quinta-feira, 10 de agosto de 2017

SERVIDORES PRESSIONAM PARA DERRUBAR VETO

Servidores municipais pressionam por salário maior; categoria prepara mobilização
Categoria se mobiliza para comparecer em sessão da Câmara que vai apreciar veto do prefeito a reajuste
Márcia Vieira
Montes Claros
08/08/2017 - 22h09 - Atualizado 22h35

Servidores municipais preparam uma mobilização para o próximo dia 15. O objetivo é cobrar do Executivo o reajuste para a categoria, prometido durante a campanha eleitoral, pela atual gestão. O protesto já começou a ser organizado pelas redes sociais e ganhou força após o veto do prefeito à emenda ao orçamento 2018 (autoria do vereador Wílton Dias), que garantia ao menos a reposição da inflação para o funcionalismo. A estratégia dos servidores é ocupar a Câmara Municipal no dia em que os parlamentares vão apreciar o veto.

Os servidores já haviam demonstrado insatisfação ao terem os salários corrigidos em índice inferior ao pleiteado e posterior à data base. Além disso, a decisão teria sido tomada à revelia da categoria, sem a participação do sindicato. Em carta aberta, funcionários acusam o Executivo de “contrariar o discurso político feito em campanha” e reafirmam a decisão de pressionar os parlamentares.

“Os vereadores podem derrubar esse veto, podem aprovar o projeto mesmo que contra a vontade do prefeito. O que precisamos é de união. Temos que mostrar a nossa força e lotar o plenário”, diz o texto.

VONTADE POLÍTICA
O autor da emenda no orçamento explicou a necessidade de regularizar a concessão de reajustes. “Com a mudança de gestão o servidor ficou subordinado à vontade política do prefeito, o que não é justo. Queremos que isso seja inserido nos orçamentos, ou seja, na LDO (Lei Diretrizes Orçamentárias), que é o primeiro orçamento depois do Plano Plurianual, e colocado na Lei Orgânica do município”, afirmou.

Para Wílton Dias, a mobilização dos funcionários públicos é pertinente. “Isso transfere para nós uma responsabilidade ainda maior, a de poder fazer aquilo que é justo, aquilo que é legal”.

Uma das justificativas do Executivo é que a alteração pleiteada pelo vereador “provoca claro aumento de despesas com pessoal”. Se derrubado o veto, a Câmara sanciona o projeto e a medida passar a vigorar a partir de 2018.

O NORTE tentou contato com a Secretária de Planejamento, mas não obteve retorno até o fechamento da edição.


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