Servidores municipais pressionam por salário maior;
categoria prepara mobilização
Categoria se mobiliza para comparecer em sessão da
Câmara que vai apreciar veto do prefeito a reajuste
Márcia Vieira
Montes Claros
08/08/2017 - 22h09 - Atualizado 22h35
Servidores municipais preparam uma mobilização para o próximo
dia 15. O objetivo é cobrar do Executivo o reajuste para a categoria, prometido
durante a campanha eleitoral, pela atual gestão. O protesto já começou a ser
organizado pelas redes sociais e ganhou força após o veto do prefeito à emenda
ao orçamento 2018 (autoria do vereador Wílton Dias), que garantia ao menos a
reposição da inflação para o funcionalismo. A estratégia dos servidores é
ocupar a Câmara Municipal no dia em que os parlamentares vão apreciar o veto.
Os servidores já haviam demonstrado insatisfação ao terem os
salários corrigidos em índice inferior ao pleiteado e posterior à data base.
Além disso, a decisão teria sido tomada à revelia da categoria, sem a
participação do sindicato. Em carta aberta, funcionários acusam o Executivo de
“contrariar o discurso político feito em campanha” e reafirmam a decisão de
pressionar os parlamentares.
“Os vereadores podem derrubar esse veto, podem aprovar o
projeto mesmo que contra a vontade do prefeito. O que precisamos é de união.
Temos que mostrar a nossa força e lotar o plenário”, diz o texto.
VONTADE POLÍTICA
O autor da emenda no orçamento explicou a necessidade de
regularizar a concessão de reajustes. “Com a mudança de gestão o servidor ficou
subordinado à vontade política do prefeito, o que não é justo. Queremos que
isso seja inserido nos orçamentos, ou seja, na LDO (Lei Diretrizes
Orçamentárias), que é o primeiro orçamento depois do Plano Plurianual, e
colocado na Lei Orgânica do município”, afirmou.
Para Wílton Dias, a mobilização dos funcionários públicos é
pertinente. “Isso transfere para nós uma responsabilidade ainda maior, a de
poder fazer aquilo que é justo, aquilo que é legal”.
Uma das justificativas do Executivo é que a alteração
pleiteada pelo vereador “provoca claro aumento de despesas com pessoal”. Se
derrubado o veto, a Câmara sanciona o projeto e a medida passar a vigorar a
partir de 2018.
O NORTE tentou contato com a Secretária de Planejamento, mas
não obteve retorno até o fechamento da edição.
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