segunda-feira, 3 de maio de 2021

FRUTICULTOR ATINGE 70% DE PRODUÇÃO DE BANANA EXTRA


Fruticultor atinge 70% de

produção de banana Extra

Melhorar a qualidade do produto também é foco do ATeG

Depois de um ano de acompanhamento, o fruticultor Felipe Eduardo Simões Gomes, em Janaúba, já está colhendo um aumento de até 70% na produção de banana Extra. Esse resultado é fruto da Assistência Técnica e Gerencial do Sistema FAEMG/SENAR/INAES desenvolvido pela Engenheira Agrônoma, Paola Junayra Lima Prates, mestre em produção vegetal no semiárido. A fazenda de Felipe tem 10 hectares de banana plantada.  O produtor chega a colher 430 caixas a mais de banana de melhor qualidade.  “Quando iniciei o trabalho nessa área tirávamos em média 900 caixas por mês, desse total apenas 200 eram de 1ª, que seria a Extra, uma porcentagem bem baixa.  Mas, passamos a fazer o tratamento, seguindo como pede a receita, e em momentos de boa safra, já tiramos por exemplo 630 caixas”, explica o produtor. 



Sucessão Familiar

Felipe segue os passos do avô e do pai. A família iniciou o investimento em fruticultura em 1997 quando começaram os projetos de incentivo à atividade na região. Ele se afastou do meio rural e retornou em 2018. Há um ano e 10 meses foi iniciado o trabalho de assistência técnica pelo Senar Minas. Felipe conta que ao retomar os trabalhos na fazenda encontrou parte do bananal com deficiência de adubo e de água e chegou a derrubar e renovar algumas áreas. Segundo Paola foram várias recomendações implementadas e que ajudaram a melhorar a qualidade do fruto.  Uma delas é a análise do solo que nunca tinha sido feita na propriedade. A partir da interpretação dessa análise é possível atingir um equilíbrio nutricional e promover o manejo da adubação adequado. Também foi feito o monitoramento de pragas e doenças, observando a evolução dos sintomas/lesões na planta e a uso de iscas e armadilhas, técnica que ajuda a avaliar se a população da praga está no nível de dano econômico. Foi realizada também a adoção de práticas e tratos culturais a partir do calendário da propriedade, a renovação de partes do bananal e o auxílio na orientação do preço de comercialização.

Classificação da banana

A banana é classificada pelas categorias Extra e Média. A Extra, considerada de primeira, tem tamanho e diâmetro maiores. Essa classificação interfere no preço do fruto. O valor depende da época do ano, de oscilações do mercado e de outros fatores.

Mas, por exemplo, atualmente em Janaúba a caixa de 20 quilos da banana extra custa R$ 44.00 e da banana média, R$ 32.00. “Há épocas em que essa diferença de preço é maior.  O mercado consumidor está bem exigente, paga mais caro por um fruto de maior calibre.  Assim produzir bananas com uma classificação melhor faz com que o produtor tenha um retorno financeiro maior”, destaca a técnica de campo, que explica que embora a banana atinja o diâmetro e comprimento esperado, se o fruto tiver algum tipo de dano, ele pode ser descartado. “O foco do trabalho da assistência técnica não é apenas no aumento da produtividade, mas, também o aumento de produtividade especialmente na qualidade que reflete na remuneração do produtor rural”, destaca Dirceu Martins, Gerente do Escritório Regional do Senar Minas.

A produção mensal da fazenda é de pelo menos 800 caixas por mês. Hoje, o fruticultor já consegue manter o equilíbrio entre as bananas Extra e Média, chegando a 50% de produção de cada uma, de acordo com o período da safra. Antes da assistência em sua propriedade, a quantidade de banana Extra correspondia apenas a 20% de toda sua produção. Atento às alterações do mercado, Felipe também busca atender ao gosto do momento do consumidor. “O mercado hoje está querendo mais a banana média, e a Extra está sobrando no mercado. Eu tento produzir uma banana média mais barata, de qualidade, pesada e que atinja os 20 quilos da caixa mais rápido com menos penca, mas ter lucratividade”, esclarece o fruticultor.



Assessoria : Ana Medeiros / Montes Claros

 

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