Dança que transforma vidas
Ação social da Escola Pássaro Azul ajuda na
inserção social de jovens e revela talentos
Márcia Vieira
O Norte - Montes Claros
29/12/2018 - 06h21
Fundada
em Montes Claros há sete anos, a Escola de Dança Pássaro Azul é uma prova de
que a arte é importante ferramenta para a inclusão social. A escola oferece
bolsas para crianças e jovens carentes, que, por meio do aprendizado de passos
e movimentos, desenvolvem também qualidades como a autoestima e confiança –
importantes para a formação e conquista de um futuro melhor.
A
escola já revelou talentos como a aluna Maria Eduarda Durães, que há três anos
está em Joinville (SC) como aluna do Balett Bolshoi, um dos mais importantes do
mundo.
A
importância da escola foi reconhecida neste mês pela Câmara Municipal de Montes
Claros, que concedeu à instituição a placa de “Mérito Cultural Cândido Canela”,
por meio de iniciativa do vereador Marlon Xavier (PTC).
“É
uma maneira de apoiar e incentivar a arte, a dança e os movimentos culturais,
uma vez que esta escola realiza um trabalho muito importante na cidade, que é
de oferecer bolsas a alunos carentes e dar oportunidade para que eles
desenvolvam seu potencial”, disse o vereador.
A
dona da escola, Mara Meira David, destacou a importância da homenagem como
reconhecimento do trabalho e espera que o gesto da Câmara chame a atenção do
poder público e da sociedade, possibilitando parcerias para o desenvolvimento
do projeto social.
“Quantitativamente
ainda é pequeno o nosso trabalho social. É uma escola particular e a renda vem
das mensalidades. Mas fizemos um processo seletivo e percebemos tantos talentos
que resolvemos aumentar a quantidade de bolsas. Espero que com este
reconhecimento possamos abrir mais portas. Estou muito feliz com essa
homenagem”, declarou.
A
escola tem 12 professores e 150 alunos. Para ter acesso às bolsas, que vão de
30% a 100%, os candidatos passam por audição, quando são avaliados pela equipe.
“Temos
aulas de sete estilos de dança, do clássico ao contemporâneo. Oferecemos a
bolsa integral para o balé clássico porque ele é a base, a porta de entrada
para outras danças. Mas temos alunos que já estão fazendo jazz e acrobacias.
Tem muitos talentos na cidade que precisam de estímulo. Devo a minha carreira a
uma oportunidade que tive de ter uma bolsa. Sei como isso é importante”,
confessa Mara.
Uma
aluna que pretende seguir carreira na dança e se emociona ao falar da
oportunidade na Pássaro Azul é Jhenifer Oliveira Rocha, de 13 anos, que há quatro
recebeu o incentivo da escola.
“Foi
uma grande oportunidade, afinal, não poderia pagar as mensalidades. Foi muito
importante ter alguém que acredita em mim, que me motiva e que me incentiva
sempre. É na dança que eu me encontro e recebo oportunidades para me
desenvolver cada vez mais”, revela.
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