DESABASTECIMENTO EM MONTES CLAROS
Governo de Minas suspende envio de vacinas antirrábicas
Fotos: Wilson Medeiros
Texto: Eduardo Brasil
O
setor de saúde pública de Montes Claros está impedido de atender a
população com vacinas contra raiva de cultivo celular (VAHR ou
antirrábicas). O produto está em falta desde o dia 30 de dezembro de
2015. A responsabilidade do desabastecimento, porém, não é do município,
mas do Governo de Minas Gerais, que não tem estoques estratégicos para
suprir a demanda. A vacina, na verdade, está faltando até mesmo para a
rede particular de saúde em Minas Gerais.
Em
nota oficial, emitida no primeiro dia de dezembro do ano passado, a
Secretaria de Estado da Saúde, através da Subsecretaria de Vigilância e
Proteção à Saúde, admitiu o desabastecimento e esclareceu que “em Minas
Gerais o momento é crítico”, não informando, entretanto, quando as
vacinas estarão novamente à disposição dos usuários da rede pública de
saúde. A informação é de que elas não estariam sendo produzidas por
laboratórios no estado.
ALTERNATIVA
Devido
ao desabastecimento, em Montes Claros, a Secretaria Municipal de Saúde
buscou alternativas para enfrentar a situação. Achou necessário definir
apenas uma unidade de referência para atender a demanda. Assim, o
atendimento está concentrado somente no Posto de Saúde do Bairro Major
Prates. A medida foi tomada para evitar que o cidadão perca tempo
recorrendo, em vão, a outras unidades de saúde, em busca da vacina,
aplicada em pessoas que são mordidas por mamíferos como cachorros,
gatos, morcegos e macacos entre outros.
“Por
conta dessa situação, estamos fazendo apenas o primeiro atendimento e
passando a descrição da vacina ao paciente. Se for necessário, fazemos
ainda os curativos”, informa Pamela Scarlett, funcionária do Posto de
Saúde do Major Prates, acrescentando que a demanda pela vacina “nesses
dias, tem sido normal”.
Após
o primeiro atendimento no Posto de Saúde do Major Prates, ainda segundo
o esquema montado pela Secretaria Municipal de Saúde, o nome do usuário
é incluído em uma lista, com seu endereço e o número de doses de
vacinas a serem administradas. Essa lista e a notificação são
encaminhadas para a Superintendência Regional de Saúde que avaliará,
observando critérios do Ministério da Saúde, a liberação da vacina,
nominalmente, e a sua quantidade necessária.
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