quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

VISITA À REDAÇÃO

VISITA À REDAÇÃO

da querida e sempre bem vinda, RAQUEL MUNIZ. 
Na foto: Carlos, Márcia, Raquel e Cris

MORADORES COBRAM CONCLUSÃO DE VIA



Moradores cobram conclusão de via

Avenida Brasília chegou a ser preparada para receber o asfalto, mas gestão atual não concluiu o serviço

Márcia Vieira
Montes Claros
15/12/2017 - 23h25 - Atualizado 23h30
Moradores da avenida Brasília, na divisa entre os bairros Maracanã e Nossa Senhora das Graças, convivem diariamente com situações de risco em decorrência da falta de pavimentação da via. O trecho já recebeu obras de drenagem e preparação para receber a cobertura na gestão passada, mas não foi asfaltada pela administração atual. Em vez da urbanização, os moradores têm que encarar, todos os dias, a lama, o lixo e muito entulho. 
A moradora Sabrina Mendes está assustada com a quantidade de animais peçonhentos que tem aparecido na residência dela e na dos vizinhos por causa do acúmulo de resíduos onde deveria haver asfalto. A filha de 10 anos chegou a transportar até a escola, sem saber, um escorpião amarelo. 
“Ao abrir a mochila, minha filha encontrou o escorpião e pediu a ajuda da professora, que retirou o bicho e me avisou da situação. Estou revoltada com isso. São muitas as crianças nesta rua correndo risco dia e noite”, conta. Ela revela ter procurado a prefeitura por diversas vezes, sem receber resposta sobre pavimentação e limpeza.
“É apenas um pedaço de rua que já recebeu a drenagem na administração passada e está pronta para ser asfaltada. Queria encontrar o prefeito e perguntar a ele por que não resolve a nossa situação. Votei nele e estou muito arrependida”, diz Sabrina.
A estudante universitária Larissa Mota também reclama da falta de compromisso da prefeitura com os moradores da rua. Ela e outros vizinhos solicitaram ajuda de vereadores para colocar fim ao drama. 
“É uma falta de vergonha a prefeitura não assumir a responsabilidade de cuidar da cidade. O dinheiro público está indo pra onde? Somos excluídos porque eles só enxergam mato, então acham que aqui não tem morador. A coleta de lixo não chega aqui”, reclama. 
TEMOR
O temor das duas contribuintes é que, com a recente aprovação do projeto de lei que autoriza moradores a custearem o asfaltamento de ruas por conta própria, a via seja esquecida de vez pela administração municipal.
“Sou só uma dona de casa. Não tenho condição de pagar asfalto. Isso é obrigação da prefeitura, não dos moradores. Quando a gente conta, as pessoas pensam que é uma piada, de tão absurda. E se não vai asfaltar, que pelo menos limpe a nossa rua”, desabafa Sabrina Mendes. 
O vereador Valcir Soares (PTB) foi quem recebeu a reclamação dos moradores e já se posicionou sobre a situação. “Encaminhamos ofício ao prefeito pedindo explicações. Aqueles moradores pagam imposto e são tão importantes quanto aqueles que estão numa rua asfaltada”, disse.
LIMPEZA
Para o vereador, os panfletos distribuídos pela prefeitura na campanha de combate à dengue não correspondem à realidade desta e de outras regiões da cidade.
“No papel é tudo muito bonito. Eles agradecem a chuva e dizem não à dengue, mas na vida real não é isso o que acontece. A equipe não é suficiente e não existe limpeza nos espaços públicos. A prefeitura não faz o dever de casa”, denuncia o parlamentar.
A reportagem entrou em contato com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Montes Claros para saber sobre a previsão de pavimentação da rua e a limpeza de áreas públicas e lotes, mas não recebeu retorno até o fechamento desta edição.

