sábado, 10 de junho de 2017

SEM EDUCAÇÃO: ALUNOS ESPECIAIS SEM TRANSPORTE

Ônibus quebrado tira alunos da escola em Montes Claros
Veículos adaptados estão parados prejudicando o acesso de estudantes com necessidades especiais à educação

Márcia Vieira
Montes Claros
10/06/2017 - 05h36 - Atualizado 10h40

A dona de casa Eva Aparecida Silva é moradora do residencial Minas Gerais e mãe de uma criança especial de 12 anos de idade. A filha S.S., está há dois meses sem frequentar a escola porque o veículo do município que faz o transporte de alunos especiais estaria quebrado. Os veículos foram adquiridos entre 2013 e 2015, quando a frota de coletivos escolares passou por uma renovação. Hoje, os ônibus não passam e, segundo Eva, a prefeitura não deu informações sobre quando o serviço será retomado.
“Em todas as vezes que estive no setor, recebi a mesma resposta de que o problema seria resolvido na semana seguinte. Mas desta última vez chegaram a me dizer que não existe nem previsão para resolver a situação. Minha filha tem direito de ir à escola”, diz Eva.
De frota nova, cinco ônibus são adaptados para pessoas com deficiência locomotiva, com capacidades para 22, 31 e 44 passageiros. Além do motorista, os veículos circulavam com um monitor para acompanhar os alunos especiais.
Recentemente, o prefeito de Montes Claros disse a emissora local de TV que “para atender ao grande contingente de estudantes, disponibiliza transporte gratuito, garantindo que todos tenham o direito de acesso à educação”. Ele ainda garantiu que que “todos os problemas referentes ao transporte escolar estariam sanados”.
Porém, o vereador Valcir da Ademoc (PTB), que também foi procurado pela mãe de aluna prejudicada, aponta que, apesar de a Constituição garantir a educação como um direito de todos, o município não cumprido a determinação. “Infelizmente todo o trabalho está se perdendo, com a falta de atenção a esta área”, afirmou Valcir, que orientou a dona de casa a entrar com representação no Ministério Público.

RESPOSTA

A O NORTE, o secretário de Educação, Benedito Said, primeiro, afirmou não ter “conhecimento do problema”. Horas depois, informou que “a situação é decorrente de processo de licitação, mas que já estaria sendo resolvida e que na próxima segunda-feira, três dos cinco ônibus voltarão a circular, entre eles, o que vai atender a necessidade da moradora Eva Silva”.


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