Da
Europa Meridional para o cerrado: Milan Celic, gigante sérvio
Natural de Klek, na província de Voivodina, a 86km de
distância de Belgrado, capital da Sérvia, Milan Celic, de 2,01m,
98kg, tem passagens por diversas equipes do mundo, apesar da pouca
idade (27 anos), e atravessou o Atlântico para realizar o sonho de
jogar a Superliga. O sérvio desembarca em Montes Claros no próxima
dia 23, quando se junta aos demais colegas na terra até então
desconhecida para ele.
Sem muita intimidade com o português, o que ele espera
não ser uma dificuldade de adaptação, o sérvio teve de gastar o
seu inglês para falar com a gente. “Será difícil ficar longe dos
amigos e da família, mas farei novas amizades no Brasil, com os
colegas de equipe, com a torcida”, conta Milan. “Eu amo o povo
daí. Todos que conheci foram muito legais comigo. Mal posso esperar
para chegar. Em poucas palavras, eu amo o Brasil”, pontuou.
Celic é casado, mas a princípio virá ao Brasil
sozinho. “Tenho uma esposa e estamos juntos há cincos anos. Ela
irá para Brasil em outubro”, disse o sérvio, que ainda
confidenciou sorridente um desejo: “Não temos filhos, mas
esperamos que eles venham no Brasil!”
O sangue de Milan parece trazer uma linhagem bem forte.
Apesar de pequeno, o vilarejo onde nasceu, Klek, de apenas 3mil
habitantes, é também berço dos irmãos supercampeões sérvios
Nikola e Vladimir Grbic, que atuaram pela antiga Iugoslávia. “Lá
(em Klek), todo mundo joga vôleibol. Eu comecei com dez anos de
idade”, conta.
E o nome de campeão faz juz. Milan tem dois Campeonatos
Sérvios, uma Copa e uma Supercopa da Sérvia, pelo Red Star, e um
extenso currículo. “Já joguei no Irã, Líbano, em Smederevo, no
Klek, no Red Star, na Turquia e joguei a última temporada em
Montenegro. Disputei duas vezes a Champions League”, disse Celic.
Ele diz estar vivendo o melhor momento da carreira
agora, que está chegando ao MOC Vôlei. “Estou muito feliz e
orgulhoso”, conta. “Foi a melhor conquista da minha carreira
quando fechei com o Montes Claros. Estou tendo aquela chance única
da vida de jogar em uma das melhores ligas do mundo e passar dez
meses no Brasil. É um prazer jogar com estrelas de nível mundial”,
completou.
“Estou com grandes expectativas. Para mim é uma honra
poder jogar a Superliga, com jogadores de alto nível, onde todas as
equipes são fortes”, pontuou. “Não será fácil. Espero estádio
cheio nas partidas em casa”, frisou Milan, que revelou ser fã de
grandes nomes do voleibol brasileiro, em especial um futuro colega na
nova temporada.
“Será um prazer jogar ao lado de André Nascimento.
Um astro e grande jogador”, confidenciou. “Meu ídolos no
voleibol brasileiro são Dante, Giba e o André. Mas não diga ao
André, ele vai ficar chateado comigo por ser o terceiro (risos)”,
implorou Milan, em tom de brincadeira. “Gosto tambem do (Leandro)
Vissoto, do Rafael, do Lucas e do Gustavo; ele é como uma parede”,
se referindo ao central do Canoas. “No futebol, sou fanático pelo
Manchester United (da Inglaterra). No Brasil, sou fã do Santos e do
Flamengo."
Não por acaso, o Flamengo é um dos times por onde um
compatriota de Milan passou e fez história: Petkovic. Perguntei a
Celic se ele está ciente da idolatria que o fã de esporte
brasileiro tem por Dejan e se ele pretende alcançar o mesmo status
que Petkovic, porém no voleibol. “Sim, Petkovic é uma estrela no
Brasil. Espero repetir o sucesso dele no Montes Claros. Será o
suficiente para mim”, finalizou. Se depender da simpatia, não
demorará muito para Celic cair nas graças da torcida.
Texto: Cid Bruno/MCV
Fotos: Divulgação
Fotos: Divulgação
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