horas.
De acordo com a secretária, nenhuma
medida foi tomada de forma “aleatória”, mas com base em estudos sobre o
atendimento no Alpheu de Quadros e sobre o perfil de seus pacientes, que
comprovaram a necessidade das mudanças, sobretudo após a decisão do Estado de
tirar da administração municipal a gestão plena de saúde, medida que acabou com
os recursos que existiam para a manutenção dos procedimentos a pacientes do SUS
(Sistema Único de Saúde) também de outros municípios da região.
RESULTADOS
- Entre outras informações, os estudos apontaram
pouca demanda no turno noturno do Alpheu de Quadros, principalmente a partir
das 22 horas, e que os pacientes, na sua grande parte, poderiam ser atendidos
nas unidades do PSF por apresentarem problemas de saúde sem gravidade.
“A ampliação das Estratégias de Saúde
da Família, com maior número de médicos, assegura o atendimento de Atenção
Primária e Atenção Básica sem nenhum prejuízo para a população. Cada equipe é
capaz de atender no serviço de urgência até cinco pacientes por dia”, disse a
secretária.
“Fazemos oito vezes mais consultas
diárias que o Alpheu de Quadros. São cerca de 300 consultas por dia, ou seja,
nove mil por mês, com o trabalho de 122 médicos, sem considerarmos os exames
pediátricos, clínicos e ginecológicos feitos em outras unidades.
Portanto, as deliberações da Secretaria
não aumentam os problemas no setor de saúde, ao contrário, buscam e conseguem
reduzi-los”, reforçou o secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde, Danilo
Narciso, considerando precipitadas as críticas feitas às mudanças no Alpheu de
Quadros por membros do CMS.
“Veja que nenhuma reclamação chegou à
Ouvidoria Municipal sobre as decisões que tomamos. Isso demonstra que de fato
elas são necessárias e não causam danos à população, como alguns teimam em
acusar”, afirmou Narciso, apoiando a sugestão do Conselho Municipal de Saúde
para que sejam realizados novos estudos, agora sobre a eficácia das mudanças, que
serão apresentados em reunião marcada para a próxima quarta-feira quando o
assunto será retomado.
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