sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

TEXTO CONVIDADO: RAPHAEL REYS

TEXTO CONVIDADO: RAPHAEL REYS

ANJOS, ELES EXISTEM.
 
Raphael Reys
 
Mensagem natalina
Esses santos anjos criados pelo Senhor são assim. Quando menos se espera, lá estão eles. Com suas asas. O que ao bem da verdade, são seus chacras umerais.
Encontrei, certa vez, um pedaço de papel escrito na Praça da Matriz da minha urbe. Continha uma oração dirigida a São Miguel, este um arcanjo e pedia que o mesmo nos defendesse na batalha contra o Demônio.
Que nada mais é do que Luzbel, o esplendoroso. Um arcanjo decaído, que ao exercer o seu direito, visando ter livre arbítrio, contestou a existência do PAI. Dá para imaginar? Um simples protesto. Uma criatura contestando o seu criador. Pois foi assim. Imagine só o troar da comentada batalha, na imensidão do Cosmo, naquela era longínqua.
No Bagavad Gitá, o épico da literatura iniciática hindu e num diálogo, o anjo Krisnha a personificação de Deus, incentiva o guerreiro iniciado e seu tutelado Arjuna, a lutar o bom combate, lhe assegurando:
Parta para o ataque sem medo - Você apenas conduzirá o carro de combate - Eu sou o autor da ação - Estou em você e você não esta em mim.
Felipe Semmelweis, o descobridor da assepsia, era um anjo disfarçado. Impediu que a febre puerperal proliferasse.
Em 1976, dormitei debaixo de uma marquise, no Jardim Baccachere, em Curitiba (PA). Onde estava para receber a iniciação do Portal Interno da Grande Fraternidade Branca.
Pensativo sob as responsabilidades que a partir daquele juramento na câmara interna, iram abater-se sob os meus ombros. Refletivo em um fim de tarde de aguaceiro abundante, foi quando, através da minha visão mediúnica, percebi a presença do meu anjo guardião.
Relatou-me um dito portenho de Borges:
Como pude não sentir que a eternidade almejada com amor por tantos poetas é um artifício esplêndido que nos livra mesmo que de maneira fugaz, da intolerável opressão da sucessividade.
Perguntei-lhe, então, assim como o fez por sua vez, o poeta Calderón de La Barca:
- Es la vida suenõ, solo?
Comentou comigo sobre uma reflexão de Platão:
O tempo é uma imagem móvel da eternidade - Sendo também imutável e metafísico - Passado, presente, futuro é um eterno movimento - As coisas persistem e transcorrem numa grande felicidade de conjuntos - É o eterno grande momento de Deus.
Olanta, meu anjo guardião relatou que: Márcia Yellow é um anjo disfarçado de jornalista. Uma nativa do signo de câncer, com a lua na regência dos sentimentos. Tudo o que faz, passa pelo forno alquímico do seu coração.
Procura implantar na sua jornada as sementes da ternura, em ondas de emoção. Almeja um mundo, onde todos serão apenas gentes. Como as Folhas de Relva de Whitman.
Flutua na racional objetivo, em um movimento mágico, onde o seu encantamento se espalha, como o aroma do feromônio.
Encerrando a crônica/depoimento, relato o que disse um anjo ao poeta Augusto dos Anjos:
 - E quando o homem, resgatado da cegueira - Puder ver Deus num simples grão de argila errante - Terá nascido neste instante - À mineralogia derradeira...
                                               

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