TEXTO CONVIDADO: MARA NARCISO

TEXTO CONVIDADO: MARA NARCISO

Sem teto/ Mara Narciso

Depois de um tempo fora de casa, por viagem ou trabalho, voltar, tomar um banho, comer, fazer algo relaxante, e enfim, se deitar, não é tudo, mas é bom. Sinta-se privado disso por uns dias e entenderá o que vem a ser chegar a hora de descansar e não ter para onde ir.

Um dia alguém teve um lar, mas foi expulso pelas circunstâncias, pobreza, droga, álcool, desilusão amorosa, desemprego, brigas, alguns dos múltiplos caminhos da ruína social. Largado no desconhecido, tem de morar na rua, dormir ao relento abraçado às ameaças noturnas e diurnas, chuva, frio, pancadas morais como rejeição, exclusão e físicas como sujeira, fome, espancamento, perda da vida. Dentro da guerra, não é permitido repousar, se esconder dos olhos alheios, ter privacidade, banheiro, banho. Ali, ainda que as pessoas em situação de rua se tornem invisíveis para os transeuntes e o poder público, não podem largar seu estado de alerta. A ameaça é onipresente.

Nos extremos da ausência de pouso, reina a dor. Não ter para onde voltar gera uma espécie de despersonalização, com a pessoa solta no mundo, sem referência, sem um lugar para se ocultar, sentar, estirar, guardar seus pertences. Como é viver em tal tensão? Um a um, os músculos se contraem, os órgãos se desarmonizam, desandam em disfunção e adoecem.

Eu, portadora de asma, tendo a casa pintada, destacadas as diferenças, senti-me sem um canto para me esconder durante três dias e duas noites iniciais, que se prolongaram por semanas. Foi um sonho ruim, sem descanso, sem privacidade, sem sossego. Nada fatal, mas doloroso. Segunda-feira os pintores desmontaram a sala de estar e de jantar. Não tinha onde ficar nem onde comer. Mudei-me para a cozinha. Lá podia me sentar e esperar a comida. Meu quarto também foi desmontado, com móveis cobertos no centro do cômodo, sendo desligada a internet fixa.

Escarificaram as partes fofas das paredes, passaram massa corrida e depois as lixaram. Para um asmático, o pó é pior do que os vapores emanados pelas tintas. É sufocamento por obstrução dos brônquios, peso no peito, tosse e chiado. Tive de ser medicada. Num certo dia, almocei e corri para o consultório, ficando o mínimo de tempo em casa. Na quinta e sexta-feira, dormi num colchão no chão da cozinha, usando a bombinha, porque o cheiro estava lá. Amigos me ofereceram hospedagem, outros me sugeriram um hotel, mas como? A gente vigiando, metade das coisas se sujam e se quebram, às vezes até somem. O jardim se acaba. Jogaram tinta em cima do meu pé de araçá e solvente sobre a grama. Pintar a casa equivale a um incêndio.

A agonia de não ter o nosso lugar, não poder cumprir o ritual que nos faz gente, traz insegurança, uma quase moléstia. Quando fui morar em Belo Horizonte, nos três anos de residência médica, passei por situação semelhante, pois morei em república, pensionato, casa de um tio, casa de uma prima, montei um apartamento com minha irmã, enfim, um périplo de improvisações que tiveram seus momentos de insegurança, por estar de malas prontas, meio acampada, situação em que a temporalidade era o dado mais marcante.

Moro nesta casa há 19 anos, e me vi impedida do básico: respirar. No sexto dia, pude voltar a uma relativa normalidade, mas com a residência cheia de estranhos. O fato me desgastou de tal forma, que me lembrei da coletividade, pensando nas pessoas que em caráter permanente não têm onde morar. Não por questão de posse, mas de sossego. O ódio contra os sem teto é tão grande que índios Galdinos existem em qualquer lugar. Todos os dias moradores de rua são assassinados. Depois da exclusão social, a faxina estética pela expulsão, jatos de água, demolição de acampamentos, levantamento de muros, esmagamento da cabeça por pedrada (como morreu Galinheiro, que odiava esse apelido), e desse modo, adultos e crianças vão perdendo suas vidas.

