TEXTO CONVIDADO: ALBERTO SENA
CARTA AOS NETOS
Alberto Sena
Queridos netos, Levi, Melissa e Lissa,
Escrevo-lhes
esta carta baseado na certeza de vocês lerem-na um dia e compreenderem bem a
exposição feita abaixo. Nem imaginam o quanto gostaria de estar convivendo com
vocês no dia a dia. Mas, por circunstâncias alheias à minha vontade, vejo os
anos passarem-se e vocês crescendo sem eu ter a oportunidade de estar com os
três ao raiar do dia, sem poder brincar com vocês sentado no chão ou correr pelos
espaços atrás de uma bola ou contando-lhes as mais incríveis histórias para
influenciar bem na formação mental de cada um.
Vocês
poderão me dizer: “Mas, vovô, nós conversamos muito pelo celular, por meio do
whatsapp”. É verdade. Ainda bem, porque se não fosse isso, confesso-lhes, eu me
sentiria, a essa altura da vida, um avô frustrado. Claro, visitamos
pessoalmente cada um de vocês. Mas nem todo dia dispomos de recursos para
entrar em um avião e ir ao seu encontro, Levi (7 anos), meu alemãozinho amado.
Você está
em Bremen, na Alemanha. Sabe quanto custa ida e volta de passagem e mais
algumas coisas? Mas, deixa estar, Deus conhece os nossos desejos e faz conosco
o que quiser. Ele faz sempre muito mais. Sugiro meu caro neto, ganhar
intimidade com Ele, na pessoa de Jesus Cristo. Gostei de saber, você é o
capitão da sua equipe de futebol. Um dia, Deus sabe, poderá ser atacante no
time Werder Bremen.
Achei
mais interessante ainda saber da sua evolução na escola como monitor e
representante da turma. Ainda não lhe contei, mas um dos primeiros livros lidos
por mim, quando fui alfabetizado, foi “Os Músicos de Bremen”, dos Irmãos Grimm.
E veja você, tempos depois, ganhei um neto nascido em Bremen. Foi uma
premonição, não é mesmo? E o mais legal também é o seu gosto pela música,
piano, bateria...
Obrigado
por ser o meu neto querido, poliglota, fala alemão, português e inglês. Não
importa a distância. Pode acreditar, espiritualmente estou com você todos os
dias. Até o dia em que, pessoalmente, iremos aí novamente. Sílvia lhe manda um
beijão. E eu também, claro! Peço a Deus para enchê-lo de bênçãos. Abraço na
mamãe (hoje é o Dia Internacional da Mulher) e no papai.
MELISSA –
Querida Melissa (5 anos), lindinha! A você digo quase a mesma coisa a respeito
da impossibilidade de estar aí, em Orlando (EUA) para uma convivência pessoal.
Mas não tenha a menor dúvida, amo você. Fico admirado com o quanto é uma menina
inteligente e sagaz. Fiquei de boca aberta ao assistir ao vídeo em que você
pratica karatê. Aquele golpe dado no saco de pancada se fosse dado em vovô, ai!
Eu iria estrebuchar no chão. Claro que não faria isso comigo, não é mesmo?
Afinal, sou o seu avô ausente, mas espiritualmente todo dia estou presente e
vou com você à escola quando é levada por seu pai – ou sua mãe.
Gostaria
de possuir o dom da ubiquidade para poder estar em todos os lugares ao mesmo
tempo. Mas isso é reservado a Deus, cuja centelha divina está em mim, está em
você, está, enfim, em todas as pessoas – em seu pai e em sua mãe, lógico!
Sei que o
seu inglês está uma maravilha, hein?! Sem sotaque algum. Até parece ter nascido
aí. Quantas vezes você já foi à Disney? E à praia? Delícia! Pode deixar
qualquer dia desses, se Deus quiser, iremos – eu e Sílvia – fazer-lhe uma
visita. Legal? Beijos, muitos, meus e dela. Que Deus a abençoe e guarde. Abraça
por nós o papai e a mamãe.
LISSA –
Lissa (2 anos), minha neta Lissa, querida. Quando você nasceu, fiz um texto em
sua homenagem, com o título: “Nasce uma estrela”. E você já está brilhando.
Assisti a sua desenvoltura naquele programa de televisão do SBT. Você pegou o
microfone e comandou o espetáculo.
A
distância a nos separar, não é tanta quanto a que nos separa de Levi e Melissa,
mas haverá de convir comigo, daqui a Foz do Iguaçu é praticamente uma viagem
internacional. Você, minha linda, progride a cada dia. A sua voz é cristalina.
Ontem
(7.3.2017), quando você me ligou daí foi à coisinha mais deliciosa do planeta.
Percebo a sua evolução daqui de longe, mas um dia iremos aí aprender e
apreender algumas coisas com você. Seu pai tem muito a aprender com você também.
Aliás,
cheguei à seguinte conclusão: as crianças já nascem prontas. Elas são levadas a
desaprender tudo para aprender a viver neste mundo. É uma pena, o que estão
fazendo com o mundo.
Espero,
com fé em Deus, que, por meio de um milagre os homens e as mulheres possam
construir para Lissa, Melissa, Levi e todas as crianças, um mundo de paz,
justiça. Um mundo onde o amor prevaleça acima do desamor, que, nos dias atuais
corre feito rastilho de pólvora.
Amo você,
Lissa. Estou também com você, querida, todos os dias, espiritualmente. O
importante é a qualidade dos encontros pessoais. Aguarde-nos com a graça de
Deus nos veremos em breve.
Beijos de
Sílvia. Que Papai do Céu derrame sobre a sua cabecinha linda bênçãos em
profusão. Abrace o filho meu, seu pai, por nós. Beijos do vovô Alberto.
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