Montes Claros vai ganhar centro de tratamento
especializado em AVC
Rotary doará cerca de 1,2 milhões
para equipamentos e capacitação no atendimento a pacientes com AVC
A ADENOR - Agência de
Desenvolvimento da Região Norte de Minas –, entidade colaboradora da implantação
do Centro Especializado em AVC, convidou lideranças de entidades para
conhecerem projeto, através do Governador do Rotary e médico em São Paulo,
Marcelo Haick, que visitou a Agência, na última sexta-feira, dia 12 de fevereiro.
O
Acidente Vascular Cerebral (AVC) é um problema sério de saúde, que anualmente
leva a óbito mais de 120 mil pessoas no Brasil. Para prevenir e tratar esta
doença grave, o Rotary vai investir 300 mil dólares, cerca de 1,2 milhões de
reais, em equipamentos e capacitação de profissionais em Montes Claros e
região.
O projeto de instalação de uma
unidade para tratamento de AVC contemplará a Santa Casa de Montes
Claros com os equipamentos e a capacitação será feita com as equipes do Samu.
Segundo Marcelo Haick, “estes profissionais serão multiplicadores em outras
cidades do Norte de Minas, permitindo a reabilitação dos sequelados pelo AVC
com abrangência regional”.
Um dos coordenadores da
iniciativa, Alexandre Pires Ramos, diretor de projetos da Adenor – conta que do
montante de 300 mil dólares do projeto, 70 mil são originários do Rotary
mineiro e 10 mil dos oitos clubes de Montes Claros, o restante é doação de
americanos. “A Adenor vai ajudar na divulgação do programa e captação de mais
parcerias nas esferas pública e privada. A comunidade precisa dar suporte pois
a iniciativa será um legado na melhora do padrão de atendimento à saúde
regional nesta área de emergência”.
A escolha da Santa Casa se deve
porque o hospital é referência em neurocirurgia e é credenciado pelo SUS para
este tipo de atendimento. O suporte do atendimento será feito pelo SUS através
de protocolo que está sendo firmado com a Santa Casa. Em reunião com a Unimontes,
foi sugerido que desenvolvesse pesquisa para detectar as causas do alto índice
de AVC no Norte de Minas, com apoio da Fapemig.
Socorro Carvalho, da Ouvidoria da
Santa Casa, lembra sobre as realidades diferentes na rotina do hospital, que
vai da alta complexidade dos procedimentos até as deficiências do pronto
socorro superlotado. Segundo ela, “do total de pacientes atendidos, 40% têm
doenças degenerativas e 80% vêm de outras cidades. Daí a importância
deste programa do Rotary, as ações a médio e longo prazos terão desdobramentos
imensuráveis de diminuição dos óbitos e sequelas”.
Pávilo de Miranda, presidente da
Adenor e médico, lembra que “o perfil etário de sobrevida aumenta no país. A
promoção, prevenção e tratamento fazem parte de ações do poder público para dar
mais qualidade de vida aos idosos. Estas ações podem e devem ser intensificadas
com o programa contra o AVC em Montes Claros, já que grande parte das vítimas é
diabética, hipertensa ou tem insuficiência renal. Criar multiplicadores para a
prevenção é fundamental”, pontua.
Para Marcelo Haick, dentre as
discussões de tantos temas importantes pelos membros dos rotarys, o AVC passa a
ser prioridade na área de saúde. “No ano do centenário da Fundação
Rotária, além de estarmos cada vez mais sensíveis às necessidades da sociedade,
buscamos antes as soluções com projetos sustentáveis a longo prazo, como este
de tratamento do AVC, que ganha a iniciativa da fundação e continuará a ser
mantido pelo poder público e comunidade”.
A licitação para compra dos
equipamentos está prevista para abril deste ano. Outras entidades participaram
e se comprometeram a participar do programa, como o Sindicato Rural, Credinor,
CDL, Fundetec e ACI.
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