Não ligo se acham que é demagogia, mas meu desconforto de algumas semanas serviu para eu pensar na nossa falta de humanidade. A sociedade é responsável pelas suas criaturas, todas elas, e sem emprego, saúde, educação e moradia, não há dignidade, não há cidadania. Oferecer oportunidade para todos, mesmo sabendo que alguns se destacarão, e outros falharão, é um dever do Estado que exige a contrapartida do cidadão. Só assim nos tornaremos civilizados.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

WESLEY GONÇALVES COMUNICA....

WESLEY GONÇALVES COMUNICA...

Caros amigos e colegas, Jornalistas. 
Bom dia...

Comunico oficialmente, a minha saída da equipe de assessoria do MONTES CLAROS VÔLEI. Os motivos que me levaram a tomar essa decisão são pessoais. Aproveito para agradecer ao Andrey Souza pela oportunidade e aprendizado nesses 7 meses de convivência quase que diária com pessoas tão competentes e dedicadas. Saio com a sensação de dever cumprido dentro do que me foi proposto. Aos amigos que fiz no escritório e na equipe, um agradecimento especial e saibam que os levarei por toda a vida. Obrigado e nos vemos nas arquibancadas do Ginásio Tancredo Neves, na torcida pelo nossa equipe. #GOMOC!
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Jornalista Wesley Gonçalves
Assessoria e Comunicação

TEXTO CONVIDADO: LUCIANO MEIRA

TEXTO CONVIDADO:
LUCIANO MEIRA

A LUZ QUE NÃO SE ACENDE

Luciano Meira 

Desde o inicio de novembro, donos de pequenas empresas começaram a vestir roupa nova em seus estabelecimentos. Uma pintura na fachada e uma renovação no estoque deixam clara a expectativa de maiores lucros na época natalina.
O clima de Natal, além de trazer as bênçãos de Deus, proporciona na população algo de belo, num encantamento quase sobrenatural. As pessoas ficam afáveis e entram em confraternização. Essa sensibilidade nos lembra a estrela de Belém guiando os Reis Magos para homenagear o Divino Infante.
A confraternização sugere a união de todos, em prol de um mesmo objetivo: homenagear o Menino Deus com tudo de maravilhoso. Esse espírito se expande pelos lares, pelos corações das pessoas de bem, e da beleza do local, gerando um ambiente festivo, que leva a eclosão de bons negócios.
Na imaginação da beleza, pensamos nas luzes brilhando nas praças, nas ruas centrais e nos comércios dos bairros, no entanto, nos deparamos com a indiferença do Prefeito e seus assessores que, na ânsia por arrecadar, perdem o interesse em desfrutar o espírito natalino com a população. Encastelados num Gabinete do Paço Municipal, onde trocam elogios mútuos, a soberba não é sentimento raro, e o poder público acaba por deixar à deriva o destino da cidade.
As entidades de classe deveriam ser interlocutoras entre os empreendedores e o Prefeito, para que o tom natalino se alastrasse na cidade, pois foram elas que depositaram sua esperança na atual administração, mas estão desapontadas com o engano.
Na área central da cidade existem mais de 3.200 pequenas empresas, outras de grande porte e instituições bancárias que, naturalmente, contribuem com impostos, e deveriam receber maior atenção da Prefeitura.
As mais de setenta praças da área central e dos bairros, além de estar abandonadas, até o momento não receberam nem sequer o brilho de um “vaga-lume”, que sugerisse o momento natalino.
Nos doze maiores bairros da cidade, onde já existe uma próspera área comercial, o município, óbvio, também arrecada impostos, mas não altera a infra-estrutura lá existente (isso quando de fato exista). Uma decoração de Natal, ainda que singela, melhoraria o ambiente, proporcionando aumento das vendas locais.
No passado, quando a cidade era menor, os prefeitos pareciam mais sensíveis e as entidades de classe cumpriam seu papel, faziam o setor privado funcionar e cobravam do setor público apoio e meios para a cidade brilhar em seus festejos.
Temos boas lembranças de líderes classistas como Geraldino Boutique, Álvaro Paulino, Toledo Jóias Palladium, Fagundes da Universal Jóias, e tantos outros empreendedores que, sem a tecnologia de agora, acendiam luzes por toda a área central da cidade, promovendo beleza e encantamento na população.
No ano passado, pelo segundo ano consecutivo, os empreendedores do Quarteirão do Povo, com o incentivo do SEBRAE e o apoio da artista plástica Adriene Tupinambá, usando materiais recicláveis, decoraram aquela via pública. Ainda que tenham feito o que deveria ser uma obrigação municipal, foi um bom exemplo e uma lição, pois, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.    
Em vez de planejar as festas de fim de ano, o  município faz silêncio, proporcionando uma escuridão sem igual, confirmando sua incapacidade em trocar as 18.000 lâmpadas antigas das vias públicas da cidade, para o sistema de lâmpadas LED, que tem um melhor raio de iluminação, e economiza trinta por cento de energia.
Como marca luminosa desta gestão que fracassa permanecem a falta de planejamento e de visão de futuro, enquanto a infeliz população engole as bravatas do Prefeito, que se gaba de resolver o problema do Zoológico, com uma canetada, fechando seus portões. Com a caneta assina mais uma vez seu atestado de incapacidade de manter em funcionamento um dos poucos locais públicos ainda frequentados por ampla parcela da população.
Não fazem nada, mas fazem isso com Montes Claros.


