Quase anônimo
Edison Veiga
29
Janeiro 2017 | 18h01
Na época em que a fotografia era artigo
raro – geralmente de produção restrita a profissionais –, o fazendeiro e
cafeicultor paulista Raul de Almeida Prado (1896-1945) resolveu tirar fotos por
hobby. No acervo da Fundação Energia e Saneamento estão 289 imagens feitas por
ele – algumas foram publicadas recentemente no livro ‘Transformações Urbanas:
São Paulo – 1893-1940’.
São documentos produzidos entre 1925 e
1933, como retratos de família, registros de viagens turísticas, vistas da
cidade de São Paulo e de uma fazenda em local não identificado.
O acervo de Prado foi doado à fundação
em 2003, graças a uma de suas netas, a produtora de TV aposentada Maria
Antonieta Vautier Franco. Durante quase meio século, ela foi a guardiã dessas
preciosidades – grande parte em obsoletos e frágeis negativos de vidro.
O fotógrafo amador tinha terras em
Pirassununga, no interior do Estado. Gostava de registrar paisagens e eternizar
cenas paulistanas. Teve duas filhas – e nove netos que não chegou a conhecer.
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