Operação especial coíbe tráfico de animais silvestres em Minas Gerais
Uma
operação de fiscalização realizada de 17 a 21 de outubro, na região
norte de Minas Gerais, resultou em 23 pessoas presas e a apreensão de
604 espécimes de animais silvestres, duas tarrafas e sete armas de fogo,
além da aplicação de mais de R$ 409 mil reais em multas.
Organizada
pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimentos
Sustentável (Semad), em parceria com a Polícia Militar de Meio Ambiente
(PMMG) e Polícia Civil (PC), a fiscalização abrangeu seis rodovias e
estradas vicinais, principalmente nos municípios de Montes Claros,
Mirabela, Lontra, Japonvar, Guaraciama, Bocaiúva, Januária, Manga,
Bonito de Minas, Curral de Dentro, Ninheira, Fruta de Leite, São João do
Paraíso, Rubelita, Rio Pardo de Minas, Montezuma, Jaíba e Francisco Sá.
A
região Norte de Minas é conhecida nacionalmente como captura e rota de
tráfico de animais, por isso, a necessidade de operações de fiscalização
com bloqueios policiais. Nessa operação foram vistoriados 195 veículos e
fiscalizados 88 alvos.
A
fiscalização conjunta buscou combater o tráfico, principalmente de
passarinhos, papagaios, araras, maritacas e periquitos, além de coibir o
transporte e comércio ilegal de animais da fauna silvestre e
identificar a origem dos animais traficados.
Estudos
realizados indicam que, em geral, a fauna brasileira é retirada do
norte, nordeste e centro-oeste do país e enviada para o sudeste, com
destaque para Minas Gerais, sul e outras regiões do nordeste, por meio
terrestre ou fluvial. Na região do sudoeste baiano, por exemplo, o
tráfico de animais silvestres é apontado como um problema socioambiental
com sérias consequências para a avifauna nativa, sendo que o principal
comércio nessa região ocorre ao longo das rodovias mineiras, bem como em
feiras e pequenos comércios às margens de rodovias.
Além
disso, estima-se que cerca de 38 milhões de exemplares da fauna sejam
retirados anualmente da natureza e que aproximadamente quatro milhões
deles sejam vendidos. “A retirada desses animais na natureza é muito
prejudicial ao meio ambiente, pois, grande parte deles é dispersora de
sementes e polinizadores da natureza, além de contribuírem para o
controle de pragas. Essa retirada pode provocar um distúrbio no ciclo
ambiental”, disse o diretor de fiscalização de recursos faunísticos e pesqueiros, Marcelo Coutinho.
Ascom/Sisema
39151847/ 51844 / 51845
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