ANJOS, ELES
EXISTEM.
Raphael
Reys
Mensagem
natalina
Esses
santos anjos criados pelo Senhor são assim. Quando menos se espera, lá estão
eles. Com suas asas. O que ao bem da verdade, são seus chacras umerais.
Encontrei,
certa vez, um pedaço de papel escrito na Praça da Matriz da minha urbe.
Continha uma oração dirigida a São Miguel, este um arcanjo e pedia que o mesmo
nos defendesse na batalha contra o Demônio.
Que nada
mais é do que Luzbel, o esplendoroso. Um
arcanjo decaído, que ao exercer o seu direito, visando ter livre arbítrio,
contestou a existência do PAI. Dá
para imaginar? Um simples protesto. Uma criatura contestando o seu criador.
Pois foi assim. Imagine só o troar da comentada batalha, na imensidão do Cosmo,
naquela era longínqua.
No Bagavad
Gitá, o épico da literatura iniciática hindu e num diálogo, o anjo Krisnha a
personificação de Deus, incentiva o guerreiro iniciado e seu tutelado Arjuna, a
lutar o bom combate, lhe assegurando:
Parta para o ataque sem medo - Você apenas
conduzirá o carro de combate - Eu sou o autor da ação - Estou em você e você
não esta em mim.
Felipe
Semmelweis, o descobridor da assepsia, era um anjo disfarçado. Impediu que a
febre puerperal proliferasse.
Em 1976,
dormitei debaixo de uma marquise, no Jardim Baccachere, em Curitiba (PA). Onde
estava para receber a iniciação do Portal
Interno da Grande Fraternidade Branca.
Pensativo
sob as responsabilidades que a partir daquele juramento na câmara interna, iram
abater-se sob os meus ombros. Refletivo em um fim de tarde de aguaceiro abundante,
foi quando, através da minha visão mediúnica, percebi a presença do meu anjo
guardião.
Relatou-me um dito portenho de
Borges:
Como
pude não sentir que a eternidade almejada com amor por tantos poetas é um
artifício esplêndido que nos livra mesmo que de maneira fugaz, da intolerável
opressão da sucessividade.
Perguntei-lhe, então, assim como o fez
por sua vez, o poeta Calderón de La
Barca:
- Es la vida suenõ, solo?
Comentou comigo sobre uma reflexão de
Platão:
O tempo é uma imagem móvel da
eternidade - Sendo também
imutável e metafísico
- Passado, presente, futuro é um eterno
movimento - As coisas persistem e transcorrem numa grande felicidade de
conjuntos - É o eterno grande momento de Deus.
Olanta, meu
anjo guardião relatou que: Márcia Yellow
é um anjo disfarçado de jornalista. Uma nativa do signo de câncer, com a lua na
regência dos sentimentos. Tudo o que faz, passa pelo forno alquímico do seu
coração.
Procura implantar na sua jornada as sementes
da ternura, em ondas de emoção. Almeja um mundo, onde todos serão apenas
gentes. Como as Folhas de Relva de Whitman.
Flutua na racional objetivo, em um movimento
mágico, onde o seu encantamento se espalha, como o aroma do feromônio.
Encerrando
a crônica/depoimento, relato o que disse um anjo ao poeta Augusto dos Anjos:
- E
quando o homem, resgatado da cegueira - Puder ver Deus num simples grão de
argila errante - Terá nascido neste instante - À mineralogia derradeira...
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