domingo, 10 de dezembro de 2017

POLÊMICA: PREFEITO ENCURRALADO

POLÊMICA-
PREFEITO ENCURRALADO
Depois de usar como mote em sua campanha eleitoral a falsa notícia de que acabaria com a taxa de lixo, o prefeito de Montes Claros está sendo pressionado para cumprir o que prometeu aos seus eleitores. Tendo sido homem de confiança do Governo Collor, primeiro presidente a sofrer impeachment no Brasil por corrupção, o então deputado, porta-voz de Collor e defensor da sua permanência na presidência naquela ocasião, é agora prefeito de uma cidade com cerca de 400 mil habitantes e não sabe o que fazer, depois de conquistar o tão sonhado cargo. Com passagem opaca pelo Tribunal de Contas,  era de se esperar que conhecesse minimamente de leis. Prometeu acabar com a taxa de lixo sabendo que o tributo é legal, necessário e que jamais poderia fazer recusa de receita. Ainda assim, persistiu e utilizou o argumento para convencer a população. Se sabia, mentiu.  E pela lesão a população, deverá ser punido. Se não sabia, demonstrou que desconhece as leis e portanto, não está mesmo preparado para governar uma cidade do porte de Montes Claros. Daí a explicação para o alto nível de rejeição que conquistou em um ano de governo (e alguns chamam de "desgoverno"), até mesmo entre seus fiéis seguidores. Em recente entrevista a emissora de TV, o prefeito admitiu que seu antecessor estava certo e que jamais poderia extinguir o tributo. Entre a cruz e a caldeirinha, restou ao prefeito enviar a câmara um projeto que aparentemente acaba com a taxa, depois de muita pressão do Vereador Wilton Dias.  Mas que fique bem claro. O projeto não acaba com a taxa. Mascara mais uma das situações que o prefeito, com atuação pífia em todos os setores da administração, não consegue conduzir. Para Wilton Dias, haverá redução. Se houver, de fato, o mérito não é do prefeito e sim da câmara, que lutou dentro daquilo que era possível para socorrer o cidadão. Vale lembrar que uma ou outra situação pontual, a administração que está se arrastando e vivendo os dias  no "Mundo de Alice", só simula uma reação quando muito cobrada pela mídia. Já o vereador Idelfonso, tece sérias críticas ao prefeito, dizendo que o projeto, como tudo que o prefeito envia à câmara para ser votado, está confuso e é uma enganação. A qualidade do serviço, que já não existe, será ainda mais afetada. Confira os vídeos: