sábado, 20 de fevereiro de 2016

HOJE É DIA DE...

HOJE É DIA DE...

Lembrar a autora de novelas, IVANI RIBEIRO, nascida em 20/02/1916. Falecida em 1995, a novelista marcou a teledramaturgia brasileira com suas tramas incomparáveis e insubstituíveis. É a autora da novela que eu mais gosto: A GATA COMEU, de 1985, e de inúmeras outras obras de qualidade indiscutível. Antes das novelas, atuou em rádio, como autora, atriz e cantora. Foi casada com o locutor Dárcio Alves Ferreira. Adaptou peças de teatro, levadas ao ar pela Rádio Bandeirantes. Escreveu novelas para as TVs Tupi, Record, Excelsior, Bandeirantes e Globo.  "A Deusa Vencida", de 1965, foi o primeiro sucesso de Ivani. Posteriormente a novela voltou a ser exibida na Band, nos anos 80, com outros atores. Aliás, "remake" é uma coisa que só ela sabia fazer. Remake das próprias novelas, diga-se de passagem, e com muita elegância, sem perder o rumo. Uma das provas disso é a novela "Mulheres de Areia", que está voltando no Canal Viva. A primeira versão, de 1973, tinha Eva Wilma no papel das gêmeas Ruth e Raquel. Já em 1993, o papel principal coube a Glória Pires e a trama foi reescrita pela autora, incluindo temas abordados em suas outras obras. O mesmo aconteceu com "A Gata Comeu", adaptação de Ivani da sua  "A Barba Azul", dos anos 70. Com "O Sexo dos Anjos", não foi diferente. A trama era um remake de "O Terceiro Pecado". Constantemente Ivani Ribeiro destacava a temática espírita em suas obras, já que era seguidora da doutrina. "A Viagem", exibida em 1975, ganhou nova versão em 1994 na Rede Globo e é a obra que abordou com mais intensidade o espiritismo.  Na Band, além de "A Deusa Vencida", de 1980, a autora escreveu as ótimas "Cavalo Amarelo" (quem não se lembra da Dercy Gonçalves como a divertida Dulcinéia e a Márcia de Windsor linda, fria e sofisticada?) e "O Meu Pé de Laranja Lima", com o endiabrado e sensível Zezé que batia altos papos com a árvore. Ah, Ivani, como você  faz falta na TV! E como não lembrar de "Amor com Amor se Paga", "Final Feliz" e "Hipertensão"? Com todo respeito que eu tenho pela Janete Clair e por alguns outros poucos autores (ex.: Gilberto Braga, Manoel Carlos, Dias Gomes, Daniel Más, Wálter Negrão e mais uns poucos), afirmo que jamais haverá autora como Ivani Ribeiro.  É como se a teledramaturgia tivesse morrido com ela.




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