Desenvolvimento
de forrageiras resistentes à seca pode ser realidade em Montes Claros
Ricardo Laughton ao lado do presidente da Embrapa, Maurício Antônio Lopes, e o presidente da FAEMG, Roberto Simões |
Em julho de
2009, o Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros firmou um termo de
cooperação técnica com a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais
(Epamig), visto o interesse da região em fomentar a pesquisa e difundir os
processos tecnológicos. O Sindicato Rural ofereceu uma área para implantação da
Fazenda Experimental na cidade, com mais de 30 hectares. “O nosso objetivo foi
implementar e desenvolver a pesquisa agropecuária na nossa região, utilizando
as características do solo, clima e dos recursos hídricos para projetos de
agroenergia, forragicultura e pastagens”, explica Ricardo Laughton, presidente
do Sindicato Rural e vice-presidente da FAEMG.
Ricardo
explica que após o início do pior período de estiagem vivido nos últimos anos,
tornou-se urgente a discussão sobre o desenvolvimento de forragens e gramíneas
resistentes ao clima da nossa região. “Atravessamos um prolongado período de
seca, que já dura cinco anos. Houve uma drástica redução dos rebanhos, lavouras
perdidas, falta generalizada de água em muitos rios, córregos e pequenas
barragens. Nós nos deparamos até mesmo com poços tubulares completamente
secos”, lamenta.
É por isso
que o Sindicato Rural, que já vem trazendo essas discussões para o poder
público, dá mais um passo em direção à pesquisa. “São prejuízos incalculáveis,
que levaram e continuam levando produtores a venderem rebanhos, reduzirem
produção de leite. Precisamos de gramíneas e forragens em geral adaptáveis ao
norte de Minas”, explica.
Para
colaborar com a busca de alternativas para o resgate socioeconômico da região,
o Sindicato sugeriu o desenvolvimento de uma gramínea de boa produtividade e
alta resistência à seca. “Já temos um pré-projeto de apoio à pesquisa do
Instituto da Confederação da Agricultura e Pecuária, - sistema do qual fazemos
parte, sendo representantes oficiais da classe rural - que visa a seleção,
adaptação e desenvolvimento de forrageiras tolerantes e resistentes à seca no semiárido
brasileiro. Agora, contamos com a disposição da Embrapa para a disponibilização
de um técnico para atuar na nossa Fazenda Experimental, além de disponibilizar
estudos, pesquisas e materiais genéticos com essa finalidade”, esclarece.
Ricardo ainda destaca que as gramíneas e forrageiras produzidas pela pesquisa
darão suporte e sustentabilidade as áreas de sequeiro, viabilizando a economia
rural.
Vanessa Araújo
Assessoria
de Comunicação
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