Com
mais uma medalha no peito, Leandro Dutra veio, foi, mas já volta
Juiz-forano de 38 anos, Leandro
Dutra é uma das bases fortes do MOC Vôlei para a temporada 2015/2016.
Experiente auxiliar técnico, está há quase dez anos realizando trabalho
contínuo na base da Seleção Brasileira. Conhecedor das diversas atividades da
comissão técnica e também com conhecimento de dentro das quadras, Leandro
revela inclusive que jogou contra André Nascimento quando foi atleta de voleibol
em Juiz Fora, dos 9 aos 19 anos.
Leandro foi jogador das
categorias de base do vôlei. Em Juiz de Fora, jogou pelo Clube Bom Pastor, onde
enfrentou o então iniciante André Nascimento, que à época era atleta do Sport
Club. Mesmo com a iniciação precoce no esporte, o auxiliar se aventurou em fora
do esporte antes de optar pela graduação em educação física. “Decidi no
vestibular passar para outra área da educação que não educação física, e logo
em seguida vi que não era a minha praia”, conta Dutra, que optou inicialmente
por cursar Engenharia Civil, onde ficou menos de um período. “Decidi então fazer
educação física e sempre valorizei isto. Entrei um pouco mais tardiamente, com
20 para 21 anos, então já sabia que queria trabalhar com voleibol e com ensino
superior de educação física.”
Decidido no caminho
profissional, Leandro investiu e não parou mais. “Sou graduado em educação
física com duas especializações, em fisiologia e treinamento esportivo, e tenho
mestrado em treinamento esportivo, pela UFMG.” Na UFMG Leandro estudou a área
de conhecimento aprendizagem motora. “É onde consigo ter algumas respostas
parar aplicar no meu dia a dia como treinador. Contribui bastante neste
sentido.”
SELEÇÃO
BRASILEIRA JUVENIL
Leandro ainda tem compromissos
com a Seleção Brasileira antes de se apresentar definitivamente ao Montes
Claros, mas os planos dele são de se juntar à equipe ainda antes da estreia na
primeira competição. Ele passou duas semanas na cidade, acompanhando os treinos
e trabalhos e montando um panorama da equipe com a qual irá trabalhar nesta
temporada. “Em função do calendário, provavelmente retorno a Montes Claros na
terceira ou quarta semana de agosto. Como a equipe já terá alguns compromissos,
quero estar presente quando houverem jogos oficiais.”
O auxiliar viajou novamente na
última segunda (13) com a Seleção Brasileira Juvenil, que excursionará
incialmente pela Itália e Polônia, onde realizará jogos preparatórios. Em seu
último compromisso com a equipe nacional de base, Leandro voltou ao país com mais
uma medalha de ouro. “Fomos campeões da Copa Pan-Americana. Vencemos todos os
cincos jogos; foram três na fase classificatória, semifinal e final. O último
jogo foi contra os Estados Unidos, que vencemos por 3 a 0”, conta.
Com a seleção há quase 10 anos,
Leandro afirma que o trabalho de base é de extrema importância para a
continuidade do esporte. Tanto para a equipe principal, quanto para os atletas.
“Hoje, muito dificilmente um atleta chega à seleção principal sem passar pelo
juvenil”, frisou. Exemplos disso são jogadores como Lucarelli, Lucas Lóh,
Maurício Borges e Isac, de gerações mais recentes, que trabalharam com o
auxiliar no time juvenil nacional.
VIDA
PESSOAL
Com a vida profissional agitada
e passando boa parte do seu tempo viajando, Leandro ainda encontra tempo para a
família, que vive em Belo Horizonte, onde ele tem residência. Casado com Elaine
Dias, eles têm o pequeno Guilherme, de 5 anos. “Provavelmente em janeiro
tenhamos um tempinho a mais juntos. Meu filho estuda, então temos que ver como
fica o calendário para a gente poder se organizar. Mas, provavelmente eu vou
para Belo Horizonte em janeiro ou eles vêm para cá”, conta.
Comunicativo, em sua primeira
passagem por Montes Claros Leandro criou laços que ainda mantem. Exemplo disso
foi um de seus primeiros compromissos pessoais na cidade: visitar um velho
amigo. “De certa forma construímos algumas amizades, conhecemos algumas pessoas
(por onde passamos). Por curiosidade, fui ao flat do Ibituruna Center ver se o
Guilherme ainda é porteiro lá”, confidencia o auxiliar, que acabou por
encontrar o conhecido. “Ele acompanha o site do time, por lá ficou sabendo que
eu estava voltando e ficou feliz. Disse que seria bom talvez ter a possibilidade
de me encontrar novamente. Acho que ele não esperava a minha visita, mas foi
legal”, completou.
Sobre a nova temporada em
Montes Claros, Leandro foi só elogios ao que encontrou em matéria de
desenvolvimento. “Estou muito satisfeito com a estrutura do projeto. No pouco
tempo em que estou aqui, já gostei de ver todo o envolvimento profissional”,
diz. “Uma série de profissionais trabalhando com o objetivo de a equipe ter as
melhores condições de trabalho possíveis. Estou satisfeito não só com
efetivamente dentro do ginásio, no trabalho de quadra. Mas, também, na
sustentabilidade da equipe. O elenco foi montado e nossa missão é colaborar
para que ele evolua e construir uma equipe competitiva. A maioria são jogadores
que almejam destaque a nível nacional, e acho que têm uma boa oportunidade de
aqui fazê-lo. De uma forma geral, as equipes este ano não têm uma discrepância
muito grande de elenco e desempenho de jogadores. Quem conseguir ter um
ambiente de trabalho mais favorável, os jogadores de comprarem melhor a filosofia
de trabalho da comissão técnica, tendem a ter resultados bastante positivos”,
finaliza.
Texto: Cid Bruno/MCV
Fotos: Fredson Souza/MCV
Fotos: Fredson Souza/MCV
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